ᴀʟɪᴄᴇ ᴍᴇɴᴅᴇs
Cada partícula do meu corpo entrou em êxtase assim que parei frente à porta do quarto onde minha mãe estava descansado. Não pude evitar de me sentir culpada por obriga - lá a ficar naquela situação, mas ao mesmo tempo não evitei pensar em como faria para demonstrar que eu sempre estarei ao lado dela, pelo resto da minha vida.
Dei o comando para que meu cérebro obrigasse meus pés a dar os pequenos passos até o leito da minha progenitora. Puxo a cadeira para o mais perto possível da minha mãe, quando finalmente consigo sentar, respiro fundo e me dou o privilégio de finalmente relaxar.
— Oi mamãe — pego sua mão que estava esticada para fora da cama, sentir sua pele macia em contato com a minha, me dava a sensação de segurança — Eu sou tão burra, me apaixonei por um idiota que eu achei que me amasse, ainda por cima acabei fazendo você parar em uma cama de hospital, totalmente imune.
Ela não reage de nenhuma forma, o que não era estranho já que ela estava totalmente cedada.
— Prometo que vou cuidar de tudo enquanto você estiver fora, serei forte e madura por você, mamãe — prometo de maneira mais sincera — Mas, não por muito tempo ouviu —
dou uma mínima risada — Vou proteger meus irmãos e darei forças ao papai.Aperto sua mão e em silêncio fico ao seu lado, até ser orientada a uma das enfermeiras que eu deveria sair do local. Sai em passos firmes e com a postura totalmente ereta, segui meu caminho pelo corredor escuro e vazio.
— Princesa Alice — meu nome foi sussurrado junto ao vento, eu sabia do que se tratava — Tudo vai ficar bem.
A sensação de alívio invadiu meu corpo, um sentimento de paz. Ele estava ali pronto para proteger ela, proteger minha mãe.
— Tio Taylor — sussurro com os olhos fechados, sentindo o poder daquele nome.
Algo leve toca meu ombro, com os olhos ainda fechados os flashes de luz invadiam minhas pálpebras.
— Alice?
Com um sorriso, abri os olhos e vi Kian me olhando com ternura enquanto segurava meu ombro com a mão esquerda.
— Você está bem? — ele pergunta um pouco preocupado.
— Estou sim, aliás eu não sei — balanço a cabeça por alguns segundos para voltar a realidade — O que faz aqui?
Ele sorri.
— Eu estava procurando um banheiro, mas acho que acabei me perdendo — ele passa a mão na nuca.
Dou risada.
— E do nada parou na UTI? — cruzo os braços.
Ele assentiu envergonhado.
— Para ser sincero, foi proposital — ele ri — Seu irmão me disse que estaria aqui, queria saber como está com toda essa situação da sua mãe.
Dou um suspiro.
— Eu nem sei, para falar a verdade, tá tudo acontecendo tão rápido...
— Acredite, eu sei absolutamente bem como é ter uma vida que muda tão rápido quanto um piscar de olhos.
Arqueio as sobrancelhas.
— Você me deixou curi... — sou impedida de terminar por um enfermeira baixinha que pedia urgentemente que saissemos do corredor.
Fomos lado a lado em direção ao elevador para visitantes.
— Minha mãe — Kian diz do nada, quando finalmente entramos no elevador. Olho para ele — Ela morreu quando eu tinha apenas dois anos, depois desse dia minha vida se transformou em um pesadelo, lógico, eu não me lembro de nada à não ser te crescido no meio de usuários de drogas e ter sido adotado por Austin.
Fiquei sem palavras.
— Nossa, eu...
Ele ri por alguns segundos.
— Eu já superei, não se preocupe — ele parecia falar a verdade — Eu agradeço todos os dias pela mudança que eu tive na minha vida, se não fosse por ela, sabe lá Deus qual seria minhas condições agora.
— Queria tanto poder ajudar as crianças e pessoas que precisam, meus pais tem tanto dinheiro, enquanto uns não tem nem para comprar o leite para os filhos.
Sinto o olhar de Kian queimar atrás de mim, enquanto saio do elevador.
— Foi ideia sua, não? — ele pergunta parando na minha frente.
— Do que tá falando?
— A ONG!
— Ah, meio que sim.
Ele sorri. Um sorriso que eu nunca havia visto antes, era iluminado.
— Você é tão ... — antes de escutar Kian terminar, sinto os braços de Bear envolver meu corpo em um abraço super apertado.
— Como você está? — eu não conseguia mais ver Kian, já que o enorme corpo de Bear atrapalhava minha visão.
— Eu estou bem, Be — me afasto do Payne, procuro por Kian, mas ele já não estava mais lá.
— Bailey é um filho da puta — meu ex - namorado xinga meu atual ex.
Suspiro.
— Acredite, ele não parecia ser.
— Realmente, ele nunca pareceu — ele passa o braço pelo meus ombros, começamos a caminhar até a sala de espera — Eu já desconfiava que estavam juntos.
Coloco a mão na boca por uns segundos.
— Eu sou tão mal atuando? — brinco.
— Até que não, afinal enganou todo mundo por três anos — ele devolve a brincadeira.
" Três anos desperdiçados ". Penso.
— Eu sei, pois te conheço melhor do que qualquer um, afinal crescemos juntos.
Concordo.
— Dá para acreditar que já namoramos? — reflito.
Bear ri.
— Somos tão amigos que essa ideia parece uma loucura agora — diz.
— Você tem razão.
Ele me dá um leve empurrãozinho com o quadril.
— Eu sempre tenho, ruivinha — encosto minha cabeça no peito dele, assim que paramos em frente à porta de vidro preta — E sabe no que mais eu tenho razão?
Solto um "hm".
— Que seu coraçãozinho está começando a se derreter por um certo Mahone — me afasto dele e observo seu sorriso sacana.
— Não fala bobagem, ursinho.
— Não é bobagem e sim a realidade, afinal eu sempre tenho razão.
![](https://img.wattpad.com/cover/192167008-288-k654287.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ
FanfictionA ruivinha mais amada das mídias sociais cresceu e com isso grandes responsabilidades apareceram. Chegou a vez da filha mais velha de Shawn e Brooke Mendes provar suas próprias experiências e enfrentar todos os problemas de uma adolescente, desde um...