ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ ᴛʀês

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єm ѕuα chєgαdα ασ cσlégíσ αvєnuєѕ

ᴀʟɪᴄᴇ ᴍᴇɴᴅᴇs

Era um desafio passar pelo portão principal do colégio, maior do que gabaritar a prova final de Alemão, os fotógrafos estavam lá a espera da chegada dos filhos dos famosos, prontos e preparados para qualquer momento que vale a pena ser capturado. Esse era um dos vários motivos pelo qual eu odiava estudar em escola particular, principalmente essa.

— Isso tudo é para receber o filho do Austin? — Manuel pergunta sorridente. Ele amava os holofotes. — Será que ele divide a atenção comigo?

Reviro os olhos e bufo.

— O filho do Austin vai estudar no colégio de vocês? — minha mãe pergunta curiosa.

Bato no ombro do Manuel, que me empurrava na tentativa de ver a aglomeração lá fora.

— Sim. É o que a patr...Jennifer diz — Tay responde.

— Não sabia que Austin tinha filho! — afirma meu pai.

— Eu nem sabia que Austin ainda existia — brinco. Eu sabia que meu pai não era o fã número um de Austin, principalmente após o " pequeno relacionamento " dele com a minha mãe, como eles intitulavam.

Assim que estaciona o carro. Meu pai faz questão de virar para trás e me dá um dos seus maravilhosos sorrisos.

— O papai já disse que te ama hoje? — minha mãe bate no ombro dele. — Aí.

— Vocês dois parecem duas crianças. Austin nunca fez nada para gente, então parem de zuar com ele — minha mãe dá uma de politicamente correta, como sempre — Vocês já podem sair.

Ela expulsa a gente. Ninguém se mexe.

— Vocês estão atrasados, andem — reforça.

Manuel abre a porta, fazendo com que uma onda de flashes invada o carro, saio com dificuldade enquanto sou cegada pelos paparazzis.

— Alice, Alice.... — aquilo me dava dor de cabeça, eram tantas pessoas chamando o meu nome ao mesmo tempo.

Uma mão toca meu ombro. Me viro assustada e pronta para xingar a pessoa.

— Eita, parece que alguém acordou com o pé esquerdo — Nhatan brinca, enquanto envolve meus ombros. Ele não estava sozinho — Como está, Lice?

Abraço meu amigo, mesmo com os flashes em cima da gente. Eu não podia negar um abraço.

— Morrendo de dor de cabeça — tampo meus olhos.

Nhatan e seu amigo, que eu não conseguia ver quem era por conta do excesso de luz, começam a afastar os fotógrafos. Sou guiada pelo meu amigo e o tal misterioso.

— Obrigado — tento afastar minha visão embaçada. Mantendo os olhos fechados por alguns segundos.

— Sabe que não precisa agradecer — se gaba.

— Não se ache, não estou te agradecendo e sim seu amigo — abro os olhos, finalmente vendo o tal amigo de Nhatan.

Quando seus olhos se encontraram com o meu, senti meu corpo se arrepiar por inteiro. Era como se eu o conhecesse a anos, era mágico.

Ele abre um mínimo sorriso. Foi quase instantâneo o modo como eu retribui o gesto. Eu estava hipnotizada naquelas íris. Que caramba, chegavam a brilhar tanto quanto às estrelas.

— Sou o Kian — estava tão perdida na floresta dos seus olhos, que nem notei que sua mão estava estendida para me cumprimentar

Pego na sua mão e balanço devagar, mas sem tirar a atenção dos seus olhos.

Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora