Dois

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Ja estávamos prontas para embarcamos para Los Angeles e minha mãe e meu pai não desgrudavam de mim.

− Prometa que vai ligar para nós e que não irá nos esquecer! - minha mãe já dizia chorando.

− Ora, mamãe! Não chora, prometo ligar sempre que puder e nunca esqueceria de vocês. E não se preocupe, eu virei visitar vocês e quando sentirem saudades vocês também podem ir me visitar. - Falei enquanto abraçava os dois.

− Então amanhã já iremos lá te visitar. - Meu pai disse rindo.

− Seu bobo! - Ri e ouvimos a última chamada para nosso voo. - Precisamos ir agora, não podemos perder esse avião. Eu amo vocês! - Abracei e dei um beijo em cada um.

− Tchau, tio Ronald. - Jeni abraçou o meu pai e minha mãe. - Tchau, tia Rose.

− Tchau querida, cuide bem da Diana. - Minha mãe falou sorrindo enquanto já íamos nos afastar, sorrimos e seguimos nosso caminho. Virei para traz e sorri para os dois. Próxima parada: Los Angeles.

[...]

− Sinto muito que seu pai não tenha vindo. - Falei para Jeni enquanto já estávamos no avião esperando a hora de decolar.

− Tá tudo bem - ela sorriu - Já estou acostumada com isso. Sei que não é culpa dele. - O David não pode vir até o aeroporto porque estava no hospital. - Isso que dá ter um pai médico. - Riu e sorri pra ela.

Desde que conheço Jeni, era só ela e o pai dela. Sua mãe era modelo e quando "sumiu" da vida dos dois, a Jennifer tinha uns 6 anos. Ela pediu divórcio e disse que queria continuar sua carreira de modelo sem ter uma família para prende-la. Pelo o que Jeni me dizia, não foi tão ruim assim, pois sua mãe era uma mulher muito imatura e mimada e Jeni preferiu ter sido criada pela a tia boazinha, pois se tivesse sido criada pela mãe, seria mimada e imatura igual a ela. Ela não guarda rancor, magoa, nada disso. As duas até se falam por telefone de vez em quando, mas o contato é mínimo.

− Já estou com fome. - Ela reclamou. - Acordei meio atrasada e não deu tempo de tomar café da manhã.

− E você só acordou depois que te liguei 10 vezes. - Falei.

− Obrigada, você é meu despertador pessoal.

[...]

- Acorda Jeni, nós já chegamos. - A chamei assim que pousamos.

- Mas já? - Ela perguntou totalmente grogue.

- Você dormiu depois do lanche até agora e o lanche foi tipo vinte minutos depois do avião decolar. - falei me levantando e pegando minha bolsa no bagageiro.

- Qual é? Vai me dizer que você não dormiu também? - Ela perguntou se levantando também.

- Não dormi. - Respondi já saindo do avião.

- Ei, me espera! - Ela correu atrás de mim. - Você deveria ter dormido, agora vai ficar de mal humor.

- E quem disse que estou de mal humor? Só quero sair desse avião logo. - Só Deus sabe o meu medo de aviões.

- Tudo bem, vamos logo então. Será que a sua tia já está aqui?

- Espero que sim.

Assim que saímos do avião, nos dirigimos para o saguão para pegar nossas malas e depois de quase uma vida esperando nossas malas na esteira, elas finalmente chegaram. Assim que saímos de lá, avistamos a tia Sam que acenava freneticamente para nós duas. Na mesma hora eu abri um sorrisão. Eu gostava tanto da minha tia. Não era como tia e sobrinha, mas sim como duas amigas de infância e por isso eu não conseguia chama-la de "tia", chamava apenas de "Sam". Ela só tinha 24 anos, a caçula da minha avó. Minha mãe era a mais velha com 40 anos e tinha o tio Theo que era o filho do meio com 31. Ela se mudou para Los Angeles quando tinha 19 anos e então virou uma das principais estilistas dos Estados Unidos.

You make me strongOnde histórias criam vida. Descubra agora