Quatro

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Sempre gostei de conhecer gente nova. Brad e Robert pareciam ser bem legais. Conversamos um pouco no caminho até o restaurante e nos conhecemos um pouquinho. Os dois moravam juntos em um apartamento aqui em Los Angeles. Robert era modelo e foi assim que conheceu a minha tia. Ele foi modelo de uma de suas coleções e pelo o que ele disse, foi amor à primeira vista, que lindinho. Brad estava seguindo os passos do irmão e também se tornou modelo. Mas também fazia faculdade de economia, porém não era na mesma universidade em que eu e Jeni íamos estudar.

Chegamos em um restaurante... JAPONES? Olhei para Jeni e ela tinha um sorriso contente no rosto. Ela amava comida japonesa, mas eu simplesmente detestava. Brad também não parecia muito contente com a escolha. Olhei para Sam que olhava confusa para mim.

– Por que essa carinha, Di? – Ela perguntou. – Você não ama comida japonesa?

– Ah... não. – Falei meio sem jeito.

– Como não? Você sempre dizia. Lembra no seu aniversário de doze anos em que fomos em um e você simplesmente se acabou de comer lá? – Ela disse confusa.

– Não, aquilo era um restaurante mexicano. Eu amo comida mexicana, não japonesa. – Falei e ri.

– Sério?! Eu jurava que era japonesa. Desculpa, meu amor... podemos ir em outro então. – Ela me disse parecendo decepcionada por ter se enganado.

–Ah, mas eu amo tanto japonês. – Jeni disse triste.

– Tudo bem, podemos ficar aqui mesmo. Deve ter alguma coisa que eu vá gostar, só não me deem peixe cru. – Ri.

Então ficou certo que comeríamos lá mesmo. Eu me esforço para engolir algo. Vá que não seja tão ruim assim, não é?

– Eu também detesto comida japonesa. – Brad sussurrou para mim e fez careta e eu ri.

– Então vamos ter que sofrer um pouquinho essa noite. – Sussurrei de volta.

Entramos e pedimos o que queríamos comer. Optei por um yakisoba porque era a única coisa que eu conseguiria comer sem reclamar. Foi um jantar agradável, só tentei não olhar muito para a comida dos outros, pois senão eu vomitaria na hora vendo todas aquelas coisas cruas. Quando acabamos de comer, ainda ficamos conversando um pouco. Até que olhei para a mesa um pouco a frente e vi que havia um grupo de amigos que estava indo embora, mas um deles esqueceu o celular na mesa e já estava indo em direção a saída. Corri para pegar o celular e entregar para ele e quando o alcancei, ele já estava quase passando pela a porta.

– Ei! – O chamei tocando em seu ombro. – Você esqueceu seu celular na mesa. – Então ele se virou e me surpreendi quando o vi. O mesmo garoto em que esbarrei mais cedo, não tinha como esquecer aquele cabelo ruivo quase castanho de dar inveja. Ele me olhou e me encarou por uns instantes, talvez também tenha me reconhecido.

– Obrigada! – Ele disse finalmente sorrindo e pegou o celular.

– Não precisa agradecer. – Sorri e sai.

Voltei para a mesa e Jeni me olhava com a boca meio aberta e me chamou para ir ao banheiro com ela. E eu nem podia dizer não, sei que ela também reconheceu ele e iria me encher a minha paciência até não aguentar mais agora.

– Você viu?! Você viu?! Era ele! – Ela gritou assim que fechou a porta e eu só ria.

– Sim, Jeni. Eu vi.

– E você não acha que isso é tipo... muita loucura?! Isso é muito destino.

– Jeni. – Ri. – Não fale besteiras. Isso foi só coincidência. Esse restaurante não é muito longe de onde moramos e vimos o tal garoto no nosso bairro. Ele deve morar perto.

– É muita coincidência você trombar com ele duas vezes no mesmo dia.

– Tá bom, já chega. – Falei segurando as mãos dela. – Vamos que está na hora de irmos para casa.

Fomos embora e os meninos nos deixaram no apartamento e de lá foram para o deles. Quando subimos, só gritei um "boa noite" para as duas e entrei no meu quarto. Tomei um banho e coloquei meu pijama e assim que deitei minha cabeça no travesseiro lembrei do que Jeni disse "isso é muito destino" e pensei que ela poderia estar certa, mas logo descartei totalmente essa ideia e ri me sentindo estupida em acreditar por um minuto no que a Jeni disse. Que bobagem, isso só não passou de uma coincidência muito louca... ou pelo menos é o que eu espero, porque isso não rolaria.

You make me strongOnde histórias criam vida. Descubra agora