You make me strong

Seis

Isso é uma loucura. O mesmo garoto ruivo da rua e do restaurante. E agora da faculdade também e precisamente do "grupinho" o qual talvez eu fosse fazer parte. Senti Jeni dar um beliscão no meu braço. 

– Vocês se conhecem? – Louise perguntou confusa e então percebi que havia pensado alto e tentei concertar a situação.

– Você... é o mesmo cara do restaurante, não é? Que esqueceu o celular. – Dei um sorriso amarelo. Ele parecia mais espantado do que eu, mas logo também deu um sorriso.

– Sim, eu mesmo, isso é louco! – Ele disse e eu assenti sorrindo.

– Meninas, esses são Peter. – Ela apontou para o cara moreno que piscou para nós. – Ethan. – Indicou o cara ruivo do restaurante que olhou para mim e sorriu. – E olha só, o Henry, acabou de chegar. – Ela apontou para atrás da Louise, viramos para ver e vinha um cara alto e loiro. Jeni deve estar babando.

– E aí, galera? – Ele olhou para a mime Jeni. – Olha, gente nova. Quem são? – Ele perguntou.

– Essas são Diana e Jennifer. – Peter apresentou respectivamente. – A Louise você já conhece.

– É um prazer conhece-las, meninas. – Ele disse e piscou sem seguida de sentando.

– Mas enfim, chega de formalidades, nós não somos formais. – Hannah disse.

– Sentem aí meninas! – Ethan nos convidou e foi o que fizemos.

–E ai, vocês já preencheram o questionários de vocês? – Hannah perguntou para mim, Jeni e Louise, foi quando vi que Louise também quer entrar para a Omega.

– Comecei mas ainda não de tempo de terminar. – Jeni disse.

– Nós já terminamos. – Louise disse apontando para mim e para ela. A gente fez rápido, eram questionários bobos sobre nós mesmas, como idade, gostos musicais, em certas situações quais seriam nossas escolhas, falar um pouco sobre si mesma. 

– Espero que vocês entrem, seria ótimo. A gente da festas incriveis. – Hannah disse bebendo seu suco.

– Isso é verdade! – Peter disse rindo. – Adoro quando junta as Omega Phi com os Beta. 

– Isso porque os Beta só tem cara safado querendo dar em cima das minhas meninas. – Hannah semicerrou seus olhos.

– Ei, não somos safados. – Ethan se defendeu. – Somos a melhor fraternidade. – Henry e Peter concordaram, aparentemente eles eram da mesma fraternidade. 

– Hannah, você mora junto com elas? – Perguntei.

– Não, eu passo bastante tempo lá. Mas eu tenho meu apartamento onde moro com meu irmão. A maioria das garotas que moram aí são as veteranas mais engajadas, sabe? – Assenti. – Eu me envolvo com as atividades e tudo mais, mas tem algumas garotas que meio que vivem para isso, não é muito pra mim. E também vivem lá as que vieram de fora.

Continuamos conversando e eles eram super legais, acho que seriamos bons amigos. E pelo o que conheço Jeni, ela deve estar adorando ficar conversando com tanto homem gato. Já eu, nem ligava, realmente tinha me fechado totalmente para isso. Pensei que se Andy estivesse aqui, ele iria adorar esse pessoal. Uns vinte minutos depois, deu o horário de voltar para a aula e assim o fizemos. Me despedi de todos e seguimos cada um para o seu caminho.

Tive apenas mais poucas horas de aula e a hora de ir embora chegou. Peguei o meu celular e quando ia sair da sala, vi o quanto aquele corredor estava cheio de alunos. E no meio de todos vi o Henry e Jeni juntos. Fiz uma cara de desconfiada. Jeni era muito rápida mesmo. Essa daí não perde tempo. Fui em direção a eles junto com Louise. 

– Oi. – Acenei para os dois. – Jeni vamos lá entregar os questionários? 

– Claro, vamos sim. – Ela disse. – Até mais, Henry. – Ela sorriu para ele.

– É, Henry. Até mais! – Sai puxando Jeni e acenei para Henry e Louise fez o mesmo.

– Avisa o Ethan para me esperar no carro que já volto. – Louise disse para Henry antes de irmos.

Caminhamos até a casa Omega Phi e já encontramos Hannah lá que acenou para a gente. Tinha uma fila que não estava muto grande, mas logo começou a encher mais. Chegando nossa vez, entregamos os questionários respondidos e cada uma tirou uma polaroid para integrar com o questionário. 

Voltamos para o estacionamento da faculdade, onde Ethan e Henry esperavam por Louise. Ela se despediu da gente e correu para o carro dele que buzinava sem paciência. Eles passaram por nós com o carro e buzinou dando um "tchau" enquanto Henry mandava um beijo para fora da janela enquanto Jeni sorria igual uma besta.

– É uma safada mesmo! – Zombei dela.

– Diana! Como ele é lindo! – Ela disse toda boba. – E é tão legal!

– Um belo casal. Uma loirinha safada e um loirinho cafajeste. – Falei. – Me ajuda a achar o carro.

– Você acha ele cafajeste?! – Ela parou e me olhou espantada.

– Por que o espanto? – Perguntei parando assustada pela a reação dela.

– P-por nada... Mas você realmente acha que ele é cafajeste? – Ela perguntou ainda parada.

– Bom... um pouco. Pelo o jeito dele. Sei lá, posso estar enganada. Foi só impressão. – Dei de ombros e voltamos a caminhar. Olhei para Jeni e mesma tinha uma expressão estranha no rosto. – O que foi?

– Nada não... – Ela respondeu sem me olhar.

– Jeni, eu te conheço desde que era uma pirralha piolhenta. – Ela sorriu. – Então eu sei bem que tem algo te incomodando sim. Me conta, sou sua melhor amiga, não sou?

– É claro que você é! – Ela respondeu finalmente olhando no meu rosto. – É só que... Eu curti o Henry. Ele é super legal e divertido, além de lindo. Minha aula acabou uns quinze minutos antes de você sair da sala e a dele saiu junto com a minha. Ficamos conversando até você aparecer e cara... Ele é tão bacana. Acho que gostei dele.

– Gostou dele? Mas Jeni, você nem o conhece ainda! Teve quantos minutos com ele? Trinta e cinco? Não se conhece alguém em tão pouco tempo assim. – Falei tentando entende-la.

– Di, você e o Andy ficaram no mesmo dia em que se conheceram e uma semana depois já começaram a namorar e o namoro de vocês durou anos, foi algo real... – Ela disse aquilo e senti uma dor imensa no meu coração e olhei para o chão e lembrei do Anderson e em como fomos feitos um para o outro e uma lagrima escorreu pelo o meu rosto. – Di... Ai meu Deus, Di! Desculpa, por favor me desculpa. Não queria te fazer lembrar disso! Eu falei sem pensar, me perdoa amiga, por favor! – Ela disse parando e me abraçando.

– Não se preocupa, Jeni... Tá tudo bem. É bom lembrar o quanto fomos felizes e ao mesmo tempo muito doloroso. – Falei tentando não derramar mais lagrimas. – Eu... Ele... nós nos apaixonamos no mesmo minuto em que nos vimos. Foi algo tão magico e único. E exatamente por isso sei que não vou me apaixonar por mais ninguém que não seja ele... – Falei desfazendo nosso abraço e voltando a andar. – Olha, ta ali o carro. – Apontei.

– Então, Di... Eu posso ter gostado do Henry de verdade...

– Sim, só toma cuidado e não cria muitas expectativas. Mantenha seus pés no chão. Não quero que você se machuque. – Falei enquanto entravamos no carro.

– Não vou... vamos ver no que dá. – Ela disse e dei partida no carro.