Tento abrir os olhos lentamente, mas no mesmo instante percebo que meu rosto está inchado, e um dos meus olhos não se abre por causa do inchaço.
Olho em volta e percebo que estou em um quarto de hospital, então logo vem em minha mente o que aconteceu.
- Lina está acordada? - Luane pergunta.
- Sim. - Digo apenas.
Tento me levantar, mas todo meu corpo dói então desisto e continuo deitada.
- Fique quieta.
- Não precisa pedir duas vezes. - Sorrio fraco.
De repente me lembro do meu bebê, então começo a me desesperar.
- Meu bebê...
- Está seguro. - Ela me corta. - Não precisa se preocupar com isso.
- Por quanto tempo eu dormi? - Pergunto.
- Vinte e quatro horas.
- Tudo isso?
- Sim. - Ela suspira alto.
Até que é compreensivo depois da surra que levei de Thomas. Minha maior preocupação era meu bebê, mas já que ele está em segurança, não me importo com o resto.
- Onde está Dimitri? - Pergunto. - Preciso agradecer a ele...
- Voltei. - Antes que eu termine de falar ele adentra o quarto.
- Por que demorou? - Luane pergunta.
- Estava conversando com Mateo. - Ele fala. - Ele foi em casa tomar banho e já volta.
- Mateo estava aqui? - Pergunto incrédula.
- Sim. - Luane confirma com a cabeça. - Ele quase não saiu do seu lado.
Uma parte de mim fica feliz ao ouvir isso, mas logo me lembro do que ele fez comigo, e minha felicidade acaba no mesmo instante.
- Ele sabe sobre o bebê? - Pergunto.
- Sim. - Luane responde.
- O quê falou para ele Dimitri?
- Eu não falei nada. - Diz. - Acho que você deve dizer a verdade.
Provavelmente não vai acreditar em mim, já que está tão cego por vingança, mas também não vou perder meu tempo tentando o convencer que sou inocente e meu pai um monstro.
No momento não me interesso com o que ele pensa sobre mim, eu quero distância de tudo, então só assim poderei recomeçar e talvez ser feliz.
- Vou te fazer uma pergunta, e espero que não fique bravo comigo. - Falo para Dimitri. - Thomas colocou alguém para me seguir, e quero saber se é você.
- Não sou eu. - Fala. - Como eu te falei antes sou apenas um motorista, com certeza é uma pessoa desconhecida.
- Fico aliviada. - Sorrio fraco. - Me perdoe por desconfiar de você.
- Não precisa se desculpar. - Ele pega minha mão e aperta de leve.
Várias vezes tive a sensação de ser seguida, e estava começando a achar que estava ficando louca, mas agora tenho certeza, minha intuição estava certa.
- Você deveria ter matado aquele verme! - Luane fala brava.
- De jeito nenhum. - Digo.
- Por que não? - Ela pergunta.
- Não quero nenhum de vocês com as mãos sujas de sangue por minha causa. - Falo. - Thomas algum dia terá o que merece, mas nenhum de nós estaremos envolvidos.
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Entre a vingança e o amor
De TodoMateo passou a maior parte de sua vida se esforçando ao máximo para chegar ao topo. Não é atoa que aos 30 anos ele é um dos homens mais ricos de Nova York. Mas sua busca por vingança poderá tomar um rumo diferente do que ele havia planejado. Acabar...