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LILI POV'S

- eu já falei, você vai fazer o que eu mando e fim de papo, Tess - digo para ela de cima do palco onde estou treinando passos novos para hoje a noite e ela está sentada na minha frente estudando.

- eu só quero te ajudar, por mais quanto tempo você vai ter que fazer isso?

- até eu conseguir me formar e ter um emprego melhor

- porque você não pode ser garçonete igual as outras garotas de 17 anos?

- porque eu tenho contas para pagar, porque eu tenho que te sustentar, porque o salário daqui é maior do que o de uma garçonete. Não são motivos suficientes?

- são, mas... sei lá só não gosto de como esses caras te tratam

- e eu não gosto de passar fome, agora arruma suas coisas e vai para casa, eu não quero que você fique aqui enquanto eu trabalho

- tá bom - ela bufa - tchau Li, não chega muito tarde, amanhã eu tenho uma prova importante e eu não vou me atrasar por sua causa

- vou fazer o possível - sorrio para ela - te amo

- também te amo

Eu odeio trabalhar aqui, ela está certa, a forma como eles me objetificam, como se eu só servisse para dar tesão nesses homens de meia idade.

Mas eu preciso do dinheiro e a gorjeta é boa. Eu me poupo a humilhação, ninguém sabe, ou pelo menos até agora ninguém descobriu, estudar no south side tem suas vantagens, todos estão tão na merda que não ligam para os seus problemas.

Vou até o que chamam de camarim e me troco, coloco uma lingerie preta, e passo uma maquiagem pesada, já são dez horas, tenho que entrar e fazer o que eu sei fazer.

COLE POV'S

- onde você tá indo  moleque? 

- desde quando é da sua conta? 

- desde que você mora na minha casa, seu merda 

- eu vou sair fazer trabalho na casa de um amigo - saio pela porta e fecho a mesma com força

Como de costume vou até o bar onde tem umas stripers, mas nem é por isso, eles não pedem identidade nem se importam se eu tenho só 17 anos.

Desde que minha mãe se cansou do meu pai e foi morar na Europa ele virou um egocêntrico babaca, e é  muita pressão em mim e no meu irmão para sermos os caras mais machos que já pisaram na terra. A bebida é minha válvula de escape para toda essa masculinidade frágil do meu pai.

Minha reputação é boa, pelo menos para os meus padrões, não sou o mais popular, nem o nerd, sou o cara que sabe o que tá fazendo na cama, misterioso e fodido pra cacete.elas curtem um cara fodido na vida.

Eu tenho uma amiga de verdade, mas ela basicamente só me suporta na maioria do tempo, até porque a Camila Mendes tem muitas responsabilidades quando se trata de popularidade.

Mas nem os meus amigos sabem muito sobre mim. Não sabem muito sobre meu pai, o que ouviram foi pelo meu irmão gêmeo Dylan, um babaca que só liga para peitos.

Eles não sabem nem que eu me corto, é bom saber fingir que está tudo bem, e eu sei fazer isso como ninguém.

Já são mais de dez horas e eu ainda estou sóbrio quando entro no bar. Todos os dias a mesma rotina de um adolescente vagabundo. Não que eu não comeria todas aquelas strippers, mas eu vim aqui com outros propósitos, não vou mentir tem um loirinha que sabe o que faz, mas não preciso de mais distrações.

Peço um copo de Whisky com gelo, e outro, e mais um.... minha visão começa a embaçar e o ambiente fica quente, mais lento.Tem um homem gritando comigo eu nem sei o que ele está falando, ele está gritando, quem é esse merda?

Meto um soco na cara dele, agora eu estou apanhando, o golpeio mas ele não deixa barato, está quase em cima de mim, consigo ver o sangue no meu punho, alguém me puxa para trás, é uma mulher eu acho, ela me leva para trás do  bar e me da um saco de gelo, ela deixa uma garrafa de água e vai embora, ou ela disse algo e eu  não consegui ouvir ou ela ficou quieta. 

LILI POV'S

 É sempre assim, caras bêbado, tentando provar uns para os outros quem são os melhores, quais os motivos desse riquinho do north side vir beber todos os dias? Ele podia fazer o favor de voltar para sua vidinha de playboy.

Aquele homem era três vezes o tamanho dele, ia matar-lo com certeza, o arrastei de lá e o sentei em um banco qualquer do camarim, dei gelo a ele, mas ele estava bêbado de mais para entender alguma coisa ou falar , finalizei o show, peguei as gorjetas, rebolei no colo de alguns homens nojentos, me troquei e ele ainda estava desmaiado.

Peguei a carteira do bolso de sua calça, ele tem grana, vi a identidade, 17 anos, Cole Michael Sprouse, quem tem Michael como nome do meio? tinha mais de 100 doláres, ele não vai dar  conta de 25, jogo água nele e o mesmo acorda um pouco menos bêbado

- acorda seu idiota, sorte a sua que aquele cara não te arrebentou, eu vou embora já são duas da manhã, pega um taxi qualquer ou coisa assim 

- obrigado, eu acho, qual seu nome? - ele pergunta com voz embriagada

- não é da sua conta - ele levanta meio cambaleando - o que você tá olhando? 

- nada, calma ai, porque você trabalha aqui? 

- minha vida não te interessa, agora vai embora por favor - pego minhas coisas e saio 

- espera um pouco 

- se vira, eu não tenho nada a ver com o que você vai fazer daqui pra frente, não ter deixado você apanhar já foi o suficiente

><
primeiro cap uhuu
meio curtinho mas todos tem por volta de 1100 palavras
espero que tenham gostado
se vocês quiserem na terça já começo a rotina de postagem com os outros ccapítulos
votem bastante♡

my dear secret - sprousehart [ CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora