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LILI POV'S

Começo a passar a maquiagem, nos hematomas e feridas, eu não tenho escolha preciso voltar a trabalhar.

Passo pelo quarto da Tess e a porta está semiaberta, dou uma espiada e ela está dormindo, de bruços, vou até ela e a cubro, tiro os livros da cama e depois saio.

Ligo a moto com cautela, e saio, essa hora já é mais perigoso por aqui. Bandidos e traficantes, eles produzem aqui e vendem para os riquinhos do lado norte.

Começo a me aproximar bar e estaciono nos fundos quando entro Lia faz uma cara estranha.

- achei que você...

- o que? Que eu estava morta? - falo alto - depois de você me jogar como um objeto sexual para um cara de uns 60 anos

- olha Li, eu sinto muito

- por favor, não me chama de Li, tá, eu confiava em você, mas tudo é por dinheiro, o tempo todo, eu cansei

- vai se demitir?

- eu não posso me dar ao luxo no momento, sabe, espero que um dia você ajude as mulheres da mesma maneira que fala de feminismo no Instagram

Olho pelo local depois de me afastar dela, óbvio que ele não vem, mas do mesmo jeito meus olhos buscam pelo rosto familiar.

COLE POV'S

Eu quero ver se ela estará lá,  o que vestirá e que passos fará, mesmo ela querendo distância eu não consigo.

Lavo o cabelo e passo um perfume e coloco uma roupa comum, uma calça jeans escura uma blusa cinza e minha jaqueta.

Pego o carro e vejo que já são mais de 22 horas, ela já deve estar lá, começo a dirigir e paro o carro um pouco longe só por precaução.

Estaciono em um lugar um pouco escuro, desligo o carro e ao sair sinto um tecido precionando contra meu rosto, minha visão embaça e depois apaga.

LILI POV'S

Quando vejo já estou em cima do palco, a luz fraca esconde os sentimentos e mostra só o que interessa, meu corpo.

Vejo uns homens que fumam e bebem no canto do recinto, um deles passa a língua nos lábios e um outro mexe no pau. Estremeço de nojo.

Continuo o que tenho que fazer, me aproximo de uma mesa e os dois homens nela encostam em mim e tentam apertar minha coxa, finjo que nada aconteceu e volto para o meio do palco que é mais seguro.

Sinto minha pressão cair e minha visão ficar turva, merda faz mais de um dia que eu não como nada.

Vou até o camarim e tomo água, sento e tento me manter consciente, não posso desmaiar de novo.

- não comeu de novo né menina? - uma outra moça que trabalha aqui me pergunta e faço que não com a cabeça

- não tive tempo

- isso não é desculpa - ela coloca a mão na cintura - pegue essas bolachas  da minha bolsa, sabia que estaria faminta, sempre quase desmaia naquele palco nojento

- obrigada mas não precisa - rejeito educadamente

- seu corpo é perfeito, você não precisa parar de comer para ser mais magra - dou ombros

- tá pode ser - ela me entrega um pacotinho de bolachas salgadas.

Viro a embalagem para trás, só para conferir o número de calorias.

- pare de contar as calorias e se alimente, garota, enxerge sua beleza e não se culpe por comer uma bolacha

- é que....

- a quanto tempo não come?

- talvez um dia

- um dia? - ela diz indignada - você precisa comer, e não estou falando de um pratinho de salada, estou falando de arroz, feijão, carne, me promete?

- aham

- tem que prometer mesmo

- eu prometo - ela sorri

Abro o pacote e coloco um pedaço na boca, o sabor é maravilhoso, ou eu que não como a muito tempo.

COLE POV'S

Sinto meu corpo vacilar, consigo abrir os olhos lentamente quando sou golpeado no rosto.

Estou sentado no chão, e amarrado, acho que já apanhei muito, mas não estava consciente.

Três homens com máscaras cobrindo grande parte de seus rostos me olhos com os punhos de sangue.

Olho ao redor, estou em um galpão, escuro. Meu corpo dói, minhas mãos ardem pela corda que a envolve, e mal consigo me mexer.

- o que está acontecendo? - pergunto o mais alto que consigo

- nós que fazemos as perguntas aqui - o loiro fala

- o que você está fazendo com a Reinhart ? - o moreno me pergunta e eu olho para baixo

- acho que ele não entendeu - o dos olhos claros diz e o moreno me chuta na boca

- você tá transando com ela seu serpente de merda?

- não - respondo baixo

- ela é nossa e o corpo dela também, como você acha que ela entrou para os goullies - sinto meu estômago revirar

- fica longe, ela nunca vai trocar os goullies pelos serpentes - o de olhos claros fala

- sabe de uma coisa, ela fode muito bem, muito bem mesmo, e ela é muito gostosa, aqueles peitos dela e tem aquela bunda - quero bater neles e acabar com eles, mas estou amarrado no chão.

- ela não é só o corpo dela

- ah, ela é, e é muito gostosa

- vocês só são uns bastardos, que não tem com quem transar - o moreno soca meu rosto

- nós cuidamos dela, ela só sobreviveu na South Side High por nossa causa

- ela não precisa de vocês

- a acordo é bem simples, suma da vida dela não encoste seus dedos nela, não fale com ela, magoe ela, sempre uma garota triste fode melhor

- eu não vou fazer nada disso

- ok, é sua decisão - ele destrava uma arma como ameaça

- para o que eu vou servir para vocês se estiver morto

- não precisa servir para nada, basta seu sangue sujar o chão

- para o que? Alguém vir limpar depois?

- cala a boca, nós só queremos destruir a vida dela

- vocês não vão conseguir

- vamos te matar seu idiota

- não, não vão

- está nos desafiando?

- não, vocês tem uma arma, eu não, eu estou sozinho  vocês em três, mas vocês não fariam isso

- porque você acha - ele se aproxima e pressiona a arma contra minha cabeça

Ouço o barulho de um tiro

-
bom domingo pra vcs seus lindos
deixa a estrelinha aí na morovisk

my dear secret - sprousehart [ CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora