my dear secret - sprousehart [ CONCLUÍDA]

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COLE POV'S

Chego na aula alguns dias depois, Lili não está lá, claro, porque foi expulsa, informação que eu arranquei da secretária do Wheaterbee. 

O sr. Falkoff começa a nos chamar, um a um, passando pelas fileiras, perguntando sobre o progresso dos nossos projetos. Quando chega em mim, digo:

- Lili não está aqui 

- Sei muito bem, que ela não está aqui, e não vai voltar para a escola. E como você está se saindo com o trabalho, Sprouse? 

Penso em todas as coisas que poderia mencionar, o fato da Lili não dar mais sinal de vida, que acho que alguma coisa está muito errada com ela. 

O sr. Falkoff parece satisfeito com o meu silencio, então segue para a próxima pessoa. Embaixo da mesa escrevo uma mensagem para a Lili: por favor, me diga se você está bem.

É terça-feira e ainda não tenho resposta, a última vez que a vi foi na quinta, então resolvi ir até a casa dela. 

A porta está aberta e meu coração dispara. Entro na casa e fecho a porta. Vou até seu quarto, que não está só vazio, tem um silêncio estranho no ar como se fosse uma casa vazia deixada para trás por um animal.

Não posso mais fazer nada a não ser olhar ao redor de novo, e de novo, procurando alguma coisa, qualquer coisa que ela pode ter deixado como pista para que eu descubra aonde foi. Pego meu celular e ligo para ela, mas cai direto na caixa postal. 

- Lili, sou eu. Estou no seu quarto, mas você não está aqui. Por favor me liga, Estou preocupado. Sinto muito. Eu amo você. E não sinto muito por te amar porque nunca me arrependeria disso.

No quarto, começo a abrir as gavetas. No banheiro, os armários. Ela deixou algumas coisas, mas não sei se significa que ela vai voltar ou se são só coisas que ela não queria mais. 

Ligo para ela de novo: 

- Lili, cadê você? 

Vou até a bancada da cozinha e tem alguns envelopes grandes lacrados. Não hesito em abri-los. É uma espécie de testamento que diz sobre a guarda da Tess. 

" segundo o jurí Lili Pauline Reinhart não está em plena condição  mental e física para manter-se com a guarda de sua irmã de sangue mais nova Tess Reinhart, sendo então encaminhada para as irmãs da serena misericórdia, orfanato no qual residirá até completar maioridade, ou ser aprovada para adoção. Assine ciente do testamento e compareça a reunião judicial..." 

Não é possível, ela não me avisou que perdera a guarda da Tess, por isso ela me avisou na semana passada que eu deveria cuidar dela, por isso a Tess não vai mais para a escola, por isso Lili foi transferida de volta para a South Side High. 

Merda. Merda, merda, merda. Como  deixei isso acontecer, ela me disse que estava resolvendo as coisas, e eu acreditei. e agora não sei onde ela está, não sei onde fica o lugar onde a Tess está, e não há mais ninguém que se importe com o seu paradeiro agora. 

Seguro o volante com força enquanto dirijo para casa. Minhas mãos formigam e minha nuca se arrepia. Onde ela se meteu, e porque não fala comigo. 

Passo horas pesquisando sobre o internato onde Tess está. É do outro lado da cidade, e o que eu diria? Que a irmã dela sumiu do mapa e que ela está presa lá e não vai poder fazer nada, puta merda eu sou um idiota. 

...

A primeira mensagem vem na quinta-feira: A verdade é que todos aqueles dias foram perfeitos.

Assim que leio ligo pra Lili, mas ela já desligou o celular e cai na caixa postal. Em vez de deixar uma mensagem de voz, escrevo de volta: Todos estamos preocupados. Minha namorada desapareceu. Por favor, me liga. 

Algumas horas depois ela me responde: Não desapareci, me encontrei. 

Respondo imediatamente: onde você está? 

Não consigo me conformar com a maneira que as pessoas se permanecem calmas e serenas com tudo o que está acontecendo. Vou, eu mesmo, até a  South Side High, não é possível que ninguém saiba de nada. 

Estaciono perto da entrada, e todos os alunos me encaram, tentando entender que porra eu estou fazendo ali. Para entrar eu passo por um detector de metal, que na teoria, está ali para a segurança geral. Mas eu duvido que alguém se sinta seguro com tudo isso.

Vou até a recepção e espero para poder conversar com o diretor, sr. Porter, ou alguma coisa. Fico impaciente na sala de espera e tento focar em outra coisa para parar de pensar na Lili, então presto atenção na conversa de dentro da sala. 

- não é possível que você vai me expulsar 

- você veio armado para a escola, e sabe muito bem que isso é proibido

- eu não sabia 

-  os detectores de metal deveriam te dar uma dica 

- quer saber - a voz do menino muda - se eu quiser meu pai é capaz te matar 

- e que diferença faria, você provavelmente sairia da escola antes de completa-la e entraria em qualquer gangue 

- olha aqui, abaixa esse ar de superioridade porque eu ainda sou o armado aqui - agora ele grita 

- eu não  vou resolver isso agora, saia da minha sala e deixe a arma 

- filho da puta - ele diz antes de sair da sala 

O  diretor olha para mim e diz: 

- você, pode entrar - o  acompanho até a sala e me sento - pelo que eu sei você não estuda aqui 

- eu vim falar da Lili Reinhart 

- eu não sei o que vocês garotos tem com ela, mas eu não vou me envolver ent...

- o que? Não - passo a mão no cabelo - eu vim te perguntar se você sabe onde ela está 

- por que eu saberia? 

- porque você é o diretor dessa merda

- mas eu não sei, ela sempre falta mesmo, quem se importa? 

- o que? 

- ela faz isso às vezes

- some? 

- ela vai voltar, sempre volta - ela é assim mesmo. É o que ela faz

Quero dizer para ele: Ninguém se importa com o motivo pelo qual ela faz isso? Vocês já pararam para pensar que algo pode estar muito errado? Acho que não. 

Saio dali sem dizer mais nada, entro no carro e ligo para ela, mais uma vez cai na caixa postal direto, mas não sei se ainda tenho voz para deixar um recado.

..
oi seus lindos, eu sei que esse capítulo deixa nosso coração apertado mas eu espero q vcs tenham gostado, deixem o votinho e comentem pff, amo vcs, até a semana q vem