《3.2》

171 18 18
                                    

Alejandro se irritou ao ver o prédio de Ally, cercado por carros de polícia.

Os policiais em pé na portaria, estavam revistando qualquer pessoa que adentrava o local, logo ele não conseguiria entrar... Não com a pistola escondida sob seu paletó.

_Droga. - Rosnou, sentindo o sangue ferver.

Não podia ser apenas coincidência, aquele lugar era tão tranquilo, não fazia sentido ter tantos policiais ali.

A não ser que...

Alejandro preferiu não levar adiante aquele possibilidade, não queria acreditar que foi traído por um membro de sua família.

Ele se aproximou de um dos porteiros, que observava tudo de longe.

_Nunca vi tantos policiais juntos. - Comentou, chamando a atenção do homem. - Sabe o que aconteceu?

_Denúncia anônima. - O porteiro respondeu. - Uma tentativa de assalto, ou algo assim. Na certa, foi algum engraçadinho desocupado, mas os policiais decidiram averiguar.

_Essas crianças de hoje em dia. - Alejandro comentou, recebendo um sorriso do porteiro. - Está no seu turno?

_Sim, eu deveria estar lá dentro.

_Vim visitar uma amiga. - Mentiu - Allyson Brooke, sabe me dizer se ela está?

O homem analisou Jonas com o olhar, mas não viu problema em fornecer aquela informação.

_Foi retirada pelos homens. - Falou, olhando para os policiais. - Segundo a denúncia, estavam atrás dela.

_Filha da... - Alejandro parou, ao receber um olhar confuso do porteiro. - Eu tenho que ir.

Para Alejandro, não estava mais dúvidas, a denúncia tinha partido de sua casa.

O ódio tomou conta de seu corpo, ele não podia crer que uma delas havia feito aquilo. Afinal, ele só estava tentando recuperar o que era dele por direito.

_Isso não vai ficar assim. - Rosnou, entrando no carro e se dirigindo até sua casa.

Ally tentava argumentar com os policiais, mas ninguém prestava atenção nela.

Naquela manhã, ela foi arrancada de seu apartamento e levada até a delegacia mais próxima. Segundo um dos policiais que a acompanhava, ela poderia estar em perigo ou algo assim.

Ally não conseguia entender direito, já que ninguém se deu o trabalho de explicar nada. Só a tiraram de casa, a jogaram na viatura e agora estava presa naquela salinha da delegacia.

Quase duas horas depois, o delegado resolveu aparecer e acabar com a angústia de Ally.

_Srta. Brooke. - Cumprimentou ao entrar na sala. - Peço desculpas por todo esse aborrecimento.

Ela revirou os olhos, sentindo vontade de socar aquele senhor gorducho.

_É melhor alguém me explicar o que estou fazendo aqui. - Falou, sem esconder a ameaça em sua voz.

O delegado ergueu uma sobrancelha, e lhe direcionou um sorriso insolente, antes de se sentar.

_Recebemos uma denúncia pela manhã. - Disse pausadamente, como se estivesse falando com uma criança mimada. - Achamos melhor averiguar, e ter certeza que a senhorita estaria segura.

Ally franziu o cenho, enquanto tentava processar as informações. Nada daquilo fazia sentido para ela, afinal, ela não era a vítima da história.

_Me tiraram de casa, por causa de uma denúncia anônima?

_A senhorita é um alvo fácil. - Ele falou, arrancando um sorriso dela. - Todos já sabem que é herdeira das construtoras Brooke, que mora sozinha e bem... Você é uma jovem mulher desprotegida.

RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora