Fui tomar o café da manhã, Oliver estava na mesa com a minha mãe, eles falavam em francês mas começaram a falar em inglês comigo. Depois dos cumprimentos inicias perguntar se eu dormir bem e etc eu disse para a minha mãe.
- Mãe queria saber se posso trazer convidar a Amanda para vir pra cá. Amanda é a minha amiga que chamei para o casamento. Ela pode ficar aqui comigo?
- Mas é claro, pode sim. Mas me diga Augusto uma amiga ou namorada? – Oliver me perguntou sorrindo.
- Apenas uma amiga.
- Uma amiga solteira? – Oliver perguntou. Minha mãe olhou feio para ele.
- Sim, nós já ficamos uma vez. Mas somos apenas amigos.
-Por que está tão interessado Oliver. O senhor vai se casar e comigo. – Minha mãe disse.
- Não seja boba. – Oliver respondeu. – Estou falando para o Ethan. Até hoje não teve uma namorada, acho que ele não conhece uma mulher eu temo que ele seja.
- Não fala isso do garoto. É um menino de ouro tenho certeza que você está muito errado sobre isso. – Minha mãe disse.
Ali mesmo na mesa eu mandei mensagem para a Amanda avisando para ela vir.
- E quais os seus planos para hoje? – Oliver me perguntou.
- Sou um turista em Paris, primeira vez. Vou no básico. Torre Eiffel, Notre Dame, Louvre, Sacré Coeur, Sena. – Eu disse.
- Tudo isso em um dia? Não vai conseguir. – Oliver disse. – Precisa de alguém para te acompanhar. Ethan – Oliver gritou pelo filho.
- Né pas. Né pas. – Ethan entrou dizendo para o pai. Eu não sabia falar francês mas sei que né pas significa não. Ele devia está escutando tudo.
- Você vai levar o Augusto para conhecer os pontos turísticos. O que mais tem para fazer? Escrever seu livro que não é, não disse que está bloqueado? Quem sabe passeando por Paris não se inspire. – Oliver disse sendo irônico.
Eu gostava do Oliver e não gostei do Ethan, mas as vezes achava que ele pegava pesado com o filho.
- Não precisa, não quero atrapalhar. Sei me virar bem sozinho. – Eu disse. Ethan olhou para o pai como se o que eu disse iria livra-lo, mas não adiantou Oliver o encarou.
- Tudo bem. Podemos ir ao Louvre e na Torre hoje. Eu gosto do Louvre, não será nenhum sacrifício. Exceto o tanto de turistas que vai ter lá. – Ethan disse.
Depois de tomar o café troquei de roupa e Ethan já me esperava na sala.
- Vamos? - Ele disse ao me ver. Concordei com a cabeça e saímos.
Eu olhava par Ethan ele não me encarava impossível de puxar assunto. Eu queria saber sobre o livro dele.
- Hoje a fila está pequena. - Ethan disse quando chegamos no museu. - Um passeio completo demora umas 4 horas. Podemos faze-lo e depois almoçamos. Tudo bem pra você?
- Tudo sim. - Respondi. Na verdade não imaginava passar 4 horas dentro de um museu. Mas lá fui eu. Sabia que era isso que Ethan queria.
Ethan era muito inteligente mesmo. Sabia tudo de tudo. Eu não sou um ignorante, mas ele me dava aula. Duas horas andando com ele e aprendendo sobre os objetos, as pinturas estava muito legal. Quando chegamos em um setor que tinha obras francesas me bateu uma nostalgia que eu não sabia de onde vinha. Sentia uma familiaridade com tudo aquilo.
- Eu não sou gay. - Ethan disse me surpreendendo.
- Ok.
- Escutei o que meu pai insinuou no café da manhã. - Ethan continuou. - Realmente não tive nenhuma namorada porque eu acredito no amor, sei que um dia vou encontrar alguém. Mas não faço questão de explicar isso para o meu pai deixo ele pensar o que quiser e isso o deixa ainda mais irritado. - Ethan sorria.
- Percebi que você e seu pai não se dão muito bem. - Eu disse.
- Ele não faz questão. Eu tentei por muitos anos. Mas não adiantou. Desisti. Na verade até gosto de provoca-lo. Fazer engolir tudo que ele fala de mim. Sobre a minha sexualidade, sobre a minha competência. Um dia ele ainda vai se arrepender. - Ethan disse.
- E a sua mãe Ethan?
- Ela morreu quando eu era criança. - Ethan respondeu.
- Eu sinto muito.
- Tudo bem. - Ele respondeu.
- Meu pai também morreu quando eu era criança fui criado pelos meus avós. Minha mãe veio pra cá eu ainda era criança.
- Eu sei. - Ethan disse.
Senti aquilo como uma cortada e parei de falar. Terminamos o passeio no Louvre e fomos em bistrô almoçar.
- Temos algumas horas quer dar um passeio no Sena? - Ethan me perguntou. - Melhor ir na torre mais no final da tarde. Tem um lindo por do sol lá em cima.
- Pode ser. - É claro que eu queria. Pensei em fazer esse passeio quando Amanda chegasse, mas não ia ligar de fazer duas vezes. Respondia Ethan sem empolgação, não sabia se ele realmente queria fazer aquilo.
Eu tirava foto de tudo que via, algumas selfs Ethan parecia não gostar. Fazia cara feia. Mas mesmo assim pedi para ele tirar algumas fotos minhas.
- Ficou ótima. – Ele disse.
- Sou um bom modelo. – Eu disse brincando.
- Sou um bom fotografo. – Ele sorriu.
Depois do belo passeio no Sena fomos para a Torre. Tudo muito lindo. Ethan também gostava de estar ali. De tudo que fizemos até o momento.
- Posso te perguntar uma coisa sobre seu livro? - Eu disse quando vi uma oportunidade. Ethan sinalizou que sim. - O que acontece com Pierre?
- Me responda antes como sabia de Desiré sendo que ninguém havia dito o nome dela. O que sabe sobre a minha família? – Ethan me perguntou.
- Acho que minha mãe comentou, ou eu li em algum lugar. – Eu tentei disfarçar. Ethan não pareceu satisfeito.
- Pierre foi assassinado por um homem, esse homem também empurrou a Desiré batendo a cabeça em uma pedra a deixando perturbada pelo resto da vida. – Ethan contou.
- Quem é era esse homem? – Eu perguntei.
- Um falso amigo, era um assistente do Conde Pierre. Seu nome era René. – Ethan me disse. Meu mundo caiu. Como René, o meu grande amor poderia ter me matado em outra vida.
- Não pode ser.
- Também não acredito nisso. Algo me incomoda nessa história. Não estou conseguindo colocar isso no papel. – Ethan me disse.
Não consegui de divertir como gostaria, via aquele lindo por do sol do alto daquela torre, mas meu pensamento era em René, não era possível eu estar apaixonado por quem me assassinou em outra vida. Fiquei pensativo, vi a noite chegar aguardei até Ethan me chamar para ir embora.
- Muito obrigado pelo passeio. Não imaginei que seria tão bacana. – Eu sabia que o passeio seria maravilho, não imaginava que seria bacana a companhia do Ethan.
- De nada, também gostei. Fazia muito tempo que eu não ia no Louvre nem na Torre. E pra te falar a verdade foi a primeira vez que peguei aquela balsa no Sena. – Ethan realmente tinha gostado do dia que passamos juntos.
Passei a ver o Ethan de outra forma. Ele ainda era prepotente e arrogante, mas percebi que essa casca ele criou para tentar se provar para o pai que sempre foi contra ele. Apesar dele ter dito que não queria provar mais nada. Ele se esforçava para tentar provar que não precisa provar nada. E conhecendo o Conde Othon e o pouco que eu percebi de Oliver ele não mudou muito.
Naquela noite liguei para Amanda contei sobre a morte de Pierre e ela também ficou arrasada.
- Não pode ser Augusto. Não é por que essa foi a história contada que isso aconteceu. – Amanda me disse.
- Será Amanda?
- Não posso acreditar nisso. Sei que vocês se amavam. – Amanda me disse.
- Como pode saber se nem eu sei mais do sentimento que o René tinha por Pierre.
- Não sei explicar, mas eu sinto. – Amanda disse.
Amanda ainda insistia que fez parte dessa minha vida.
- Deixa pra lá Amanda, você viaja de mais. – Eu disse. – Me dê uma notícia boa, quando você vem?
- Eu consegui antecipar a minhas férias. Só preciso trabalhar amanhã. Então depois de amanhã já posso ir. –Amanda disse toda contente.
- Não. – Eu disse
- Não? Como assim? Já pedi as férias Augusto você que me pediu. – Amanda disse.
- Não é pra vir depois de amanhã. Vem amanhã mesmo pega o voo da noite. Já faça as suas malas, depois do trabalho já vai para o Aeroporto.
- Minha mala já está pronta. Mas vai ficar corrido. - Amanda disse.
- Para Amanda se vira aí, vem logo. Beijo. Estão me chamando. – Eu despedi.
Minha mãe me chamava para jantar. Ethan não estava a mesa, era apenas eu ela e Oliver. Jantamos conversamos de boa quando Oliver disse que no dia seguinte a mãe dele estaria em Paris e que iria jantar conosco. Minha mãe não pareceu muito feliz, imaginei que a mãe de Oliver devia ser essas francesas velhas e chatas.
Fui dormir sonhei mais uma vez com a minha vida passada, foi um sonho confuso que acordei sem entender muita coisa. Acho que estava lutando contra ele. De alguma forma tinha medo de sonhar me envolver ainda mais com René ou até mesmo vê-lo me matando.
. Preferi não fazer nenhum passeio turístico, tomei meu café da manhã e andei pelo bairro que era muito charmoso. Voltei já na hora do almoço. Ethan estava conversando em francês com a minha mãe, continuaram mesmo depois que cheguei, percebi um clima tenso entre eles. O que era estranho pois minha mãe sempre puxava o saco dele e agora eles pareciam brigar. O que era mais estranho é que depois que eu cheguei pareceram disfarçar mesmo falando em francês. Liguei para os meus avós depois para a Amanda que confirmou que partiria naquela noite chegando no dia seguinte.
O resto do dia foi tranquilo minha mãe orientou um belo jantar. Oliver e Jasper chegaram antes da mãe. Ethan continuava sentado lendo seu livro com a corrente que René no pescoço. Reparei que no nosso passeio ele não usou. A mãe de Oliver e Jasper chegou, era uma senhora realmente muito fina e muito familiar. Ela me cumprimentou de longe. Ela falava apenas francês então não tivemos muitos assuntos em comum.
Ao fim do jantar aquela senhora me chamou para um canto da sala. E me deu um abraço.
- Nounou – Eu disse. Que significa babá. Era ela a minha babá, a babá de Pierre. A condessa Adeline ficou muito limitada depois do parto difícil ao me dar a luz. Foi aquela mulher que praticamente me criou.
- Você se lembra. Eu sabia que você iria se lembrar de meu pequeno. – Ela disse enquanto me beijava. Eu estava emocionado e lagrimas escoriam dos meus olhos. – Te trouxe um presente. Se lembra disso?
- Não. – Eu respondi vendo uma pulseira de prata com o símbolo do infinito. Mas na hora que eu toquei aquele objeto eu vi. Como quando toquei na corrente do Ethan. Aquela pulseira eu mandei fazer para o René, lhe dei de presente após receber a corrente. O símbolo do infinito era para dizer que nosso amor era infinito. – Agora me lembro.
- Você veio cheio de dons nessa vida. Tem a piscometria e xenoglossia. – Ela me disse
- Eu não sei o que é isso. – Eu disse.
- Picometria é isso que você acabou de fazer, tocou no objeto e viu a história dele. E xenoglossia é falar outras línguas. No seu caso não em um transe mediúnico, mas de forma anímica, buscou dentro da sua memória de vidas passadas.
- Mas de que outra língua você está falando nounou. – Eu perguntei.
- Frances ora, você está falando em francês comigo. – Ela disse. Pra mim estávamos falando em português, mas realmente aquela senhora não fala português.
- Eu estou falando francês, como pode. Por que não entendo nada quando escuto outras pessoas falando. Será que é só com você nounou? – Eu perguntei.
- É difícil explicar meu filho, mas teremos tempo. Hoje não sou mais nounou. Me chame de Madalene.- Ela me disse.
- Me perdoe senhora. – Eu disse sem graça.
- Querido é apenas para não precisarmos dar muitas explicações. – Ela disse com um sorriso maternal.
- Sra. Madalene, ontem o Ethan me disse que o René matou o Pierre isso é verdade? – Eu perguntei. Se ela se lembrava de mim e me trouxe aquele presente ela devia saber da história.
- É isso que está nos registros. – Ela me respondeu.
- Mas é essa verdade? – Eu perguntei.
- Isso vocês terão que descobrir. – Ela me disse.
- Vocês quem? – Eu perguntei.
- Você e o meu neto. Ele tem a missão de escrever essa história e você tem de ajuda-lo. Não foi fácil para a espiritualidade juntar todos nós novamente, demorou quase 200 anos. Você pode não saber ainda meu filho, mas todos estamos envolvidos nisso. – Ela olhou para os outros que estavam na sala de jantar. Temos a chance de fazer melhor desta vez, uma nova oportunidade para quitar os erros do passado, aprender a amar de verdade, se abster dos sentimentos ruins e principalmente regenerar. – A Sra. Madalene disse.
- O que tanto conversam? – Minha mãe perguntou.
- Eu ganhei um presente. - Eu disse mostrando a pulseira.
- Que linda meu filho. – Minha mãe disse. – Mercy Madalene.
A senhora Madalene respondeu a minha mãe eu continuava entendendo tudo que todos falavam aquela noite em francês mas eu tinha medo de falar. Não sabia até quando esse entendimento iria permanecer. Muito menos explicar que eu comecei a falar aquela língua de uma hora para a outra.
Fui para a cama empolgado. Amanda já estava a caminho do aeroporto. Eu fiquei pensando no que a nounou me disse. Tenho que ajudar Ethan terminar aquele livro, contar pra ele a verdadeira história. Mas como sem dizer que eu fui o Pierre e como posso ajuda-lo a terminar sendo que eu nem sei tudo que aconteceu. Sem contar que não somos amigos.
Peguei a pulseira passei meu dedo sobre o símbolo de do infinito, tive esperanças que René não tenha matado Pierre. Me transportei novamente para o dia em que Pierre mandou fazer aquela pulseira. Foi logo após morte do conde Jacques. Pierre foi com Maurice ao joalheiro, disse como queria a pulseira e uma semana depois a Maurice buscou.
- Eu lhe trouxe um presente. – Pierre disse para René.
- Um presente? – René respondeu com aquele sorriso lindo.
- Sim. Estava para te dar um presente depois de receber este seu. – Pierre disse apontando para a corrente em seu pescoço. Ele entregou a pulseira. – É como prova de que meu amor é infinito.
- Amor eterno e infinito. – Ele disse. Juntando a frase da corrente e o símbolo da pulseira.
Eles se beijaram com carinho e ao mesmo tempo voracidade, tiraram as roupas um do outro restando apenas aquelas joias, a corrente no pescoço do Pierre e a pulseira no pulso de René. Se chupavam e eu podia sentir aquilo.
Eu via tudo como um expectador. Era uma regressão diferente essa tal de piscometria. Eu ainda estava acordado, estava excitado. Sentia o que Pierre sentia mas ainda deitado na cama. Segurando o meu pau que estava duro. E continuava vendo aquela cena.
- Eu quero você meu Conde. – René disse.
- Eu já sou seu. – Eu respondi.
Rene deitou sobre mim senti o seu pau na minha bunda. Ele chegou até o meu ouvido beijou e mordeu.
- Eu o quero assim nessa posição. – René me disse.
Eu sem graça não disse nada. Apesar de amar René eu não sentia tesão em ser penetrado.
- Não irei machuca-lo. – René disse. Foi beijando meu pescoço, minhas costas e chegou na minha bunda. Ele abriu as bandas da minha bunda e beijou o meu anus.
Era gostoso, René fazia como eu sempre fiz nele, não tive a mesma empolgação que René sempre tem, mas era bom.
- Tenho algo para você. – René disse.
Senti o cheiro de flores no ar. Depois um liquido na minha bunda. René espalhava com o dedo. Após espalhar ele deitou-se sobre mim eu sentia o seu pau na porta do meu cu. Um pau que estava duro, mas ao mesmo tempo macio. O óleo de flores que René passou perfumava o ambiente e fazia o pau do meu amado se deslizar para dentro de mim.
René começou os movimentos com leveza enquanto me beijava, ele gemia de uma forma que me deixava ainda mais excitado. Eu queria que ele gozasse logo, empinei a minha bunda para ele.
- Vem René, vem meu amor. Goze dentro de mim. – Eu pedi.
Não demorou um minuto e René estava gemendo e gozando.
- Você gostou? – Ele me perguntou.
- Gostei mas eu gosto mais quando eu estou por cima. – Eu disse o virando de bruços, ele sorriu.
- Então venha meu Conde, por que eu adoro quando você vem por cima ou quando eu cavalgo em você. – René me excitava.
Peguei o mesmo óleo de flores e passei nele, foi uma delícia meter naquele cuzinho deslizando com aquele óleo e o cheiro de flores no ar. René sentia muito prazer gemia. Meu amado se inclinou de e ficou de quatro eu sai da cama e metia forte.
- Isso meu Conde. Isso Pierre, Isso meu amor. Mete em mim. – Ele gemia.
- Assim? É assim que gosta? – Eu tirava o meu pau e colocava todo novamente até bem fundo de sua bunda.
- É, delicia. Que delicia meu amor. – René disse.
Continuei aquele movimento cada vez mais rápido até gozar.
Eu ali na cama segurando aquele objeto e revivendo aquela cena eu me masturbava e gozei, um orgasmo duplo, o do Pierre e o meu. Foi fantástico.
Levantei para me limpar no banheiro e me deparei com uma cena estranha. Minha mãe na porta do quarto de Ethan e ele a mandando sair de lá. Dizendo outras coisas em francês, que eu já não mais compreendia.
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O Conde (Concluído)
Short StoryVenha conhecer a história de Augusto que, após ter sonhos estranhos, decide, com o apoio de sua melhor amiga, a passar por uma terapia de regressão e ajudar a solucionar este problema.