Fui para a cama sozinho, no fundo esperava Ethan aparecer no meu quarto e dormir comigo. Queria ainda ficar com ele nos três próximos dias que eu continuasse na França. Mas foi impossível. No dia seguinte de manhã Ethan não estava em lugar nenhum.
- O Ethan foi embora. – Amanda me disse.
- Como assim? – Eu perguntei.
- Você é um idiota Augusto. –Amanda me criticava.
- Por que está dizendo isso? – Eu perguntei.
- Mandou pra fora da sua vida alguém que te ama de verdade.
- René também me ama de verdade.
- E cadê ele? Por que eu não estou vendo. Só via o Ethan que era capaz de mover o mundo por você.
- O René está em algum lugar. Eu morri por ele na ultima vida. Juramos amor eterno.
- E o que você sente pelo Ethan? Vai me dizer que não é amor? Vai insistir nessa historia que foi apenas uma paixão de férias? – Amanda estava brava. Eu não sabia o que responder.
Os próximos dias foram difíceis pra mim. Senti um vazio enorme. Mesmo fazendo vários passeios com meus avos, Amanda e Jasper.
Minha mãe e Oliver já estavam em lua de mel, foram para os alpes suíços. Oliver não queria ir para longe por motivo de trabalho. Mas combinaram que teriam uma segunda lua de mel no final do ano e iriam para o Brasil. Nessa mesma época meus avos se mudariam.
Vovó queria esperar eu me formar. Disse que não tinha pressa de mudar antes. Queria ter o orgulho de me ver pegando o diploma, saber que eu estava bem encaminhado. Ela queria deixar a casa pra mim. Mas eu disse que não precisava não tinha planos de ficar naquela casa grande sozinho.
- Estou pensando em fazer um MBA fora. Talvez nos EUA ou em Londres. Pode alugar ou vender a casa. – Eu disse.
- Eu não vou mais fazer a pós com você Augusto. – Amanda me disse.
- Eu já imaginava. – Eu respondi. Nosso plano era escolher uma universidade top fora do país e depois voltar para o Brasil.
- Mas não vou parar de estudar. Quero ficar fluente no francês e depois faço uma pós aqui na França mesmo. – Amanda disse.
- Espero que você escolha a Inglaterra, assim ficará mais perto da gente. – Jasper me disse.
Jasper disse ter um carinho muito grande por mim, que não sabia explicar. Amanda disse: “Coisas de outras vidas, assim como a gente”. Não contamos para eles sobre a nossa vida passada. A senhora Madalene disse que seria melhor não contar, afinal o véu do esquecimento é dado por um motivo e não devemos tirar esse véu sem necessidade.
- Imagine sua mãe saber que te matou em outra vida e que Oliver foi pai dela. Como seria difícil para ela essa vida atual. – Madalene disse.
Fazia todo sentindo. Essa historia ficaria apenas entre eu, ela, Ethan e Amanda.
- Foi um prazer reencontra-la nesta vida. – Eu disse quando me despedi.
- O prazer foi meu. – Ela disse.
- Te encontro no casamento do Jasper. – Eu disse após o nosso ultimo abraço.
Voltamos para o Brasil. Jasper ficou hospedado na minha casa já que era bem maior que o apartamento que Amanda morava com os pais e a irmã. Amanda praticamente morava lá em casa também. Era legal ficar próximo de Jasper, a cada conversa e aproximação mais eu me lembrava do Conde Jacques. Jasper sem duvida era uma versão melhor. Se a nossa missão nessa vida era evoluir Jasper conseguiu.
Eu me sentia sozinho, procurava René em todos os rostos que eu via, talvez ele pudesse ser até uma mulher, assim como aconteceu com Maurice que nessa vida veio como Amanda.
Tudo era frustrante, René não aparecia e eu sentia falta de Ethan.
- Tem falado com o Ethan? – Perguntei a Amanda.
- Sim.
- E como ele está?
- Tá bem.
- Só isso?
- É, foi o mesmo que respondi quando ele me perguntou de você. – Amanda disse.
Os dias, as semanas e os meses foram se passando eu e Amanda terminamos o curso. Tivemos a nossa formatura. Minha mãe e Oliver vieram para o baile.
- Tenho um presente pra você. – Minha mãe disse. – É do Ethan.
Meu coração disparou, minha mãe me entregou uma caixinha e nela estava o cordão. O cordão que René deu para Pierre. Fiquei emocionado com o presentem, na mesma hora coloquei o cordão. Como em toda festa tem aqueles momentos de dança em uma delas eu peguei Amanda como meu par.
- Você estava certa. – Eu disse.
- Eu sempre estou certa. Mas do que você está falando? – Amanda me perguntou.
- Eu sou um idiota. Eu amo o Ethan. Eu quero ficar com ele. – Eu disse e Amanda sorria. – Desde o casamento da minha mãe não teve um dia que não pensei nele. Será que ele ainda me ama?
- Quando alguém ama de verdade nunca deixa de amar. – Amanda disse.
- Mas será que ele está com alguém? Sabe se ele está namorando? – Eu perguntei.
- Descobriremos em poucos dias Augusto. – Amanda me disse.
Naquela mesma semana era o Natal. Passamos todos juntos na minha casa somando com a família da Amanda. O Reveillon foi no Rio, em Copacabana. Oliver alugou um grande apartamento com vista para praia e para os fogos. Fizemos mais uma festa. Ficamos uma semana na cidade maravilhosa e passeando pela região. De lá mesmo pegamos um voo para Paris.
Eu não me aguentava de vontade para ver o Ethan. Mas ele não estava no apartamento em Paris.
- Jasper, sabe do Ethan? – Eu perguntei.
- Não. Deve está na casa da minha mãe. – Jasper me respondeu.
- Eu preciso ir pra lá. – Eu disse.
- Calma ai Augusto. Acabamos de chegar de viagem. Amanha a gente vai. – Amanda disse.
- Já esperei de mais Amanda. Tenho que ir agora. Vou pegar um trem. – Eu disse.
Corri para o meu quarto preparei uma bagagem de mão e deixei a minha mala para eles levarem quando fossem para o sul.
Na hora que já estava saindo do quarto uma força que não sei explicar me fez voltar e olhar na escrivaninha.
Havia um livro com um bilhete em cima. “Oi Augusto, esse é o meu livro, o nosso livro. Estou esperando a sua leitura para enviar para a publicação. Abraços Ethan.”
Peguei o livro coloquei na mochila e corri para a estação e peguei o primeiro trem para o sul. Após me sentar e respirar fundo eu olhei para aquele livro, um impresso sem capa, sem nada. Tinha algumas etiquetas nele.
“O que aconteceu depois do beijo”
Li aquele capítulo. Após o beijo de René e Desire, ele disse para ela que Pierre não sabia que ele era Edmond, que ele havia sobrevivo ao duelo e que voltou em busca de vingança. Mas percebeu que Pierre era um bom homem, reconheceu os seus erros e percebeu que o que sentia por Desrie foi uma paixão e não o verdadeiro amor. Para eles seguirem os seus caminhos. Que ele estava feliz, que ela também deveria ser, cuidar da sua família e do seu filho que estava para nascer.
Eu fiquei emocionado. Se aquilo for verdade René não me traiu nem por um momento. Mais para frente havia outra etiqueta.
“Após a morte de Pierre”
Depois da morte de Pierre René voltou para o palácio desesperado contando para o Visconde Othon, para a Condessa Adeline e para Maurice o que havia acabado de acontecer. O Conde ficou revoltado pegou a sua arma e atirou em René ali dentro do próprio palácio, contra a vontade de Maurice e da Condessa que gritaram para impedir. Pra René ver aquela arma apontada para o seu peito era um alivio, a vida sem Pierre não faria mais sentido para ele. Foi o Visconde Othon que inventou a história que René havia assassinado Pierre, machucado Desire e tentado fugir com as joias da família. A condessa e Maurice foram forçados a aceitar aquela historia, pelo bem da família, do nome de Pierre e por Patrick. A condessa disse que cuidaria de Desiré, mas ela fez de tudo para que a mulher que matou o seu filho não se recuperar. Dando chás para ela sempre ficar apagada.
Ethan também escreveu como foi a infância do Patrick, que foi criado pelo Visconde Othon. Apesar da educação firme ele tinha o coração bom como do Pai e foi um bom Conde para o distrito.
Eu não conseguia conter as minhas lagrimas. Pensando como foi difícil para todos eles viver com tanto sofrimento.
Cheguei à casa da Senhora Madalene que já estava a minha espera. Após os comprimentos e deixar minha mochila em sua casa perguntei por Ethan.
- Está no palácio. – Ela me respondeu.
- Posso pegar a moto do Oliver? – Eu pedi e ela autorizou.
Em menos de cinco minutos eu estava lá. Chamando pelo Ethan.
- Ele está passeando por ai. – Uma pessoa me disse.
A área do palácio era grande, mas uma forte intuição me levou para o local onde Pierre foi assassinado. E lá estava o Ethan. Deitado em uma manta no sol, lendo um livro.
- Não esperava te ver tão cedo. – Ethan me disse.
- Eu não aguentava ficar mais um segundo longe de você. – Eu disse.
Caminhamos um na direção do outro e nos abraçamos. Depois do abraço veio um beijo, do beijo a nudez. Beijávamos nossos corpos com muita vontade, matando toda aquela saudade que sentimos um do outro.
- Foram os seis meses mais longos da minha vida. – Eu disse.
- Pra mim também. – Ethan respondeu. – Mas eu te esperei. Te esperaria por toda a minha vida.
Ethan se deitou e eu me encaixei nele.
- Que saudade eu estava de sentir você dentro de mim. – Ethan disse enquanto eu o penetrava. Não tive palavras para responder.
Comecei penetra-lo e nos beijávamos, falávamos como nos amávamos e que ficaríamos juntos para sempre.
Gozamos um gozo que estava engasgado a seis meses, voltamos a nos beijar. Nos vestimos e deitados ali naquele sol frio do inverno europeu começamos a conversar.
- Então você leu o livro. – Ethan me perguntou.
- Sim. Como soube do final? – Eu perguntei.
- Minha avó me ajudou.
- E da parte após o beijo de René e Desire? – Eu perguntei.
- Você ainda não entendeu não é? – Ethan disse.
- Não. O que?
- Não é por isso que você está aqui? – Ethan disse.
- Estou aqui por que te amo. Por que não paro de pensar em você desde que te conheci. Fui um idiota por não perceber que é você quem em amo. É você que está na minha vida. Que você é o meu presente. – Eu disse e Ethan me beijou.
- Eu tive muito ciúmes do que você sentia por René, mas hoje entendo o que você sente.
- Eu sentia. – Eu disse.
- Não diga isso. Quero que sinta. – Ethan disse e eu não entendia. – Não percebeu que quem narra todo o livro foi René?
- Sim. Mas o que tem a ver? – Eu perguntei.
- Como eu ou minha avó saberia de todos os detalhes, como aquele do beijo?
- Licença poética! – Eu não sabia se era uma afirmação ou interrogação, eu estava confuso. Ethan sorriu. Segurou o meu rosto olhou nos meus olhos.
- Sou eu Augusto. Eu fui Edmond, eu fui René. Quando descobri isso mandei pra você o cordão. – Ethan disse pegando no meu cordão pendurado no meu pescoço.
Eu me sentia caindo de um prédio de 100 andares. Ethan era René. Ele esteve ao meu lado o tempo todo, foi a primeira pessoa que vi quando cheguei em Paris meses atrás. Como eu não vi isso antes. Como isso fazia todo sentido. É claro que eu não seria capaz de amar outra pessoa, eu estava certo apenas nisso. Aqueles olhos, o cordão voltar para ele, a Senhora Madalene deu pra ele, ela sabia, sempre soube. Eu via René quando tocava no cordão quando estava no corpo de Ethan. Eu tive todos os sinais, mas era cego e idiota de mais para ver. Assim como fui para identificar minha avó como Adeline, Amanda como Maurice e minha mãe como Desire. Por fim estava ali. Meus dois amores eram a mesma pessoa.
- Diga alguma coisa Augusto. – Ethan disse.
- Eu não consigo. – Eu disse emocionado. – É um amor tão grande, uma felicidade tão grande que não cabe dentro do meu peito.
Toda a migalha de culpa ou de tristeza, ou sentimento de traição que senti havia sumido. Eu estava livre para amar completamente. Realizado.
Ethan me beijou, nos beijamos e voltamos para da senhora Madalene.
- Eu já havia dito pra você Augusto, a cada nova vida temos o proposito de evoluir um pouco e isso vai acontecendo sucessivamente até chegarmos a perfeição. Conseguimos evoluir muito nessa vida. Jacques e Maurice conseguiram viver o seu amor e se tornaram pessoas melhores. Assim como a sua avó e seu avô conseguiram ficar juntos. A condensa após se arrepender do mal que fez que a Desire aceitou a missão de dar a luz, cuidar dela e principalmente amar.
- Meu pai teve a mesma missão, mas ainda não aprendeu a me amar. – Ethan disse.
- Mas vocês ainda possuem tempo pra isso. O importante é que você já o perdoou. Sua mãe também Augusto. Tirou a vida de Pierre e te deu a vida, além de sair conseguir do seu caminho para que vocês possam viver o amor de vocês. – Madalene disse.
- E Patrick? – Eu perguntei. – Ele está entre nós?
- Está a caminho. – Madalene disse sorrindo.
Dias depois o Palácio estava pronto. Entrei na cerimonia de braços dados com o Ethan, seriamos os padrinhos do casamento. Oliver não estava feliz com a nossa relação, ele ainda era preconceituoso. Mas minha mãe nos dava total apoio. Amanda estava linda e feliz. Podíamos ver como ela irradiava, ela disse o mesmo sobre eu e Ethan. Foi uma cerimonia maravilhosa. Sentamos na grande mesa e brindamos com muito champanhe.
Minha mãe saiu da mesa e voltou um pouco abatida.
- Está tudo bem mãe? – Eu perguntei.
- Estou enjoada, algo que comi não me fez bem. – Ela disse.
- Acho melhor você parar de beber. – Madalene disse.
- Mas eu nem terminei o copo do brinde. – Minha mãe respondeu.
- Não é por isso minha querida. Não se deve beber no seu estado. Você está gravida. – Madalene disse.
Eu e Ethan nos olhamos. Era Patrick que estava a caminho, ele seria nosso irmão.
- Não é possível, eu tomo remédios, tenho quase 40 anos. Meu filho já tem 22. Não posso ser mãe de novo. – Minha mãe disse.
- Quando Deus quer não adianta querida. – Madalene disse.
- Você está falando serio Mãe? – Oliver perguntou.
- Mamãe nunca erra. – Jasper disse. Madalene concordou com a cabeça.
- Vamos ter um filho meu amor. Um filho. Que maravilha nosso amor dando frutos. – Oliver disse. Eles se beijaram, tínhamos mais um motivo para comemorar.
- E qual vai ser o nome? – Jasper perguntou.
- Patrick. – Eu e Ethan respondemos juntos. Minha mãe sorriu.
- Se for um menino pode ser sim. Tivemos um Conde na família com o nome de Patrick foi um bom Conde. – Oliver disse.
Ao fim da festa eu e Ethan fomos para o quarto que foi de Pierre. Nos beijamos. Em segundos eu sentia o pau de Ethan duro encostando-se ao meu. Eu sentia o seu corpo no meu. Ainda vestidos eu passava a mão por todo o seu corpo começando pelos cabelos. Olhava para o seu lindo rosto e para os seus olhos azuis.
- Tenho um presente para você. – Eu disse. Mostrando a minha pulseira. – Eu mandei fazê-la para você.
Ethan me ajudou a tira-la e eu o ajudei a coloca-la.
- Eterno e infinito. – Ethan disse.
- Eterno e infinito. – Eu repeti.
Desabotoei todos os botões da sua camisa, desnudei seu tórax e o beijei. Ethan tirou a minha camisa com brutalidade, estourando alguns botões.
- Calma, temos tempo. Temos todo o tempo do mundo. Temos essa vida inteira e todas as outras pela frente. – Eu disse.
Ethan estava com uma cueca box, o volume do seu pau se destacava. Passei o meu rosto pelo seu volume e subi beijando o seu corpo. Ethan me puxou para um novo beijo. Beijávamos com desejo. Nossas línguas disputavam em nossas bocas e nossos paus em nossas cinturas.
Ethan se ajoelhou passava a mão em meu peito e engolia todo o meu pau. Ele olhava para cima me encarava com os seus olhos azuis. Ethan e René os mesmos olhos, a mesma pessoa o meu verdadeiro amor. Era amor o que eu sentia, mas também era paixão e muito tesão. Eu o puxei de volta beijei a sua boca e senti o gosto do meu pau.
Foi a minha vez de chupa-lo. Um pau reto e duro, branco com a cabeça rosada começando a babar. Eu me deliciava naquele cacete.
- Que delicia Augusto. – Ethan disse.
Caímos na cama e começamos um 69. Ethan chupava meu pau e minhas bolas. Eu o masturbava e lambia o seu cuzinho. Ethan sentia ainda mais prazer. Comecei a penetra-lo com a minha língua.
Ethan pegou um lubrificante em um móvel próximo a cama. Estranhei, pois nunca precisamos daquilo.
- É pra você. – Ethan disse. Voltando a chupar o meu pau e passando o lubrificando no meu anus. – Relaxa meu amor, relaxa.
Ethan não parou de me chupar enquanto começava a me penetrar com o dedo. O incomodo inicial se tornou prazeroso. Depois de um tempo Ethan deitou sobre mim me beijando e colocando o seu pau na portinha do meu cu.
Eu relaxei, sentia o seu pau entrando aos poucos. Em alguns momentos de forma involuntária eu travava e Ethan gemia. Aquilo lhe dava ainda mais prazer. Algumas vezes eu o expulsei de dentro de mim. O Ethan passava mais lubrificante e tentava de novo. Ele estava gostando daquilo. Estava gostando de tirar o meu cabaço.
Finalmente entrou tudo. Ethan ficou lá parado esperando eu me acostumar.
- Se você sentir metade do prazer que eu sinto quando estou dando pra você eu já ficarei feliz. – Ethan me disse enquanto me beijava. – Eu te amo tanto Augusto, sempre te amei. Te amava antes mesmo de te conhecer. Te amava antes mesmo de ser Edmond. Em outras vidas antes daquelas..
- Nosso amor é eterno e infinito. E sempre nos reencontraremos. – Eu disse.
Ethan forçava seu pau dentro de mim, eu gemi, um misto de dor e tesão. Ethan repetia o movimento, mais devagar e mais profundo. Foi aumentando a velocidade aos poucos. Seu pau já entrava e saia de dentro de mim sem dificuldade. Ethan gemia e eu também.
- Augusto eu vou gozar. – Ethan me disse.
Fiquei de quatro e me masturbava. Senti o seu pau pulsando dentro de mim, despejando o seu liquido quente. Eu também gozei com o pau de Ethan dentro de mim. Caímos exaustos.
- Gostou? - Ethan me perguntou.
- Sim, foi melhor que eu imaginava, mas ainda prefiro quando eu estou dentro de você.
- Então vem. – Ethan disse me beijando. Ele parou de me beijar e começou a chupar o meu pau o deixando duro novamente.
Ethan sentou em mim. Ele gostava daquela posição. Ethan cavalgava, eu passava a mão em seu corpo, em alguns momentos eu via a cicatriz de René, mas não me importava. Ficava até feliz. As duas vidas se encontrando no mesmo lugar, na mesma cama e com um sentimento ainda maior. “Seria possível na próxima vida nos amarmos ainda mais do que nessa?” Acredito que sim, pois o que sinto por Ethan é o acumulado do amor desta vida com o da vida passada.
Ficamos naquela posição por muito mais tempo. Cheguei a me sentar com Ethan no meu colo. Nos beijávamos enquanto eu o penetrava e foi assim que gozamos.
Um ano e meio depois.
- Vamos Augusto. Temos que pegar o trem para França. – Ethan me disse.
- Calma Ethan, nunca ouviu a expressão que mineiro não perde o trem? – Eu disse rindo.
Pegamos o trem de Londres para Paris. Escolhi Londres para viver com Ethan. Eu fazia o meu MBA e Ethan o seu mestrado. Eu comecei a trabalhar na filial da empresa de Oliver em Londres. Ele já queria me dar um cargo alto, mas preferi começar por baixo, conhecer melhor todos os setores. Não queria ter um cargo alto apenas por ser enteado do dono ou marido do herdeiro. Sem contar que queria terminar a minha pós antes de assumir um cargo importante. Oliver admirou a minha atitude. Ele tratava a mim e ao Ethan muito bem apesar de não nos aceitar como um casal. Mas só de termos conseguido o seu respeito já era uma grande Vitoria.
Em duas horas já estávamos em paris. Mais duas horas já estávamos no sul. Trem bala é uma maravilha. Uma vez por mês eu e Ethan fazíamos esse trajeto, para Paris onde nossos pais moravam ou para o sul rever Nossos avós, Amanda e Jasper.
Estávamos indo para o batizado de Patrick. Jasper e Amanda seriam os padrinhos. Fomos direto para a igreja, a mesma que Patrick foi batizado em sua vida anterior. Minha avó foi a primeira pessoa que eu vi e veio me abraçando, em seguida meu avô, Amanda e Jasper.
- Vocês estão cuidando bem desses dois? – Eu perguntei para Amanda e Jasper referindo aos meus avós.
- Claro que estamos. – Jasper disse abraçando a minha avó. Eles tinham um carinho muito grande pelo outro, minha avó até o chamava de filho.
- Eles são excelentes vizinhos. – Minha avó disse e meu avô concordava.
- E sua mãe como está? – Eu perguntei para Jasper.
- Está bem. Alguns dias mais lucidas outros menos. – Jasper respondeu. – Ela está sentada lá na frente.
Eu fui até a senhora Madalene.
- Como está a senhora? – Eu perguntei.
- Pierre, meu menino que saudade. – Madalene disse.
- Olá dona Madalene, saudades também. Eu me chamo Augusto. – Eu disse.
- É claro, Augusto. Me desculpe essa minha cabeça me engana. Eu já cumpri a minha missão. Não entendo por que eles estão me segurando nessa vida. – Madalene disse.
- Você ainda tem muito a viver. Tem mais um neto para ver crescer. – Eu disse.
- Não meu querido, prefiro ver do lado de lá. Sei que meus dias aqui estão contados. Não quero que chore quando esse dia chegar. Saiba que sempre estarei ao lado de vocês, do lado de lá terei mais forças para cuidar de vocês. – Madalene disse sorrindo. Não pude deixar de me emocionar. Eu abracei e ela me abraçou. – Nada de choros.
Encontrei com minha mãe e Oliver nos abraçamos. Patrick estava lindo eu carreguei meu irmão no colo. Lembrei do batizado de Patrick quando ele era o meu filho, filho de Pierre, eu sentia o mesmo amor, toda vez que eu o carregava, desde o dia que eu o carreguei na maternidade onde minha mãe deu a luz. Patrick era o meu irmão, mas eu o amava como se fosse um filho. Ethan também o carregou. Nos olhamos e sorrimos um para o outro. As vezes parecia que possuíamos as mesmas lembranças e pensávamos na mesmas coisas. Acho que isso é comum entre almas gêmeas.
Após o batizado fomos para a festa, Oliver nunca economizava. Também não economizou ao dar um apartamento pra mim e para o Ethan morar em Londres. Eu não queria aceitar. Mas Ethan me convenceu que merecíamos. “Muito do que a minha família tem hoje vem de quando você era Pierre. É natural que volte pra você. Assim como a empresa do meu pai um dia será sua e do Patrick, eu não entendo nada de negócios. Sem contar que o que vale um apartamento quando ele tirou a minha vida?” Ethan disse rindo. Valia mais ou menos um milhão de euros.
Após os brindes pela saúde do Patrick, Amanda e Jasper se levantaram:
- Temos um anuncio para fazer. – Jasper disse.
- Estamos grávidos. – Amanda berrou.
Mais uma vez vários abraços e beijos. Amanda já nos apontou como padrinhos, o que nos deixou muito felizes. Sempre soube que Eu e Amanda estávamos ligados, confesso que não tinha ideia que essa ligação seria de outra vida, mas sabia que seria para sempre.
- Já perceberam que vocês sempre usam as festas de outras pessoas? – Eu disse brincando. – Quando minha mãe e Oliver se casaram Jasper pediu a mão da Amanda. Quando vocês se casaram foram eles que ficaram grávidos. Agora no batizado do Patrick são vocês que estão grávidos.
- Momentos de festa sempre atraem boas noticias. – Minha avó disse.
- Por isso sempre devemos fazer festas. – Jasper concluiu.
- Então quero aproveitar pra dar uma boa notícia também. – Eu disse, me levantando. – O livro do Ethan foi considerado um best-seller aqui na França e na Inglaterra. Agora a editora vai publicar para o resto do mundo.
Todo mundo batia palmas para o Ethan que também se levantou.
- E tem mais. – Ethan disse. – Meu próximo livro está saindo do forno. Será mais um romance, um tempo mais antigo e muitos personagens familiares.
Amanda olhava com os olhos brilhando. Ethan estava escrevendo sobre mais uma das nossas vidas. Anterior à vida de Pierre e René. Eu virei para Ethan e lhe dei um beijo.
- Eu te amo. – Eu disse.
- Eu te amo. – Ele respondeu.
Foi mais uma sessão de aplausos, olhei para Oliver que mesmo sem graça também aplaudia. Percebi a troca de olhares entre Ethan e o pai, naquele momento veio a aprovação.
Eu e Ethan deixamos o passado de lado. Concentrávamos nesta vida. A mais importante, o presente. E assim vivemos felizes.
FIM.
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O Conde (Concluído)
Historia CortaVenha conhecer a história de Augusto que, após ter sonhos estranhos, decide, com o apoio de sua melhor amiga, a passar por uma terapia de regressão e ajudar a solucionar este problema.