Capítulo 12

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Peguei no sono ao lado de Ethan. Tive um sonho estranho onde eu estava com Ethan e René chegou bravo dizendo que eu estava o traindo, que eu não poderia fazer isso com ele. Do outro lado Ethan dizia que René não existia que ele era um fantasma do passado e que ele que estava vivo e me amava. Lembro que saí correndo por um vale, pisei em um buraco e antes de cair no chão acordei.
Já era de manhã, Ethan ainda estava na cama. Vesti a minha roupa, pensei em Amanda que devia ter me procurado quando chegou do jantar e devia estar imaginando mil coisas. Abri a porta sem fazer barulho para não acordar Ethan.
- Por que está saindo de fininho? – Ethan me perguntou.
- Não queria te acordar. – Eu respondi sem graça.
- Vem cá. – Ethan me chamou para junto dele.
- Ethan eu queria. – Eu comecei a dizer quando fui interrompido.
- Fique tranquilo Augusto, eu sei o que vai me dizer. Mas quero te dizer algo antes. Ontem à noite você esteve o tempo todo comigo, não com René, eu que estou aqui, eu que estou vivo e eu amo você. Sei dos seus sentimentos que apesar de louco eu entendo. Te prometo que no dia que René aparecer eu sairei do caminho de vocês. – Ethan disse. Me deixando sem palavras. Ele me puxou para um beijo.
Pelo visto Ethan queria mais um momento de prazer, mas eu ainda estava preocupado com a Amanda e com o meu sonho com René na noite anterior. Por isso depois do beijo eu deixei Ethan e desci para tomar o café da manhã.
- Madalene onde está todo mundo? – Eu perguntei.
- Você diz Jasper e a sua amiga?
- Sim.
- Não dormiram em casa. Não voltaram do jantar.
- Como não? Será que aconteceu alguma coisa? Onde eles foram jantar? Algum acidente? Sequestro? – Eu disse preocupado.
- Não se preocupe meu filho. Jasper me avisou, eles estão bem, daqui a pouco estão aqui. Venha tome seu café da manhã.
- Madalene, quem foi Amanda?
- Não é óbvio?
- Por que não consigo reconhece-la como a senhora conseguiu?
- Augusto não existe uma resposta exata, acho que pode ser que você já está tão acostumado com Amanda ser quem você conhece nessa vida que não consegue ultrapassar o véu.
- Com a minha avó eu também demorei, precisei da ajuda do meu psicólogo. Mas com Jasper e Oliver foi imediatamente assim que eu os vi, com você também foi quase na mesma hora.
- Por isso mesmo meu pequeno. Pessoas desconhecidas para você são mais fáceis de serem identificadas. Pelos menos aquelas que você não fantasia. Olha eles estão chegando. – Madalene apontou para o carro de Jasper que estava estacionando encerrando a conversa.
Vi Jasper abrindo a porta para Amanda que saiu toda sorridente. Assim que entraram em casa Amanda olhou pra mim com os olhos brilhando eu já sabia que ela estava louca para me contar o que aconteceu naquela noite.
- Querem tomar café? – Madalene perguntou para os recém chegados.
- Não mãe já tomamos. Vou me arrumar para o trabalho. – Jasper respondeu. Deu um beijo no rosto de Amanda e saiu. Amanda subiu as escada olhando para mim e me chamando com a cabeça.
- Você parece feliz. – Eu disse para Amanda quando entrei em seu quarto.
- Muito. Estou apaixonada. Fomos jantar. Jasper é um verdadeiro cavalheiro, foi tudo muito lindo, dançamos, nos beijamos e fomos para uma pousada super romântica. Fizemos amor a noite toda. Amor Augusto, não sexo. Foi amor. – Amanda disse, se jogava na cama, rolava de um lado para o outro. Nunca a tinha visto tão feliz e empolgada com alguém.
- Meu Deus, você é ele! – Eu disse surpreso com a minha descoberta.
- Do que você está falando?
- Eu já sei quem você foi Amanda. Você fez parte da minha vida passada sim. Esteve ao meu lado o tempo todo. Foi infeliz no amor e agora está sendo realizada. Você foi Maurice, meu grande amigo, meu segundo pai.
- Eu fui um homem? – Amanda perguntou.
- Foi. Um homem gay. – Eu disse e começamos a rir. – Você e Jasper não conseguiram viver o amor de vocês na vida passada.
- Eu sabia Augusto, sempre soube que tinha uma vida passada com você. E que um dia iria achar o amor da minha vida. - Amanda pulou em cima de mim e me abraçava. – Eu achei o meu.
- E agora? Como vai ser? – Eu perguntei.
- Não sei, não falamos sobre isso. Mas é claro que daremos um jeito. Encontrei a minha alma gêmea. – Amanda não parava de sorrir. – E o Ethan?
- O que tem o Ethan? – Eu perguntei, ela falava de alma gêmea e lembra do Ethan?
- Como ele ficou a noite? Vocês conversaram?
- É, pra mim isso está bem complicado. Eu expliquei pra ele sobre o cordão que eu via o René quando estava com ele, e ele não se importou. Fez varias declarações de amor pra mim e acabamos transando.
- Sério?
- Sério. E eu não transei com René. Foi só com o Ethan.
- E não foi bom? Por que está com essa cara?
- Eu sonhei com o Ethan e com o René, eles brigando por mim. Sinto que estou traindo o René.
- Augusto para. Tá chato já. René não está aqui. Você ainda não o conheceu como pode ser traição.
- Mas eu o conheço, sei do meu sentimento. Eu o amo. Não quero me envolver com o Ethan.
- Por que não? Está mais que claro que você gosta dele, sente atração. Então o que te impede? – Amanda me perguntou, mas eu não respondi. – Medo né? Medo de gostar dele mais do que você gosta do René.
- Talvez. – Eu fui sincero.
- Augusto acorda para a realidade, para de viver no passado. Talvez o René nem te ama de verdade. Vai que foi ele mesmo que te matou na outra vida.
- Como você pode dizer isso Amanda? Você sempre o defendeu.
- Sei lá Augusto só quero te fazer viver no presente. Não deixe de fazer nada que você tenha vontade, não afaste quem gosta mesmo de você. E se René não tiver reencarnado? Vai viver sozinho a vida toda?
- E se o René chegar?
- Se chegar você pensa nisso. Pare de sofrer por antecipação. Viva, viva o amor. – Amanda se derretia na cama.
Sai do quarto da minha amiga e fui para o meu. Fiquei deitado refletindo, pensando em Amanda, Maurice, René, em Ethan nem percebi que haviam se passado horas. Até que senti fome. Almoçamos juntos. Jasper voltou para almoçar e não se desgrudava da Amanda.
- Vou levar vocês ao palácio assim que acabarmos de almoçar. – Jasper disse.
- Vai ser bem interessante pra você Augusto. – Madalene disse. Me dando um frio na barriga.
Depois que almoçamos fomos em direção ao palácio. Era interessante ver uma cidade bonita e desenvolvida onde tudo que eu lembrava era de mato. O Palácio estava lá bonito e imponente como era na época de Pierre, a área verde de um dos lados havia diminuído, mas a parte que ia de encontro ao precipício se mantinha intacta. Saímos do carro e entramos no primeiro salão. Eu sentia todos os pelos do meu braço e das minhas pernas arrepiados. Amanda percebeu e passou a mão sobre eles.
- Você se lembra de alguma coisa? – Eu perguntei para ela.
- Não, mas sinto algo, uma familiaridade com o lugar. – Amanda me respondeu.
Era estranho de todos que viveram naquela época, apenas eu e a senhora Madalene possuir essa memória. E a minha não era tão viva, era como se fosse um filme que foi interrompido na metade e eu esperava que aquele lugar me ajudasse a chegar ao fim.
- Preciso ir para o escritório. – Jasper disse. – Ethan mostre para eles o castelo. – Jasper deu um beijo em Amanda e foi em direção ao seu escritório.
- Onde quer ir Augusto? Ver o seu antigo quarto? – Ethan me perguntou.
- Não, a sala de jantar. – Eu disse e fui em direção a mesma.
- Que salão lindo. – Amanda disse olhando para o teto e paredes.
- Sim muito bonito. - Ethan respondeu. – Foi restaurado recente.
- Mudou um pouco a cor original. – Eu disse.
- Meu tio disse a mesma coisa. – Ethan respondeu.
Fechei os olhos e ainda assim eu via todo o salão. Via a parede mudando de cor e as cortinas com cores mais vivas. Estava funcionando, estava voltando ao passado, revivendo as minhas memórias de outra vida. Meus pais sentados à mesa, Desire ao meu lado, quando René entrou no salão acompanhado com o falso tio. René não encarava Desire, que também não parecia se importar com ele. Mas infelizmente eles sentaram de frente um para o outro. René evitava falar. Maurice respondia a maioria das perguntas que meu pai fazia ao rapaz. Foi depois do jantar na hora de servir a sobremesa que Desire olhou para René, foi rápido, mas seus olhos se cruzaram.
- Você? – Desire disse e começou a chorar.
- Desire o que está acontecendo? – Meu pai perguntou.
- Maurice, René nos dê licença. Vamos para o quarto Desire. – Eu a chamei.
- Pare com este choro. Pensei que já havia passado desta fase de chorar assim. – Eu disse.
- É ele, é o Edmond. Aqueles olhos. – Desire disse.
- Desire aquele é o sobrinho de Maurice. Edmond está morto. Ele procurou a sua morte na ponta da minha espada. Eu furei o seu coração.
- Não precisa me lembrar que eu me casei com um assassino.
- Não tenho duvidas que você preferiria que eu estive morto no lugar de Edmond. Mas não sou um assassino, ele pediu por isso, foi um duelo.
- Me perdoe Pierre, não quis dizer isso.
- Mas foi o que disse. Exijo que nunca se aproxime de René, não cruze olhar com ele, não troque nenhuma palavra. Fique longe dele.
- Sim senhor. – Desire respondeu e eu a deixei no quarto voltando para o jantar.
- Desire irá descansar. – Eu disse me sentando a mesa.
- Mulheres. – Meu pai disse.
- Ela deve estar gravida. - Minha mãe disse. - Essa emoção, esses destemperos. Acho que em breve teremos uma criança nesta casa. Isso me fará tão feliz.
- Augusto? Augusto? Você esta bem? – Amanda me perguntava. Via Ethan parado na minha frente, com aqueles olhos azuis assustados me olhando.
- Sim. – Eu respondi.
- Você ficou aéreo por quase um minuto. – Ethan disse.
- Um minuto? Eu revi todo o jantar no dia que René chegou. – Eu disse e contei para eles tudo que aconteceu. Percebi Ethan prestando atenção, como se estivesse engolindo tudo que eu contava, fala por fala. Ele queria ser literal nesta parte em seu livro.
- Intenso. – Amanda comentou.
Exploramos o palácio. Cada lugar e cada detalhe me lembravam da minha vida passada principalmente os lugares em que eu e René nos amávamos. Ethan fica sempre ao meu lado. Próximo até de mais. Alguns momentos ele colocava a mão em meu ombro ou na minha cintura. Eu me sentia ainda pior. A presença de René se tornava quase física, palpável.
- Acho que preciso ir lá pra fora. Estou me sentido um pouco sufocado aqui. – Eu disse.
- Vamos para o Jardim, o daqui é um dos mais lindos da França. – Ethan disse.
- Realmente é muito bonito, eu não me lembrava de ser tão grande. – Eu disse quando chegamos.
- Ele não era tão grande assim. Depois que Pierre morreu a Condessa Adeline mandou aumentar o jardim. O jardineiro foi contratado por Maurice, o Conde Jacques ainda estava vivo nesta época.
- Eu me lembro deste jardineiro. Me lembro quando ele chegou. Era um pouco mais velho do que Pierre. Ele trazia todas as manhãs flores para dentro do palácio. A Condessa Adeline adorava.
- Ela se apegou muito ao jardim despois que Pierre morreu. – Ethan disse.
- Pierre chegou a conhecer o filho? – Amanda me perguntou. Eu não soube responder.
- Sim. Pierre morreu a criança estava para completar um ano. – Ethan respondeu.
Eu ainda não me lembrava deste ponto. Não tinha a memoria de ter carregado um filho no colo. Mas sabia que desde que a gravidez de Desire foi confirmada Pierre já amava aquela criança.
- Vamos até o estabulo. – Eu pedi.
- Quer montar? – Ethan me perguntou.
- Quero sim, vamos? – Eu perguntei e todos animaram. – Foi aqui que cuidei de René – Eu apontei para a cela que séculos antes Edmund estava ferido.
Ethan parecia ficar triste quando eu falava de René. Me coloquei no lugar dele imaginei como deve ser chato você ficar do lado de alguém que você gosta e essa pessoa falando apenas do de ex. Montamos nos cavalos e cavalgamos para longe. Um lugar me chamou atenção e eu parei. Desci do cavalo e andei alguns passos.
- Tinha um lago aqui não tinha? – Eu perguntei.
- Tinha sim. Mas ele secou. – Ethan respondeu.
Mais uma vez vi tudo se transformando o lago estava lá de novo. René se banhava no lago. Ele estava nu e era um fim de tarde. Eu queria correr até ele, mas não conseguia me mover. René saia do lago.
- Não sabia que havia retornado de Paris. – Desire disse.
- Condessa, me perdoe, pensei que estava sozinho. – René disse quando viu Desiré. René tampava o seu pau com uma mão e a sua cicatriz com a outra.
- Por que tampa o seu peito? – Desire perguntou segurando as roupas de René.
- Por favor, Condessa devolva as minhas roupas.
- Me mostre. Me mostre o que eu vi desde o dia que você chegou. Anda é uma ordem. – Desiré berrava com lagrimas nos olhos. René abaixou a sua mão. – Por que? Como? Você esteve ao meu lado este tempo todo. Sonho com você todas as noites Edmond.
Desire largou as roupas e correu em direção de René, ela o beijou e ele correspondeu.
- Não. – Eu gritei voltando do meu transe.
- Augusto, o que aconteceu? O que você viu? – Amanda me perguntou. Eu chorava, não conseguia dizer. Era uma dor forte, uma decepção, uma tristeza.
- Vamos voltar. - Ethan disse. Eu não tinha forças para andar. Cai de joelhos no chão e continuava chorando.
- Será que ele viu como morreu? – Amanda perguntou para Ethan enquanto ela se abaixava para me abraçar.
- Acho que não, não foi aqui que aconteceu. – Ethan respondeu.
Eles esperaram eu me recuperar. Montamos no cavalo e voltamos para o jardim.
- Vou pedir meu tio à chave do carro e vamos para casa tudo bem? – Ethan disse. Eu e Amanda concordamos.
Ethan voltou com a chave do carro e sentou-se ao meu lado, colocou o braço em mim e eu me escorei nele. Sentia-o passando a mão nos meus cabelos. Sentia o seu perfume e eu o abracei de volta, era bom me sentir amado. Ethan gostou daquilo ele também me abraçou.
- Eu estou aqui com você. – Ethan me disse e nos beijamos.
- Obrigado. – Eu respondi. – Eu vi o lago, René estava nele. Desire descobriu quem ele era e eles se beijaram. Talvez tudo tenha acontecido como dizem, ou pior.
- Calma Augusto, não vamos nos precipitar. Não sabemos o que aconteceu depois. – Amanda disse.
- Não quero saber mais. Só quero ir embora. – Eu disse.
Voltamos para a casa da avó do Ethan. Lá fui direto para o meu quarto. Ethan voltou para o palácio, deixaria o carro com o tio.
- Não acho que deve ficar com o Ethan. – Amanda me disse.
- Não era isso que você me dizia de manhã.
- Não acho que deve ficar com ele porque esta decepcionado com o René e sim por que gosta dele, quer dar uma chance de verdade pra alguém que te ama.
- Não importa o motivo, o importante é que vou dar uma chance para ele. Tudo que eu quero agora é me sentir amado e não traído. – Eu disse para Amanda que saiu do meu quarto emburrada.
Ethan voltou e veio para o meu quarto.
- Quer companhia? – Ele me perguntou.
- Só se for a sua. – Eu respondi. Vi um sorriso lindo nascer em seus lábios. E um brilho especial em seus olhos. Os olhos que me lembravam de René. Ethan veio em direção a minha cama. – Espera, tire esse cordão. Não quero esbarrar nele. – Ethan poderia pular de alegria.
- Você está melhor? – Ethan me perguntou após me beijar.
- Ficarei com você do meu lado. – Eu disse e Ethan voltou a me beijar. – Amanda teme por você.
- Por quê? –
- Ela teme que eu possa estar te usando.
- E você está?
- Talvez. Eu estou magoado com o que vi. Talvez se não tivesse visto aquilo não estaríamos aqui. Não quero te magoar. Eu gosto de você.
- Não se preocupe Augusto, se você está me usando eu estou me aproveitando de você. – Ethan disse, viu minha cara de interrogação e continuou. - Desse seu momento frágil e carente para te mostrar como eu te amo e como posso te fazer feliz. Ficar do seu lado.
- Você não existe. – Eu disse sorrindo. A companhia do Ethan me fez bem, os seus beijos e os seus abraços, o seu carinho. Eu conseguia me sentir amado. Consegui por alguns minutos me esquecer de René.
Amanda bateu na porta nos chamando para jantar. Descemos e jantamos todos juntos.
- Faço muito gosto do namoro de vocês – Madalene disse para o filho, Amanda que precisou que Jasper traduzisse. Amanda sorriu em agradecimento, sei que ela queria dizer muitas coisas para a futura sogra, mas o idioma era uma fronteira para ela.
- Ela é o amor da minha vida mãe. – Jasper disse.
- Acha que eu não sei. – Madalene respondeu e todos sorrimos.
- Vocês vão sair hoje? – Eu perguntei.
- Sim. Vamos na vila. Querem ir? Será um passeio de casal. – Jasper disse.
- Por que não? – Ethan respondeu segurando a minha mão que estava em cima da mesa. Jasper viu aquilo e sorriu para o mim e para o sobrinho.
Era estranho me ver de casal com um homem, um homem que não fosse René. Confesso que fiquei bastante envergonhado, mas me lembre de quando Jasper era Jacques e em seu leito de morte disse para eu fazer aquilo que meu coração mandar. E naquele momento ele me mandava viver aquele amor de verão europeu.
A vila era muito bonita, era o centro comercial do distrito na época que eu era o Conde Pierre, ela mudou muito, cresceu e ficou ainda mais bonita, misturando o moderno e o antigo, havia até lojas grandes e conhecidas. Tivemos uma noite agradável. Eu e Ethan ficamos como um casal assim como Jasper e Amanda. Era diferente ser um casal gay na Europa, ninguém ficava encarando, julgando, condenando. No início estava tenso, mas fiquei cada vez mais a vontade.
Na media que anoitecia as ruas foram ficando vazias e resolvemos voltar para a casa. Amanda foi para o quarto de Jasper.
- No meu ou no seu? – Ethan brincou.
- Onde quiser. – Respondi.
Ethan me levou novamente para o seu quarto.
- Adorei a noite que tivemos. – Ethan disse.
- Eu também. Consegui me desligar de tudo.
- Eu percebi. – Ethan respondeu sorrindo, satisfeito. Seu plano ia bem e eu estava feliz com isso. Ethan me jogou na cama de bruços. Fiquei um pouco assustado, ele tirou a minha camisa pegou um creme nas mãos e se sentou em minha bunda. Começou uma massagem nas minhas costas. – Vamos acabar com essa tensão que ainda sobrou.
Em dois minutos eu estava todo mole, me sentindo leve e relaxado. Ethan continuou com a massagem me arrancando suspiros. Depois ele deitou sobre mim. Eu sentia que ele já estava excitado.
- Suas mãos são magicas. – Eu disse.
- Não só as mãos. – Ethan disse, saindo de cima de mim e tirando a minha calça. Eu me virei e fiquei de frente para ele.
Ethan desceu até o meu pau e começou a me chupar.
- Realmente, a sua boca também é magica. – Eu disse, meu pau que estava mole ficou extremamente duro ao primeiro toque da boca de Ethan que continuou me chupando.
Eu o puxei para um beijo, ajudei a tirar a sua roupa, sentia o seu pau e o meu batendo um no outro, isso nos deixava mais excitado. Ethan voltou a me chupar. Iniciamos um 69 foi à primeira vez nesta vida que eu colocava o pau de outro homem na minha boca e gostei.
Depois de um tempo chupando o pau do Ethan e ele o meu comecei a chupar a sua bunda, não demorou muito senti o seu cuzinho piscando. Virei Ethan na cama ele ficou deitado de frente para mim, fui de encontro a ele. Levantei as suas pernas, coloquei um travesseiro em baixo de sua cintura empinado a sua bunda. Eu o penetrei enquanto me deitava sobre ele. Ele me abraçava com as suas pernas. Eu via os seus olhos brilhando e o seu sorriso de felicidade. Hoje não havia dor, apenas prazer e eu sentia o mesmo.
Nossos movimentos ficaram rápidos os beijos intensos, nossos corpos suavam. Não tenho ideia de quanto tempo ficamos desse jeito, mas foi muito tempo. Estava tudo perfeito. Não queria estar com mais ninguém naquele momento. Era Ethan quem me dava prazer, era o seu cuzinho apertando o meu pau em casa socada que me dava prazer, era a sua boca e gosto doce de vinho que me dava prazer. E aquela imensidão azul dos seus olhos que eu mergulhava.
- Gostoso. Que tesão. – Eu disse. Ethan sorriu.
- Isso Augusto, tá uma delicia. Mete vai. Eu sou seu. Todo seu. – Ethan me respondeu.
Continuamos naquela posição metendo, gemendo, suando e nos beijando. Gozei dentro de Ethan e ele gozou com o meu pau dentro de si.

O Conde (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora