Comecei a pesquisar melhor sobre esses assuntos de outra vida. Tudo difícil de acreditar, mas fazia muito sentindo. Amanda me ajudava nisso. Sua religião acreditava bastante nestas coisas além de não condenar o homossexualidade como tantas outras. Gostava de falar com ela sobre isso. Entendi que eu não era gay, mas sim existia uma relação forte entre eu e o Edmond, que era penas por ele que eu sentia esse tesão e desejos. Voltei para a regressão na semana seguinte.
Queria saber o que mais aconteceu na minha outra vida. Se Edmond era mesmo uma espécie de alma gêmea e o que mais aconteceu entre nós. Voltei para o consultório do João iniciamos mais uma regressão.
- Senhor nosso amigo já esta bem melhor, decidiu o que iremos fazer com ele? – Maurice me perguntou.
- Não sei, ele não quer ir embora. – Eu disse.
- Realmente ele não quer ir. Corremos o risco de manda-lo para longe e ele acabar voltando. – Maurice me disse.
- Temos também o risco de deixa-lo ficar por aqui. – Eu disse.
- Se me permite senhor, posso dizer o que realmente acho? – Maurice me pediu.
- Claro Maurice, não é atoa que você é um conselheiro do meu pai e será o meu também. – Eu disse.
- Como o senhor me pediu tenho passado bastante do meu tempo com o jovem. Ele me parece uma pessoa boa, ele não fala da senhora Desiré, pelo contrario só fala do senhor. – Maurice me disse.
- Aonde quer chegar Maurice? – Eu perguntei.
- Acredito que esse jovem é muito grato por tudo que o senhor fez por ele, que ele não o trairia. E ainda posso arriscar que ele o ama. – Maurice disse.
- Não diga asneiras Maurice. – Eu disse. – Sou um homem casado, e ele, ele ia fugir com Desiré.
- Apenas a minha opinião senhor. Não sei se sua medicina irá explicar isso um dia, mas para o sentimento e essas coisas do coração se se escolhe por quem se apaixonar, quem amar. Não importa sexo, idade, raça ou estado civil. Apenas se ama. – Maurice me disse um pouco emocionado. Percebi que aquele homem, mais velho e a vida toda solteiro, possuía um amor não correspondido ou não vivenciado.
- Irei encontra-lo mais à tarde. Gostaria que fosse comigo. – Eu pedi Maurice.
- Como quiser senhor. – Maurice me respondeu. No final da tarde fomos juntos ao estabulo onde nos últimos dias se tornou quarto de Edmond.
- Fiquei sabendo que está melhor. – Eu disse pegando Edmond de surpresa. Ele lia um livro. Percebi que era em inglês.
- Você voltou. – Edmond se levantou e me abraçou não se importando com a presença de Maurice.
- Estive fora uns dias, resolvendo alguns negócios para o meu pai. – Eu disse.
- Sim estou sabendo. – Edmond respondeu indicando que Maurice havia contado.
- Está lendo uma obra de William Shakespeare em inglês? – Eu perguntei.
- Sim, eu sei ler textos em inglês. Mas não sei falar. – Edmond disse.
- Como teve uma educação e veio parar nos campos? – Eu perguntei.
- Minha mãe trabalhava em um castelo, um duque, um sobrinho mais novo do antigo rei a namorou. Mas como minha mãe era apenas uma serviçal eles não se casaram. Eu nasci como bastardo, mas o duque permitiu que eu fosse criado junto com seus sobrinhos e filhos de outros nobres. Vivi no palácio até os meus 10 anos de idade. Quando o duque se casou com outra nobre e eu e minha mãe voltamos para os campos. Sempre gostei de livros e de ler. Um dia consegui um livro em inglês e eu tinha o mesmo em francês lia os dois juntos e fui descobrindo o significado das palavras. Fiz isso com vários livros. Sei ler e escrever em inglês tão bem como o francês, mas não sei a entonação para poder falar nem reconhecer quando as mesmas palavras são ditas. – Edmond disse.
- Esse jovem é uma grande caixa de surpresas. Quem sabe o senhor não possa ensina-lo a falar inglês. – Maurice me disse. Edmond sorriu. Impossível não sorrir de volta para ele.
- Mas para isso você deveria me deixar ficar. E não aguento mais ficar nesta cela. – Edmond disse.
- E em breve chegara um novo funcionário para cuidar dos cavalos. Temos que tira-lo daqui antes. – Maurice disse.
- Sim, pensei nisso. Vou hospeda-lo em minha casa. Para isso você deve me prometer nunca revelar a sua verdadeira identidade. – Eu disse.
- Eu prometo, eu lhe juro. – Edmond respondeu.
- Mas senhor, podem reconhece-lo. – Maurice disse.
- Eu pensei nisso. Vamos cortar o seu cabelo bem curto e escurece-los. Também não deve ter contato com Desiré.
- Eu entendo. Farei como diz. – Edmond disse.
- Direi que é um amigo que estudou comigo e veio me visitar. – Eu disse.
- E qual será o meu nome? – Edmond perguntou.
- René. – Eu disse.
- Muito apropriado. René significa o renascido. – Maurice disse. – Mas a historia não está boa. O jovem não entende nada de medicina, não sabe falar inglês. Apesar de culto não possui o seu nível intelectual. E como justificar ele ficar tanto tempo em sua casa.
- Tem razão Maurice tenho que pensar em outra coisa. – Eu disse
-Eu pensei. Direi que é meu sobrinho, que veio morar comigo e assim poderá me ajudar nas minhas atribuições, dentre elas te ajudar a cuidar da fazenda e do distrito. – Maurice disse.
- O que seria de mim sem você Maurice. – Eu disse sorrindo. – Providencie tudo então.
- Eu preciso passar na minha casa. Tenho algo, uma caixa com uma lembrança da minha mãe. Eu preciso dela. – Edmond disse.
- Vá durante a madrugada. Maurice pode acompanha-lo? Arrume algumas roupas novas e uma mala faça-o parecer seu sobrinho. – Eu disse.
- Sim senhor. – Maurice disse e se retirou.
- Muito obrigado. – Edmond disse vindo em minha direção e me dando um beijo.
Eu queria beija-lo, mas antes queria dizer tanta coisa, não consegui, não conseguia pensar em mais nada. Eu o beijava com vontade. Arranquei toda a sua roupa e beijava todo o seu corpo. Edmond fez o mesmo comigo. Chegou até o meu pau e o colocou na boca. Tremi quando senti os seus lábios e a sua língua. Era uma sensação tão gostosa, um tesão imenso. Olhava para baixo e via Edmond engolindo todo o meu pau, meus pelos pubianos esfregavam em seu nariz. Edmond olhava para mim e sorria. Ele parecia gostar de chupar o meu pau. Eu o puxei de volta, o beijei e desci pelo seu corpo. Queria saber como era a sensação de ter um falo em minha boca.
Edmond também era grande, uma pele branca cobrindo a sua glande. Estava limpo, meio sem jeito eu coloquei na boca passei a minha língua a sensação era boa. Fiz como Edmond fez em mim. Ele segurou a minha cabeça, eu senti o seu pau na minha garganta.
- Pare Pierre, pare. – Edmond disse.
Eu ignorei. Continuei com o seu pau na minha boca e ele gozou. Me assustei, sai rápido e cuspindo o caiu em minha boca. O gosto era diferente, estranho, mas não de todo ruim.
- Eu disse para papar. – Edmond me disse sorrindo. E me puxando para um beijo.
De longe eu vi que Maurice voltava. Nos recompomos.
- Trouxe uma tesoura e tinta de tecido. Espero que dê certo. – Maurice disse.
Edmond tirou a sua camisa. Peguei a tesoura com Maurice e eu mesmo cortei o cabelo de Edmond. Aqueles lindos cabelos loiros deu lugar para um corte curto de uns cinco centímetros. Maurice passou a tinta negra em seus cabelos, depois de um tempo secando e de uma boa lavagem demos a vida a René.
- Fiquei bonito? – Edmond Perguntou.
- Sim, sim. Ficou ainda mais belo meu jovem. – Maurice respondeu.
- Seja bem vindo René. – Eu disse. René sorriu pra mim.
Voltei para o palácio já estava escuro. Era noite de lua, período fértil de Desiré, e eu estava excitado.
- Desiré boa noite. Irei me banhar e me deitarei com você esta noite. – Eu disse.
-Como deseja meu marido. – Desiré respondeu.
Bati na porta e entrei. Ela estava com uma camisola branca, deitada na cama. Fui em sua direção e a beijei. Um beijo leve e sem paixão. Tirei sua camisola, beijei os seus seios, seus pelos ficaram arrepiados. Fui beijando a sua barriga e desci até a sua vagina e também a beijei. Desiré tremeu, mas não disse nenhuma palavra. Senti que ela ficou molhada.
Desiré não era mais pura, acredito que mesmo não me querendo como o seu parceiro ela sentia falta de sexo, ainda mais no período fértil quando a mulher se sente mais excitada. Percebi a sua excitação. Voltei a beija-la, com os meus dedos eu desbravava a sua vagina, Desiré começou a se contorcer. Eu extava excitado, me deitei por cima de Desiré e com cuidado comecei a penetra-la. Imaginei como Edmond a penetrou se foi carinhoso como eu ou se fora selvagem como ele é quando me chupa ou me beija.
Desiré gostava de ser penetrada, seus olhos fechados e as mãos segurando os lençóis de sua cama. Mas ainda permanecia calada. Eu apertava os seus seios, belos e firmes e continuava os movimentos. A beijei novamente e ela me devolveu o beijo com mais calor, meti mais rápido e mais forte, dentro do beijo Desiré gemia. Ela estava gozando, se contorcia me puxava para penetra-la forçava a sua virilha a minha. Eu também despejando a minha semente dentro dela. Dei-lhe mais um beijo. Desiré voltou a ficar estática. Sai de dentro dela, me sentei na beirada da cama.
- Gostaria que eu dormisse com você? – Eu perguntei.
- Não é necessário meu marido. – Desiré respondeu.
Fui para o meu quarto, da janela vi Maurice saindo com a charrete, Edmond, que agora é René devia esta estar lá dentro escondido indo para a sua casa pegar a suas coisas.
Dormi satisfeito, estava feliz pela chegada de René, satisfeito por ter consumado meu casamento e esperançoso para ter um filho.
Acordei desci as escadas para tomar café da manhã. Meus pais e minha esposa já estavam a mesa. Vi Maurice, o encarei queria saber o que acontecia, queria perguntar por Edmond/René.
- Bom dia. – Eu disse a todos. E me sentei a mesa.
- Bom dia meu filho. - Meu pai me respondeu. – Sabia que Maurice tem um sobrinho?
- Sim, não. Quero dizer ele já me disse uma vez. René, não é isso? – Eu disse.
- Isso mesmo senhor. – Maurice me respondeu.
- Ora, anos ao meu lado sempre achei que Maurice não possuísse família. – Meu pai disse.
- Sempre os vi como minha família senhor, mas tive uma irmã e ela me deixou um sobrinho. Ele veio à procura de abrigo e trabalho. Gostaria de saber se ele pode vir morar e trabalhar aqui. – Maurice disse.
- Ele se da bem com cavalos? Ainda não temos ninguém para cuidar deles. – Meu pai disse.
- Para os cavalos já contratei alguém que deve chegar ainda essa semana. Pensei que meu sobrinho poderia me auxiliar e auxiliar o futuro conde. Já não sou tão moço. – Maurice sorriu e meu pai gargalhou. – Meu sobrinho sabe ler e escrever, pode ser útil.
- Convide-o para jantar conosco. Você e ele. – Meu pai disse.
- Não será necessário senhor conde. Agradeço. – Maurice respondeu.
- Não perguntei se será necessário. Estou fazendo um convite e espero que o aceite. – Meu pai disse.
- Vamos deixar para outro dia meu pai. – Eu disse. Ainda era cedo para Desiré se encontrar com ele.
- Parem de teimar comigo. Não sei se em outro dia estarei vivo. – Meu pai respondeu.
- Não diga uma asneira dessas Jacques. – Minha mãe disse. - Você já esta muito bem.
- Então não me contrariem para eu permanecer assim. – Meu pai respondeu.
- E onde está o seu sobrinho Maurice? – Eu perguntei.
- Está nos meus aposentos. Estava aguardando a vossa autorização para cedê-lo um dos aposentos de empregados. – Maurice respondeu.
- Ora, se é você que contrata e descontrata todos os serviçais por que ficou com essa frescura? – Meu pai perguntou.
- Por se tratar de um parente Senhor Conde. E a tarefa que gostaria de atribuir a ele depende também da vossa aprovação e de seu filho. – Maurice respondeu.
- Está certo. Pierre converse com o sobrinho de Maurice, veja se está apto a auxilia-lo.– Meu pai disse e se virou para o Maurice - Caso não arrume alguma outra para função para ele neste palácio, seu sobrinho será bem vindo em nossa casa. Espero que ele seja tão competente como você.
- Ele é jovem ainda senhor. Mas vejo muito de mim nele e acredito que será fiel a Pierre como sou ao senhor. – Maurice disse.
- Que bom, que bom. – Meu pai respondeu.
Após o café da manhã fui até o quarto de Maurice que era dentro do próprio palácio e não no anexo onde ficavam os demais empregados. Assim que entrei René pulo em meu pescoço e me beijou. Vendo no claro, e com roupas novas, simples, mas novas, ele estava ainda mais bonito. Sua pele clara, olhos azuis e cabelos escuros o deixaram ainda mais bonito. Não era o mesmo Edmond.
- René. – Eu disse.
- Seu René. – Ele me respondeu.
- Meu pai quer dar um jantar essa noite, quer que você e seu tio participem. Estou com medo de Desiré reconhece-lo e do que você pode sentir quando a ver.
- Desiré não irá me reconhecer. Nem eu me reconheci quando olhei no espelho. E nem a mais belas das mulheres vai mudar o que sinto por você. –René me respondeu voltando a me beijar.
Não sabia se podia acreditar, o quanto daquilo era real o risco que eu estava correndo. Mas se eu já nutria esse sentimento por ele, por que ele não poderia nutri-lo por mim?
René trancou a porta do quarto de Maurice.
- O que esta fazendo? – Eu perguntei.
- Me deitarei com você em uma cama de verdade. – René me respondeu.
- Não na cama de Maurice. – Eu disse.
- Não aguento ficar em um quarto fechado com você e com uma cama e não poder usa-la. – René disse rindo. E me puxando para ele.
Deitamos na cama nos beijávamos como um casal em sua noite de núpcias. Tiramos nossas roupas, era a primeira vez que estava com Edmond na cama, que estávamos ambos nus, acordados e nos beijando. Minha mão deslizava pelo seu corpo quase sem pelos. Sua bunda redonda e firme chamou a minha atenção, René sorriu quando eu lhe dei um tapa. Ele engolia a minha boca, ele sentia fome pelo meu beijo.
Beijei todo o seu corpo, parei em sua bunda, me dediquei em beijar, passar a mão lamber. René gemia, ele estava gostando do meu toque.
- Quero senti-lo Pierre. – René me pediu.
Ele continuou de bruços e eu me deitei sobre ele. Sentia o calor que vinha de sua bunda, minha saliva que estava lá ajudou o meu pau a penetra-lo. René sentia dor, mas a sua vontade de me ter dentro de si era maior.
- Continua. – Ele pediu.
Quando meu pau entrou todo dentro dele, ele se desfaleceu na cama. Eu esperei ele se acostumar. Eu o beijava.
- Esperei a minha vida toda por isso. – René me disse. Não sei de onde ele tirava essas palavras, mas me excitava ainda mais e me deixava cada vez mais apaixonado.
Comecei os movimentos, René apertado e demonstrando imenso prazer não se comparava com a noite anterior que eu tive com a minha esposa. Eu também gemia. Apertava os seus braços fortes, segurava a sua cintura e o penetrava com mais força.
- Isso Pierre, me possua meu amor. – René disse.
Eu meti mais forte mais rápido. Queria dizer que eu iria gozar.
- Eu te amo. – Foi o que eu disse. Saiu da minha boca. Gozei e René também sujando a cama de Maurice.
Ficamos deitados na cama, nos abraçamos.
- Você disse que me ama? – René me perguntou.
- Não sei o que disse. – Menti sem graça.
- Eu também te amo Pierre. Não sei explicar. Mas isso foi melhor que nos meus sonhos. – René me disse. Eu sorri para ele.
- Você realmente sonhou comigo? Foi quando estava febril? Aquilo seria um delírio. – Eu disse.
- Também. Tive esse sonho algumas vezes na minha vida. Eu estava com você. Como estamos juntos agora. Foi em outra época e em outro lugar, mas era você. Meu verdadeiro e único amor. – René me disse. Era algo difícil de acreditar.
- Se me ama tanto e a tanto tempo como explica o amor que sentiu por Desiré a ponto de querer morrer por ela? – Eu o questionei.
- Desiré é bela, me atraiu. Pensei que com ela eu superaria esse sentimento por alguém desconhecido que só existia nos meus sonhos e pior por um homem. Mas você apareceu, o homem dos meus sonhos. Meu verdadeiro e único amor, o meu salvador. – René disse novamente me beijando.
João me despertou. Estava mais uma vez excitado.
- Foi intenso. – João me disse.
- Sim, foi. – Eu respondi. Não sabia ao certo o que contei para ele e isso me deixou sem graça.
- Augusto gostaria de conversar? Foi por causa de Edmond que me procurou não foi? – João me questionou.
- Foi João, eu não entendia, eu nunca senti atração por homens, eu me testei, vi vídeos e tudo mais, mas tinha sonhos sexuais com ele. Eu continuo não desejando nenhum outro homem. Mas tenho um sentimento de amor e de desejo por Edmond ou René ou o nome q ele tiver. Como isso é possível? Nem sei se ele esta nesta vida? Não consigo reconhecê-lo em ninguém que eu conheço. Ele pode não ter nascido ainda ou ser um velho. Como vou saber? – Eu desabafei, sentia lagrimas escorrendo dos meus olhos.
- Augusto fique calmo, pelo seu relato vocês reencarnam juntos em muitas outras vidas. Edmond sonhava com você antes de encontra-lo assim como você sonhou com ele nessa vida. Acredito que vocês ainda irão se reencontrar.
- Mas quando João? Amanhã daqui 20 anos? – Eu parecia uma criança reclamando.
- Dê tempo ao tempo. Há designíos para tudo. Será na hora certa, não tenha duvidas. – João me disse.
- Acho que não tenho escolha não é? – Eu disse.
- Neste caso não. – João sorriu. – Augusto te aconselho fazer terapia convencional. Não devemos continuar com a regressão.
- Mas por quê? Ainda não sei como foi a minha vida como Pierre. – Eu disse.
- Augusto a regressão não serve para desvendar ou reviver uma vida. Existe um proposito em reencarnamos e esquecemos a vida anterior. É a chance de começarmos de novo de sermos pessoas melhores. Não o aconselho a seguir com isso. Conseguimos alcançar o nosso objetivo. Você descobriu que não era o seu cérebro te pregando um peça, descobriu quem era você em outra vida, viu que pessoas que estavam lá também estão com você aqui. E principalmente com quem e porque tinha aqueles sonhos. Isso já é um novo direcionamento para a sua vida atual. – João disse e eu me mantive calado.
- Se algo mais tiver que se revelar deixe que seja de forma natural. Você tem uma grande mediunidade, consegue vivenciar isso em seus sonhos e vai descobrir ainda outras. Deixe tudo correr de forma natural. Viva a sua vida atual. Entenda mais sobre isso, pesquise mesmo. Vamos dar um tempo nas regressões. Vamos continuar apenas com a terapia. – João continuou
- Vou pensar nisso João. – Eu disse me levantando.
- Deixarei reservado a sua consulta. Tenha uma boa semana Augusto. – João disse.
Fui pra casa ainda nervoso, mal dormir a noite e não tive sonhos, no dia seguinte fui para aula querendo desabafar com a Amanda.
- Vê se pode isso Amanda. – Eu contei para ela que João queria encerrar as regressões.
- Poxa, que pena. Estava adorando a história. – Amanda disse
- Não é uma história Amanda é a minha vida, em outra vida, mas é minha vida. – Eu disse nervoso.
- Fica calmo Augusto, se ele acha isso deve saber o que é melhor. – Amanda me disse.
- Você concorda com ele? Acha devo fazer terapia e não mais regressão? Como vou saber o que aconteceu naquele jantar? Como foi os dias depois daquilo? Se tive um filho com Desiré? Se virei um conde? Quem são as outras pessoas, meu pai, Maurice, Desiré, o Visconde Othon e tantas outras pessoas que estavam lá. – Eu disse ficando bravo com ela também.
- E eu né, tenho certeza que te conheço de outra vida Augusto. – Amanda tentava amenizar meus nervos. – Vamos subir para a sala, vamos chegar atrasados.
Subimos para a sala de aula, foi uma aula chata, no meu estagio também foi chato, durante a noite em casa também chato, um sonho chato. Passou a semana e nada de interessante aconteceu, nenhum sonho com Edmond ou com alguma coisa relacionada à minha vida passada. Por isso resolvi não voltar no João.
Passaram semanas as aulas estavam no fim.
- Augusto tem mais de um mês que você está emburrado, para com isso. Semana que vem você vai para Paris. Quem sabe não vai ser lá que você irá reencontrar todo mundo da sua outra vida? – Amanda me disse.
- Prefiro não me iludir Amanda. Seja o que for que eu vá encontrar lá não vou criar expectativas. Talvez o João estivesse mesmo certo, cumpri meu objetivo. Acabaram aqueles sonhos perturbadores. – Eu disse.
- E por que parece que você sente falta deles? – Amanda me perguntou.
- Não viaja Amanda. – Eu respondi.
- Tá bom. Você pode mentir pra você, mas pra mim você não consegue. – Amanda disse.
- Não é do sonho que sinto falta – “sentia também” – mas eu sinto falta de algo que eu não vivi. – Eu confessei.
- Sente falta do Edmond não é? – Amanda me perguntou.
- Como posso sentir falta de alguém que não conheço. – Eu disse
- Você o conhece e bem, mas em outra vida. – Amanda disse.
- Em outra vida, não nessa. Tudo são lembranças que eu não vivi. São como sonhos. Nada real nada palpável. Sinto falta de estar com ele, de beija-lo, do sexo. – Eu disse.
- Augusto, por que não se satisfaça de outra forma, tanto rapaz bonito por ai vai achar alguém de olhos azuis e cabelos escuros. – Amanda me disse.
- Você só pode está brincando né? – Eu disse.
- Claro que não. É serio, quem sabe isso não te anima. – Amanda disse.
- Porra Amanda como sair pegando um cara aleatório por ai vai me animar, só por se parecer com o René? Não é assim, não tenho vontade de pegar nenhum cara, o único que eu quero é o René. – Eu disse
- Então pegue uma menina, você precisa de sexo pra deixar de ser chato. – Amanda me disse.
- Eu sou chato é? – Perguntei.
- Muito. – Amanda me respondeu.
- Então você não vai querer ir para Paris ver o casamento da minha mãe com esse chato né? – Eu disse.
- Como assim? – Os olhos de Amanda brilhavam.
- Eu estou indo antes, meus avos só vão na semana do casamento. Comprei essa passagem pra você poder ir com eles. – Eu disse.
- Uma semana em Paris? – Amanda disse.
- Na verdade serão 4 dias no sul da França para o casamento e mais 6 dias em Paris. – Eu disse.
- Augusto, você é o melhor amigo do mundo. – Amanda disse me abraçando.
- Mas sou chato né? – Eu provoquei.
- Você está chato. Mas não deixa de ser o meu melhor amigo. – Amanda disse ainda pulando em mim e me dando um monte de beijos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Conde (Concluído)
Historia CortaVenha conhecer a história de Augusto que, após ter sonhos estranhos, decide, com o apoio de sua melhor amiga, a passar por uma terapia de regressão e ajudar a solucionar este problema.