Seven

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• Kim NamJoon •

Dentre tantos dias seguidos este era o primeiro em que eu chegava em casa mais cedo, com a aproximação de grandes lançamentos, havia a exigência de que eu ficasse por mais tempo na empresa acertando todos os detalhes. Hoje finalmente eu pude chegar em casa, ainda quando havia alguma luz no céu, tendo a chance de substituir minhas roupas sociais por uma calça mais larga, uma blusa completamente descontraída e minhas sandálias. Tendo a chance de sentar em minha cama e ler algum dos meus livros que estavam empoeirando nas prateleiras do meu quarto. E, quando finalmente prendo meu foco em meio as palavras que me desafiam a reflexão, meu celular toca, meu primeiro pensamento é ignorar, mas algo me cutuca fazendo eu pensar nas possíveis coisas que poderiam acontecer caso eu não atendesse uma simples ligação.

-Yeoboseyo¹? - respondo ao atender, não tendo resposta alguma. -Alguém? - então ouço uma voz ofegante ao outro lado, como se corresse.

-Namjoon? - a voz soa ofegante e mesmo assim consigo reconhece-la, jogando meu corpo antes encostado na cabeceira da cama para frente.

-Yong?

-Namjoon, eu... Eu... Eu não sei o que fazer. - um certo desespero é nítido em sua voz. -DoHyun ele...

-Ele te machucou de novo? - minhas costas se tensionam, fazendo com que eu sinta cada músculo do meu corpo.

-Eu estou com medo. - sua voz soa mista a soluços.

-Yong, onde você está? Ele está por perto?

-Eu estou indo para... - ouço a mulher puxar o ar para o seus pulmões, antes que pudesse continuar. -O meu antigo apartamento.

-Tudo bem, me mande o endereço, irei te encontrar lá!

-Oh! Não, eu não deveria ter feito isso. Nam, não precisa, vai ficar tudo bem e...

-Yong, me escuta! Você precisa escolher a si mesma, antes que seja tarde para fazer escolha alguma, nós podemos resolver agora, isso depende de você.

-Nam... Eu... Tudo bem. - ouço uma porta bater, seguindo o som dos trincos, respiro ao pensar que YongSuck poderia estar segura.

-Me envie sua localização, hun?

-Nam, tá eu vou enviar, mas não se preocupe, está tudo bem agora. - a voz da mulher já não era ofegante.

-Logo estou aí. - respondo assim que sinto o celular vibrar, confirmando a mensagem da professora.

Me levanto, colocando um dos meus bonés, quando saio encontro com meus pais sentados a mesa, enquanto MiSo assistia algo na sala.

-Eu preciso resolver algo, acho que volto logo. - digo chamando a atenção de ambos.

-É algo da empresa, filho?- meu pai pergunta, deixando explícito seu tom preocupado.

-Não pai, está tudo dentro do esperado com a empresa. - quando resolvi abrir a minha empresa, meu pai pareceu um pouco receoso, não que ele tenha demonstrado dúvidas quanto ao meu potencial, mas sim quanto as possibilidades.

-Tudo bem então filho.

-Não volte tarde querido! - ouço minha mãe quando estou próximo a porta.

-ChinHa ele já é um homem. -meu pai a responde e eu não consigo evitar em rir de suas ações.

Ao lado de fora ando até a avenida principal, onde poderia encontrar táxis, já que o Sr.Lee estava em casa neste momento. São poucos metros até que eu aviste um dos carros, assim sinalizando conforme se aproxima, vendo-o parar na minha frente. Assim que adentro o carro, cumprimento brevemente o motorista e lhe passo o endereço. Envio uma mensagem a YongSuck, entretanto a mulher sequer visualiza.

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