Thirteen

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Kim Namjoon

Pago o motorista do táxi que para em frente à minha casa, lhe desejando uma boa noite, eu havia pedido para que o Sr. Lee fosse para casa, pois já era tarde e eu não deveria lhe privar da sua família, porém eu sentia falta das conversas reflexivas que tínhamos durante o trajeto. No fundo, eu via uma vantagem em não ter habilitação.

Quando o carro da partida atrás de mim, eu paro por um momento encarando o seu estrelado sobre mim, a lua já tomava o seu lugar, cantando lindamente com seu brilho em seus ponto mais alto, no exato local em que o sol se encontra ao meio dia. Caminho pelo extenso jardim que ornava a entrada da casa dos meus pais, dando a devida atenção as flores do lótus, que flutuavam nas águas claras, junto as carpas que faziam sua dança entre elas.

Tais flores estavam presentes na minha família há muitas descendências e, até hoje se faziam presente. Talvez tal afeição estivesse em nosso sangue, já que eu atribuía a mesma admiração por elas, tanto que havia reservado um espaço próprio para elas em minha casa que estava em construção. Talvez esta fosse a lenda viva da família Kim.

Quando me aproximo da entrada, subo lentamente os degraus brancos, que brilham perfeitamente devidamente a cera, parando em frente a porta, encaixando a chave , a girando e pressionando a maçaneta dourada, encontrando ao outro lado MiSo e YongSuck, sentadas no tapete da sala, enquanto suas costas eram mantidas no conforto das almofadas. A mais nova se aconchegava, com a cabeça no tronco da professora.

-Oppa! Chegou na hora certa, a Yong unnie vai contar uma história. Vem! - MiSo corre até mim, me puxando pela mão até onde estavam.

-Yong unnie? - brinco olhando para Yong e franzindo as sobrancelhas.

-Não acha que "Sra." está ultrapassado demais? - ela brinca diante a sua situação.

-Acho que tem razão. - concordo sentando ao outro lado enquanto Mi fica entre nós.

-Unnie, você irá contar uma história, não é? - a mais nova retoma, com seu olhar cheio de esperança, então me lembro das vezes que ela retornara para casa toda eufórica, tentando reproduzir a história contada pela Sra. Go, talvez suas histórias fossem mágicas.

-Claro! Acho que terei que improvisar, pois não trouxe nenhum livro... - a mulher ajeita seu cabelo preso em uma trança.

-Tudo bem unnie! - a mais nova mantém sua reação.

-Tá, então vamos ver... - Go coloca o dedo em frente aos lábios com a expressão clara de quem está pensando. -Era uma vez um ser, seu nome era amor, ele vivia de pequenos e grandes sonhos e sentimentos incompreendidos. Amor era complexo demais para ser explicado, em muitos momentos suas demonstrações pareciam extravagantes demais e em outros era apenas simples. Cansado de ser abstrato e inexplicado, Amor teve três filhos: Ágape, Philos e Eros.

"Eros era aquele seu filho mais rebelde, talvez o mais intenso, que sentia pelo o que via e guardava profundos desejos; Philos era aquele que sempre estava ali, ele sentia em estar em contato aos outros ; E Ágape..."

-Eu acho que ela já dormiu. - Yong sessa a carícia que fazia nos cabelos de MiSo, junto a história, encarando a pequena adormecida.

-O que era Ágape? - pergunto, quase que implorando indiretamente para que terminasse a história.

-Bem, Ágape era o que aparentava ser o mais simples, não se prendia as coisas bem vistas ou esperava algo em troca pelo o que fazia. Ágape sentia, sem ao menos olhar para quem, um fato dado a sua cegueira, porém apesar de cego, o primeiro filho do Amor enxergava melhor do que ninguém. Três filhos, advindos da mesma origem, mas que eram completamente diferentes.

"Quando Eros conquistava os seus bens desejos, Philos sorria, já Ágape se alegrava por ele. Nas vezes em que Eros brigava, Philos se afastava e Ágape ali continuava. Enquanto Eros feria Philos, Ágape sentia por ambos. Ágape era puro e sendo cego, não via maldade alguma a quem olhava, mesmo ao final de tudo, Ágape ali se mantia, pegando para si toda as dores de quem olhava. Em algum ponto da história, todos se foram e restou apenas Ágape que se adoeceu com todas as dores dos seus irmãos.

Ao olhar para seus filhos, o Amor então percebeu, aqueles três eram partes do seu eu e mesmo que se ferissem, em muitos momentos eles andavam juntos, os três filhos do amor não passavam na verdade da sua persona."

-Persona... - repito a palavra para mim mesmo. -Então o amor é relativo conforme o que você sente por alguém, desta maneira você se apresentará a essa pessoa, assim o amor se torna uma persona. - completo o raciocínio de Yong, que balança a cabeça em positivo. - O amor se divide em diversas faces.

-Exatamente Nam, ou você se apresenta individualmente diante da uma pessoa com a sua persona amorosa, ou você sente os três por uma pessoa. Acho que a maioria dos relacionamentos amorosos são feitos dos três, mas sempre um irá se sobressair, eu deixei que Ágape falasse por mim, enquanto me entreguei completamente nas mãos de Eros.

-E hoje?

-Eu acho que hoje sufoquei o amor. - ela balança a cabeça, no fundo YongSuck ainda era Ágape, ela conseguia enxergar além do que as pessoas viam, mesmo machucada ela sentia pelos outros, a grande prova estava em seu processo, em que ao invés de optar por bens, a mulher pensou em outros que poderiam estar em seu lugar futuramente.

-E você? - pergunta fazendo com que eu pense por um instante.

-Acho que nunca me encontrei em algum desses amores. - assumo.

-Ah Kim Namjoon, um homem não pode viver sem amor! Nós precisamos amar, não precisa ser necessariamente um alguém, mas ame. Ame o que faz, ame o seu trabalho, ame estar em determinados lugares. E, se for para amar alguém, então ame a si mesmo.

Att:

Olá anjinho, como estão?

Olha a att saindo quentinha do forme! Achei esse capítulo a cara do nosso querido Kim Namjoon!

O que será que nos aguarda no próximo capítulo?

LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora