Capítulo 2

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20 anos depois

Segurei minha medalhinha com força, buscando inutilmente sentir a presença de meus pais a ela como um ato de segurança, a abri vendo a foto já desgastada pelo tempo e mesmo os vendo eu não sorri, não tinha motivos para isso. Eu só queria voltar no tempo e aproveitar cada segundo que tive com eles novamente.

Assim que cheguei a casa de Alfred, após o assassinato de meu pai, ele me explicou tudo e passou a ser meu tutor, me ensinou a lutar e a atirar, além de me ajudar a pensar em novas estratégias me fazendo um bom estrategista. Ele era próximo de meu pai e tanto quanto eu queria uma vingança, por isso me fez perder a infância para ser um brutamonte no futuro.

Alfred era um homem bom e me explicou tudo sobre o homem que minha mãe julgou ser meu inimigo, já que também havia relação com aquele meio.

Quando ele disse o nome do homem que matou eu tinha 10 anos e desde então não o esqueci.

Adam Sandler.

O homem era o sócio do meu pai e juntos trabalhavam investigando organizações criminosas, como se fosse um tipo de FBI, mas ao contrário do FBI a maioria das investigações eram sobre máfias e eles não as entregavam, extorquindo dinheiro em troca do silêncio. Meu pai discordou de Adam sobre invadir uma unidade mafiosa em Chicago que não havia dado a quantia certa e abandonou o trabalho, porém de acordo com Adam ele sabia demais e não poderiam o deixar vivo. Adam fez questão de matar Gusmão com as próprias mãos, dispensando o serviço de contratar um assassino. E assim como o fez eu também farei.

Ainda irei vingar minha família destruída.

—Está pronto Diego ? — Alfred apareceu na porta com sua cabeleira branca.

Fechei minha medalha e me levantei. Passei a minha vida inteira me preparando para isso.

—Sem dúvidas nenhuma — Falei entre os dentes seguindo Alfred até o carro

A placa da Rielf emanava brilho, a velha organização que meu pai fazia parte agora estava mais desenvolvida com o passar dos anos

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A placa da Rielf emanava brilho, a velha organização que meu pai fazia parte agora estava mais desenvolvida com o passar dos anos. Situada em uma das regiões mais desérticas da cidade para não chamar atenção alguma, quando questionavam diziam ser apenas uma empresa qualquer do meio de engenharia.

Respirei fundo. 

À minha frente o portão de entrada estava aberto, exibindo cerca de três homens sentados em poltronas de algodão. Eu reconheceria o do meio facilmente, o chapéu negro na cabeça e o charuto entre a boca, Adam estava de pernas cruzadas com um sorriso no rosto.

Era a primeira vez que o encarava frente a frente e senti meu corpo entrar em um colapso interno, ódio puro inundando minhas veias e aquecendo meu sangue por puro efeito da raiva. 

— Quem é você meu jovem ? — O homem a sua direita perguntou e adentrei o ambiente obscuro, a luz do sol não acessando aquele local 

Me mantive rígido, as perguntas não me deixavam nervoso ou com medo. Eu estava treinado e não poderia perder a única chance que havia aparecido de acessar a Rielf. Extremamente cuidadosos, nunca chamavam novos capangas e o teste atual para conseguir seguranças era restrito a contatos de confiança para divulgarem a pessoas de confiança e capacitadas. Essa era a primeira vez em 10 anos que davam novas chances

O vingador (parada) Onde histórias criam vida. Descubra agora