Aquela floresta se tornava medonha à noite, os prisioneiros subiam as montanhas rumo ao norte. O rastejar de animais; sibilos das cobras; o som dos grilos e o coaxar dos sapos próximos aos rios, deixavam o caminho escuro mais difícil. Finalmente após contornar um pequeno vale, amostrou-se uma mata coberta por oliveiras, Eduardo parecia conhecer o caminho, então guiou todos com grande certeza. Indo contrário ao barulho da água corrente, eles chegam a um campo aberto, próximo a um lago e a mais alta montanha, onde reside o povo do norte.
-Chegamos! - dizia Eduardo - Mas ficaremos pouco tempo, comprem algo para comer e economizem energia, partiremos daqui dois dias.
Amélia e a princesa renegada caminhavam pela cidade, casas de madeira eram as mais comuns, o comércio era nítido em todas as partes da vila, que sempre era cheia de visitantes. As duas sentiram estar sendo seguidas, então entraram meio à multidão e se esconderam no fundo de uma casa, frente ao rio. Depois de alguns minutos as duas saíram calmamente da casa, Joana avista duas casas a frente um rosto conhecido, ficou estagnada por alguns segundos, sem reação. Decidiu caminhar até a senhora, até que ela diz:
- Alana, você voltou...
-Você de novo...
- Vejo que você fez o que eu disse, conversou com o aprisionado.
-Sim ele está aqui... Catarina, tenho algumas perguntas a fazer
- Joana, quem é essa mulher? Perguntou Amélia
- Não me chama assim irmã, por favor, aquilo tudo era uma farsa. Quando fui sequestrada, essa mesma mulher dizia ser minha mãe.
- Como? Apesar de vocês serem parecidas, não podemos confiar em qualquer um!
-Tudo bem, talvez eu confie nela... Vamos ficar por aqui- Responde a princesa renegada olhando fixamente nos olhos de Catarina.
- Me diz que você tem um plano e que isso não é verdade- Sussurrou Amélia.
- Relaxa irmã, sei que ela não nos fará mal- Sussurrou enquanto Catarina saía.
"Que som forte, similar a de tambores, esse calor terrível"... Por que as pessoas estão se atacando? Soldados desprotegidos atacando soldados de armaduras metálicas. A mata vermelha... Flores reduzindo-se as cinzas. Tenho que sair daqui, correndo perdidamente estou, "treck":
-"Hey" garota aonde pensa que vai? Dizia uma voz rouca.
- "Quem é você, pare de correr atrás de mim- Ao cavaleiro levantar a espada, preparando para um corte horizontal, uma flecha caída no chão foi pega, e com a mesma o ataco..."
-Hei, está tudo bem? Indagou Catarina
- Estava tendo um sonho estranho, desculpa se te assustei- Sussurra a garota
-Talvez fossem lembranças Alana, mas venha, vamos comer.
Ainda pensativa com o sonho ela caminha até a parte de fora da casa, o nascer do sol estava em um tom de laranja, não havia muitas nuvens no céu. Caminhando até a fogueira encontra sua irmã, logo Catarina também se aproxima das duas.
-Se você é minha mãe, onde está meu pai?
Catarina hesita antes de falar:
- Ele morreu no dia em que a colocamos no rio...
Não deveria sentir-se assim, eram dois desconhecidos, mas por dentro ela chorou em ouvir aquilo de sua suposta mãe. Então ela senta ao lado de Catarina, a abraça e diz:
- Sinto muito por não fazer parte da vida de vocês, quando eu voltar, ficaremos juntas... Jura a princesa- Mas agora tenho uma missão, Amélia; Eduardo, os outros prisioneiros e eu, vamos à busca de quatro pessoas, mas para isso teremos que viajar pelos reinos.
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Os Cinco Pilares
AdventureCinco povos disputam o monopólio das riquezas de seu país por décadas, causando mortes em massa, até que um ser divino decide interferir dando cinco etéreos para um grupo de jovens. Estes jovens são incumbidos de trazer a paz, porém, um desentendime...