CAPÍTULO II

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Aquela floresta se tornava medonha à noite, os prisioneiros subiam as montanhas rumo ao norte. O rastejar de animais; sibilos das cobras; o som dos grilos e o coaxar dos sapos próximos aos rios, deixavam o caminho escuro mais difícil. Finalmente após contornar um pequeno vale, amostrou-se uma mata coberta por oliveiras, Eduardo parecia conhecer o caminho, então guiou todos com grande certeza. Indo contrário ao barulho da água corrente, eles chegam a um campo aberto, próximo a um lago e a mais alta montanha, onde reside o povo do norte.

-Chegamos! - dizia Eduardo - Mas ficaremos pouco tempo, comprem algo para comer e economizem energia, partiremos daqui dois dias.

Amélia e a princesa renegada caminhavam pela cidade, casas de madeira eram as mais comuns, o comércio era nítido em todas as partes da vila, que sempre era cheia de visitantes. As duas sentiram estar sendo seguidas, então entraram meio à multidão e se esconderam no fundo de uma casa, frente ao rio. Depois de alguns minutos as duas saíram calmamente da casa, Joana avista duas casas a frente um rosto conhecido, ficou estagnada por alguns segundos, sem reação. Decidiu caminhar até a senhora, até que ela diz:

- Alana, você voltou...

-Você de novo...

- Vejo que você fez o que eu disse, conversou com o aprisionado.

-Sim ele está aqui... Catarina, tenho algumas perguntas a fazer

- Joana, quem é essa mulher? Perguntou Amélia

- Não me chama assim irmã, por favor, aquilo tudo era uma farsa. Quando fui sequestrada, essa mesma mulher dizia ser minha mãe.

- Como? Apesar de vocês serem parecidas, não podemos confiar em qualquer um!

-Tudo bem, talvez eu confie nela... Vamos ficar por aqui- Responde a princesa renegada olhando fixamente nos olhos de Catarina.

- Me diz que você tem um plano e que isso não é verdade- Sussurrou Amélia.

- Relaxa irmã, sei que ela não nos fará mal- Sussurrou enquanto Catarina saía.

"Que som forte, similar a de tambores, esse calor terrível"... Por que as pessoas estão se atacando? Soldados desprotegidos atacando soldados de armaduras metálicas. A mata vermelha... Flores reduzindo-se as cinzas. Tenho que sair daqui, correndo perdidamente estou, "treck":

-"Hey" garota aonde pensa que vai? Dizia uma voz rouca.

- "Quem é você, pare de correr atrás de mim- Ao cavaleiro levantar a espada, preparando para um corte horizontal, uma flecha caída no chão foi pega, e com a mesma o ataco..."

-Hei, está tudo bem? Indagou Catarina

- Estava tendo um sonho estranho, desculpa se te assustei- Sussurra a garota

-Talvez fossem lembranças Alana, mas venha, vamos comer.

Ainda pensativa com o sonho ela caminha até a parte de fora da casa, o nascer do sol estava em um tom de laranja, não havia muitas nuvens no céu. Caminhando até a fogueira encontra sua irmã, logo Catarina também se aproxima das duas.

-Se você é minha mãe, onde está meu pai?

Catarina hesita antes de falar:

- Ele morreu no dia em que a colocamos no rio...

Não deveria sentir-se assim, eram dois desconhecidos, mas por dentro ela chorou em ouvir aquilo de sua suposta mãe. Então ela senta ao lado de Catarina, a abraça e diz:

- Sinto muito por não fazer parte da vida de vocês, quando eu voltar, ficaremos juntas... Jura a princesa- Mas agora tenho uma missão, Amélia; Eduardo, os outros prisioneiros e eu, vamos à busca de quatro pessoas, mas para isso teremos que viajar pelos reinos.

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