Os cantos dos pássaros destacavam a manhã linda no reino do leste, reino conhecido por poucas chuvas e um calor, vezes agradável; vezes agonizantes.
Alexandre acordava Joana de forma diferente desta vez, com mais calma a chamou:
-Vamos, temos que treinar...
- Já estou indo- Respondeu a fugitiva.
Saindo da casa de Eduardo, encontraram Hugo e Eduardo treinando, enquanto Amélia os observava. Surpresos os três ficaram. Eduardo era rápido e “traiçoeiro”, sempre quando Hugo o atacava, desviava e se aproximava mais, dificultando o uso do bastão; golpes rápidos eram desferidos em direção de Eduardo, mas nenhum o acertava, os dois sem aproximavam se uma arvore com maçãs. Hugo abaixava e ligeiramente deslizava o bastão próximo ao chão, esperando que seu adversário pulasse, ao pular de Eduardo, ele gira e empurra o bastão horizontalmente na direção do rosto; Eduardo ataca sua adaga para cima, dando a impressão que tinha errado.
Enquanto o bastão ficava próximo ao rosto de Eduardo e Hugo seguia abaixado no chão em guarda, uma coisa imprevista para Hugo acontece, uma maçã cai em sua cabeça, ele olha para cima e vê a adaga dourada em um dos troncos. Os dois começam a rir e em seguida vão cumprimentar os outros.
- É nem tudo consigo prever- Disse Hugo enquanto caminha com Eduardo até os outros.
- Eduardo, onde encontramos feno por aqui- Questionou Alexandre, após os dois terem se aproximado do grupo.
- Va na direção do sol, que eu me lembre há uma fazenda por lá, achará feno por ali, Leve garota consigo, assim poderão fazer mais que um alvo.
-Tudo bem para você, ir comigo?
- Vamos! Respondeu .
Os dois foram em direção ao nascer do sol. No meio do caminho encontraram uma matilha de cães, Alexandre se demonstrava fascinado, brincava com cada cão e sempre demonstrando um sorriso no rosto. Pegando o menor deles no colo, leva até a ex-princesa e o entrega.
-Calma, ele não morderá e se morder, mal tem dentes- Disse o rapaz rindo.
Ela põe o cão em seu colo e demonstra um pequeno sorriso.
- Até que ele é bonitinho...
- Parece que você é a pessoa que menos gosta de animais nesse mundo...
- Não fala assim! Disse que ele era bonitinho- Disse rindo.
Os dois seguem em frente, logo avistam a fazenda. Passando pela pequena cerca de madeira, haviam algumas galinhas, cavalos e vacas pastando; caminhando até os fundos da grande fazenda, que mais parecia uma casa abandonada feita de madeira escura e dois andares, acharam os cubos de feno.
- Alexandre vou buscar um cavalo e alguma coisa para colocar o feno.
-Tudo bem!
“Estranho, ele não era tão dócil assim, quando o conheci. Deve estar querendo algo...” Pensou a garota.
Quando a garota voltou, não havia sinal de Alexandre.
-Ei! Onde você está? Se você foi embora, ficarei muito brava!
Então um pedaço de feno voa pelo ar, acerta em cheio a sua cabeça, deixando-o seu cabelo com diversos fios de feno.
- Como você ousa!?
-O que vai fazer, me matar?
- Vou sim! Responde a garota com um tom sério.
E um pouco daquele feno, fixo ao chão é pego e lançado novamente ao ar, acertando em cheio o peito do garoto. Os dois começam a correr e uma guerra começa, desviando poucas vezes a jovem é bombardeada com feno, devido à boa mira de Alexandre, até que a garota joga a forragem no rosto do garoto, em seguida, derruba-o. Novamente aquela sensação de calor externo e frio na barriga foi sentida, olhando nos olhos marrons de Alexandre, a garota ficava tímida mais uma vez. Sobre o garoto ela estava, levemente as costas dele tocavam o chão, enquanto a mesma estava sentada sobre sua barriga, segurando seus braços...
-“Ééé...” é melhor irmos embora, devem estar nos esperando- Sussurra a garota.
- Tudo bem, vamos...
Logo, os dois pegam alguns dos cubos de forragem que restaram e colocam sobre o tecido amarrado aos cavalos e seguem até a casa de Eduardo.
Duas horas já haviam se passado, ao chegarem à casa do guardião, apenas Hugo estava em casa, ela foi para um dos quartos e Alexandre permaneceu com Hugo na cozinha.
Se aproximando de Hugo, Alexandre diz:
-Já reparou como aqueles olhos são lindos?
- Você fala isso de toda garotas...
-Não... Essa é diferente. Ela é inteligente, linda e me faz sentir algo que não sei explicar.
- Aposto que eu sei o que é... E começa com vontade de –Então Alexandre o interrompe.
- Estou falando sério...
- Tudo bem... Vou acreditar em você primo... Vou acreditar.
Ao entardecer, Eduardo e Amélia chegaram, sem demora Amélia foi até o quarto ver sua irmã, chegando ao quarto ela estava deitada olhando para o teto.
- O que foi Joana?
- Pedi para não me chamar mais assim... Não quero mais atender por esse nome.
-Tudo bem irmã, mas o que aconteceu?
- Hoje, enquanto fui buscar feno com Alexandre, para usarmos no treino, aconteceu uma coisa estranha...
- O que exatamente?
- Tive sensações que nunca sentirá... Enfim, você não pensa Amélia?
- No quê?
- O porquê de tudo isso estar acontecendo... Como mamãe está, apesar dela ser cruel às vezes, sinto a sua falta - Diz a antiga princesa mudando de assunto.
- Também sinto falta da mamãe e da vovó.
- O que será que elas estão pensando? Indaga, enquanto sua mente se preenche de duvidas.
Em outro lugar distante, os cavaleiros se preparavam, um quarto das tropas do oeste foi reunida. No salão mais alto do castelo, havia três pessoas, duas mulheres e um homem ambicioso e vingativo, com um corte desde a ponta dos lábios até sua orelha.
- Godofredo, leve um quarto das tropas para o reino do norte, conhecendo aquele verme, lembra aquele homem que cortou seu rosto! Ele já deve ter pensado em reunir os quatro povos. Dizime o reino do norte, destrua suas armas, mas tente não matar todos os soldados, quero prisioneiros.
-Certo, imperatriz! E você minha rainha, deseja algo?
- Se encontrar Amélia, traga-a para casa... Sussurra a rainha – Não acredito que Joana a levou...
O general saiu do salão, deixando a rainha e sua mãe sentadas em seus tronos. Seguindo as ordens da imperatriz ele lidera parte do exército até o norte.
Junto aos tambores as tropas de cavaleiros caminhavam, cada vez mais próximas às portões da vila do norte, o ecoar dos tambores já eram ouvidos dos altos das montanhas. Os camponeses fugiam para trás das colinas, meio a floresta, os portões eram fechados e soldados se preparavam. Os arqueiros do norte subiam aos portões do seu reino, preparando as flechas, colocando-o suas pontas no óleo e em seguida, seus companheiros ao lado ateavam fogo nas pontas; uma chuva de chamas ia em direção dos cavaleiros.
O general percebendo que as arvores começava a pegar fogo, decide mudar a rota, tentando atravessar o rio em sua parte mais calma, mesmo perdendo velocidade em seu ataque, ficaria fora do alcance das flechas e do fogo.
Os soldados do reino do norte iam se evacuando, porém a irá de Godofredo era enorme, ele caçou alguns que não conseguiram fugir e os capturou. Separando os que pareciam ser os líderes, os juntou ajoelhados frente ao rio amarrados.
- Quem de vocês é o líder? Indagou o General - Mas ninguém o respondeu. Então ele coloca o pé sobre o rosto de um dos soldados do norte e o empurra no rio – A próxima será você, apontava para a única mulher entre os cinco restantes.
-Sou eu o líder- Disse um camponês- No mesmo instante Godofredo o golpeia com sua espada, sendo assim, o camponês caí morto no rio.
- Homens, levem os prisioneiros para o castelo- Ordenou o general.
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Os Cinco Pilares
AdventureCinco povos disputam o monopólio das riquezas de seu país por décadas, causando mortes em massa, até que um ser divino decide interferir dando cinco etéreos para um grupo de jovens. Estes jovens são incumbidos de trazer a paz, porém, um desentendime...