Capítulo I

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Por anos não se ouviu rumores da mulher que aparentava ser uma bruxa, que liderou os cavaleiros do oeste na busca do monopólio de todas as terras, até que ataques repentinos nos quatro reinos iniciaram-se. 

O por do sol estava bonito, nos mais diversos tons o céu se apresentava; o campo estava silencioso; as águas do rio estavam se movimentando rápido. O reino do norte era um ponto de comércio entre os povos do sul; leste e central era de fácil acesso para civis, mas bem protegido. Ao anoitecer daquela data,trinta anos após o maior conflito entre as comunidades, progressivamente os soldados caíam, um por um, um ataque imprevisto, cavaleiros disfarçados de burgueses, infiltraram-se em busca de uma coisa valiosa. Em pouco tempo, a invasão furtiva tornou-se intensa, casas eram queimadas pelas chamas, camponeses eram assassinados e famílias aterrorizadas. Logo uma família de camponeses consegue passar despercebida pelos cavaleiros, levando sua filha, uma garota de um ano de idade e de olhos verdes, até o rio. Ao perceberem que foram notados, em um cesto, colocam sua filha junto á um pingente de coração pela metade, no rio. Os dois camponeses fogem e sua filha segue rumo rio abaixo.

O caminho que aquele bebê fez, é longo, passando entre os reinos, descendo até as terras baixas, terras que no passado eram de guerra e sofrimento e, agora aparentam ser o paraíso, um castelo magnifico.  Ao amanhecer, uma jovem mãe vai até o jardim próximo aos seus aposentos, ainda emocionada com sua recém-nascida filha, Amélia. Ela caminha até que encontra um sexto com uma criança, abalada com a situação ela leva a criança do sexto até o castelo. 

Perdidamente ela se apaixona pela criança, assim, resolve adota-la como segunda filha, mas para não ter problemas com sua mãe, a princesa tira o pingente junto a bebê. Feliz ela vai até os aposentos de sua mãe, a rainha, entrando em seu dormitório com felicidade e esperança de que seu desejo seja realizado, ela diz a rainha:

- Encontrei algo que me deixou mais feliz, após o nascimento de Amélia- Com desgosto a rainha, impaciente a ignora, assim tornando a falar - Mãe encontrei um bebê, ela é linda, vou adota-la - A rainha imediatamente vira o rosto e diz:

-Traga-a aqui- Então a princesa leva o bebê até os braços de sua mãe.

-  Está garotinha tem algo que me incomoda, minha filha onde a encontrou? 

- Ela é filha de uma das minhas serviçais, vou adota-la - Diz a princesa com medo da reação de sua mãe. Sem reação de sua mãe, a princesa deixa os aposentos da majestade e a partir daquele dia a origem da criança não foi mais questionada, assim, acabou tornando-se parte da família real, conhecida como Joana.

Dezesseis anos depois, Amélia e Joana completaram 17 anos, as duas irmãs cavalgavam aos redores do castelo acompanhadas de alguns cavaleiros, ao pararem para apreciar a vista de uma região montanhosa no norte. Joana pergunta a sua irmã:

- Amélia, por que a mamãe nunca disse o porquê da minha aparência diferente? Nunca disse se sou adotada ou não? Sou a única que tem olhos verdes na família...

-Deixa de besteira Joana, você não é adotada! Seus olhos e pele são diferentes dos nossos, mas isso não importa, eu te amo mesmo assim e você sempre será minha irmã teimosa e sabe tudo. 

- Obrigado – Responde Joana com um sorriso estampado no rosto, mas com um sentimento de dúvida ainda guardado em si.

- Vamos sair daqui, se distrair com algo, cada dia você fica mais estranha, isso me deixa preocupada... Joana pode contar comigo, você sabe disso!

As duas viram-se e dão ordens para os cavaleiros voltarem junto a elas ao castelo, mas um momento de inquietação começa, um ruído se manifestou. “Treck” um galho no chão se rompia; uma espada caia; um ataque havia começado, as duas fogem com seus cavalos, mas são separadas devido o ataque de um guerreiro e Joana é capturada.

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