Capítulo IX

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Ao amanhecer a comunidade estava reunida, alguns choravam, alguns apenas olhavam perplexos. A cerimonia começará. Alexandre estará sendo cremado.
Heitor e Joana chegam próximo ao líder desolado, logo o mesmo pergunta:

- Após a cerimônia de meu filho quero falar com vocês dois!

Os dois apenas balançam a cabeça positivamente. Joana coloca a mão no ombro do pai aflito na tentativa de gerar conforto e assim ela e Heitor se afastam, olhando o culto de longe.
As chamas traziam o sentimento de tristeza, as brasas estalavam e assim foi o final de um guerreiro.

- A culpa é toda minha...

- Talvez você tenha errado Heitor, mas se torturar não ajuda em nada, temos que fazer melhor a partir de agora, para não perdemos mais ninguém!

O guardião deixa de olhar fixamente para as chamas e começa olhar a garota, mas sem dizer nada...

Depois de algumas horas os dois caminhavam ao encontro do líder do povo central, então Joana olha para seu companheiro e questiona:

- Acho que contar para o rei não será a pior parte, como vamos contar isso para Hugo... – Disse ela com preocupação.

- Sim... Ele só saberá quando se encontrarmos nos campos vermelhos, mas espero que o rei deles concorde em lutar agora...

- Sim... Ainda temos essa missão, que droga! -  Diz a garota aflita com a responsabilidade.

- Cuidarei de você, vamos terminar isso e voltar...

- Terminar o que? Você pareceu estar querendo se vingar de alguém! Não gostei disso em você, se você estivesse mais perto, isso...

- Sim, mas como você disse, agora vou tentar não errar novamente, não podemos mais perder ninguém...

Então o rei chega e os interrompe:

- O que aconteceu? Lembro-me de você garota, mas não me lembro desse rapaz, então me conte você!

- Fomos atacados por guerreiros do oeste, eles estavam em 15, lutamos com todas as forças, mas foi inevitável.

- Então ele estava certo... – Disse o rei com arrependimento.

- A ultima coisa que ele disse, “Foi que se desculpava, mas estava lutando pelo certo”.
- Me diga, quem o matou?

- Godofredo, General do oeste.

- Lutarei com vocês! – Sussurra o rei de cabeça baixa.

- Ele era um ótimo arqueiro senhor! Fico horando por ter acompanhado seu filho- Diz Heitor com uma tentativa de condolência ao rei.

- Obrigado pelas palavras jovem.

- Os líderes se encontraram nos campos vermelhos em algumas semanas.

- Eu sei disso! O que vocês vão fazer agora- Questiona o líder.

- Iremos até o reino do norte, eles não sabem que se juntaremos.

- Certo! Contém com minhas tropas, meu filho não morrerá em vão...

Então os dois saem do recinto

- Sei que você era próxima a ele! Está bem?

- Não muito... Mas temos que completar a missão, certo? – Diz a garota, com uma feição diferente de algumas horas atrás, mas séria. Porém ainda derrubando lagrimas.

- Então vamos comer e se preparar para sair.

- Tudo bem! Vamos Heitor

Após se alimentarem os dois preparam para sair. A viagem era longa, dois dias a cavalo.
Joana conhecia o caminho, então junto com Heitor, os dois sozinhos caminharam pelo bosque a cavalo. Parando os dois amarram as selas dos cavalos em uma arvore e decidem andar um pouco.

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