Capítulo III

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No despertar do Sol, os homens saíram de suas camas, fora da casa o tempo estava um pouco nublado. As duas irmãs estavam em um dos quartos da casa de Hugo.

- Amélia, tem algo errado em tudo isso...

- Sim, sinto a mesma coisa, parece que estão escondendo algo de nós.

Até que o barulho da porta interrompe a conversa, era Alexandre.

- Ei garota, venha, você precisa de mim, então me siga- Disse o jovem com deboche.

A reação das duas era similar, não acreditavam no que estava acontecendo, sendo assim, começaram a rir.

- Venha é serio, vamos treinar!

-Com quem está falando? Perguntou Amélia

- Não é com você, princesinha, estou falando com ela- Disse apontando para Joana- Você irá com Eduardo, o que irão fazer, eu não sei.

Relutando a imposição do jovem, a princesa renegada o segue até a parte de trás da casa, onde se depara com um boneco de palha próximo a árvore.

- O que vamos fazer? Pergunta a garota

- Te ensinarei a usar o arco e depois, a acertar os alvos- Afirma Alexandre.

-Tudo bem – Responde.

Alexandre pega o seu arco, que estava encostado na parede da casa e se aproxima da jovem, cada vez que ele se aproximava a respiração da garota se tornava mais ofegante. Aquela aproximação, o cheiro do garoto a provocava, nunca haveria passado por está situação, ficar tão próxima de um homem. Alexandre pega em sua cintura e diz:

-Primeiro, vamos arrumar sua posição, o jeito que você fica é primordial para o tiro.

-Tudo bem- Sussurra timidamente. Pela primeira vez sua confiança começa a se esvair

-Vamos pegue o arco... Agora, coloque a flecha no mesmo. Agora, puxe um pouco, tencione a corda; levante o arco.

O vento batia nos cabelos da garota, que estava tímida, mas conseguia seguir os passos com sucesso. Sem o jovem perceber, ela tenciona totalmente a corda e solta a flecha, em cheio acerta o peito do boneco.

-Garota... Você está louca? Poderia ter se machucado- Diz Alexandre com preocupação.

-Relaxa, já vi os cavaleiros do castelo fazendo isso...

- Isso foi sorte de principiante, bom vamos continuar, faça tudo outra vez! Dessa vez relaxe o corpo, deixe o braço 90° com seu tronco e seus pés alinhados, na distância dos ombros.

-Assim? Perguntou a garota

-Sim desse jeito- O garoto estava impressionado, não apenas pela beleza, mas pela inteligência da garota, era formidável – Agora levante a flecha na horizontal na altura dos seus olhos e puxe, reto até sua bochecha e dispare.

Os dois treinaram por horas e iam se aproximando. No meio da tarde, todos iniciaram sua refeição, então Eduardo diz:

- Partiremos amanhã de manhã, vamos até o reino do leste, minha terra natal, nos encontraremos com o resto do grupo e partiremos. Meninas, Hugo e Alexandre nos acompanharam.

A garota não escondia um leve sorriso no rosto e Amélia, não escondia seus ciúmes da irmã.

Pela manhã, todos já estavam preparados, ao sair os cinco foram até o centro político do reino central. Era um pequeno castelo moldado a pedras, entrando eles passaram por um grande salão com tapete verde por toda sua extensão, até chegar ao General, que usava um grande chapéu branco e verde, e uma vestimenta similar a uma toga.

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