Capítulo XIV (Revelação)

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O por do sol estava próximo. As tropas da Nova União começam a ser pressionadas, mas então, uma coisa inesperada acontece. Descendo a colina mais alta, três cavalos brancos galopavam rapidamente, os soldados param para admirar a cena, eram os reis de cada povo, finalmente decidem se juntar a batalha. Incentivados, eles voltam a batalhar com superioridade as tropas inimigas.

Os três tomam a frente e chegam perto dos três guardiões.

- Temos que separar eles do líder- Diz o rei do sul.

- Eu o acompanho- Diz o rei do centro- Tenho que acertar contas com ele!

- Nós iremos ficar na contenção da batalha, não deixaremos que nenhum desses vermes cavaleiros escapem - Diz o rei do Leste

-Admiro vocês! Não esperava por isso, reis que lutassem suas batalhas... Vou com vocês atrás de Godofredo e depois, vamos cortar a cabeça da cobra - Diz Eduardo.

Então os três seguem dentre os soldados até Godofredo, que derrubará soldados da união, um por um, com grande facilidade. Quando menos percebe, é cercado pelos três, com ajudada de alguns cavaleiros ele decide ataca-los.

Eduardo lança sua adaga em um deles, que logo veio a sua direção e antes que o cavaleiro caísse, pega sua adaga e da uma cambalhota no chão, assim, atacando o próximo soldado. Após passar pelos dois inimigos, chega a Godofredo, que tenta golpeá-lo na barriga arrastando sua espada pelo ar em linha reta, porém sem êxito. O guardião contra-ataca, girando seu braço buscando um corte horizontal, sendo bloqueado pela grande espada do inimigo e sendo golpeado um soco em seu rosto.

-Nunca vou perdoa-lo pelo que fez com meu rosto, era idolatrado por tê-lo, agora o enojo. Não me importo com o que a sua ex-mulher diz, vou mata-lo aqui e agora! Depois vou matar sua neta, seja lá onde ela estiver!

- Minha?- Indaga Eduardo com as costas ao chão, sem reação para o que acabará de ouvir. Porém é interrompido por outro ataque de Godofredo, que tinha sua cabeça como alvo.

- Não sabia? A princesa é sua filha idiota! Meu pai guardou esse segredo entre minha família, mas hoje vou guardar ele com sua morte.

Então Eduardo consegue levantar e diz:

-Não vou morrer aqui! Isto tudo é culpa minha, vou consertar de um jeito ou de outro.

A outra parte da tropa real, que acompanhava Godofredo descia pelas arvores de onde Heitor saíra com seus cavalos. Logo Heitor e Hugo chegam próximo aos reis e Eduardo.

-Temos que recuar!- Afirma Hugo

Vendo a cena, o quarto Guardião parte ao ataque do general, que desvia e o acerta no rosto. Eduardo caí.

O exercito do norte e todos os outros soldados avistam a batalha, na linha de frente, emocionados e tomados pela raiva partem para linha de frente.

Os guardiões se aproximam e Hugo consegue afastar Godofredo de Eduardo, que se mantinha caído no chão sangrando. O rei do Leste então leva Eduardo próximo a uma rocha, ele ainda respirava, porém desacordado. Juntos Hugo e Heitor lutam contra Godofredo, que se senti pressionado e recua dentre seu exército. Os guardiões recuam.

O anoitecer começará, o fogo no campo iluminava os céus. Agora os exércitos estavam totalmente frente a frente, sem reforços de nenhum dos lados.

Alana chega próximo onde estavam os outros guardiões, que se mantinham longe da batalha.

-Como ele está? Fiquei sabendo que foi atacado- Pergunta ofegante a guardiã.

- Ainda desacordado- Diz Hugo.

Com uma tosse seca, o velho guardião acorda e tenta dizer algo, enquanto seu rosto sangra.

- Vocês...- Com a voz falha- Vocês tem que ir para o campo de batalha, vocês são mais fortes que eles, vão ajudar muito nossos soldados.

-Ele não pode falar muito, tenho que fechar esse corte na orelha e rosto dele- Disse uma das socorristas do campo de batalha.

- Vou voltar para o campo! Feche isso... Agora vão, sigo vocês depois.

Os guardiões saem dali, e seguem em frente.

Após uma hora já não havia mais que cem homens do lado inimigo, logo eles começam a se render. Menos um homem, que é percebido ao voltar a cavalo para o castelo.

As tropas da União cantam vitória, porém os guardiões sabem que a guerra não acabou.

Eles voltam para tenda que Eduardo estava e o mesmo já estará colocando sua armadura.

- Vocês sabem que não acabou, certo?

- Sim- Responde Alana- Mas Eduardo, você não pode ir, tem que se recuperar, nós vamos ao castelo junto a alguns soldados.

-Não importa quantos soldados leve, ela recuperou a maldição dos poderes. Vou com vocês, só todos juntos podem derrota-la. Comecei isso e vou terminar

- Como assim você começou tudo isso Eduardo? Tem algo escondendo de nós? - Pergunta Heitor

- Sei que não é hora de resolver, mas quero saber toda verdade sobre mim... Tem algo que não me disse? Indaga Alana.

- Após lutar com Godofredo, descobri algo que já suspeitava... A imperatriz tem uma filha.

- Quer dizer que... Ela é a Helena?- Indaga Alana.

-Sim...

- Então Amélia é sua neta?

-Sim... Por isso vou até o castelo, tenho que consertar as coisas e depois vou procura-la.

- Mas minha irmã estava no castelo...

- Por que não nos contou que teve relações com a Imperatriz - Pergunta Heitor irritado

-Não temos tempo para tudo isso, sei que é difícil, mas temos que ir... Antes que a Imperatriz e Godofredo fujam- Diz Hugo

- Ela nunca irá fugir, já fugiu tempo demais- Então ele pega sua adaga e levanta- Vamos?

Quando Heitor e Hugo saem da barraca, Alana para Eduardo a pergunta.

- Você só teve uma filha com Helena ou também teve com minha a vó?

- Não pequena... Não sou seu avô, após sua avó me beijar e Helena partir do reino do norte, eu parti e só voltei quando soube da guerra.

- Certo! Espero que conte tudo isso para Amélia, pode não parecer, mas ela se importa muito com você.

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