[editado] - 3

20.5K 1.1K 169
                                    




– Arabella

   

    As minhas costas estavam pressionadas contra a parede, os meus pés presos ao chão e a minha respiração entalada na garganta. De isto é que não estava nada à espera.

    "Não me desafie" – disse-me Luke, com uma expressão séria – "Não sabe do que sou capaz. Eu consigo tudo o que quero"

    "Porque não me demonstra?" – disse, na brincadeira. O adulto à minha frente grunhiu por entre dentes, cerrando o maxilar.

    "Não falta muito tempo para isso"

    Este homem que nem há uma semana tinha conhecido, frustrava-me

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

    Este homem que nem há uma semana tinha conhecido, frustrava-me. Intimidava-me, até. Todavia, mesmo que eu tivesse esta opinião, era obrigada a voltar para o seu gabinete de homem rico e poderoso e trabalhar para ele, mesmo que ele não precisasse de mim para muito.

    Nunca tinha lidado com alguém assim nos meus vinte e um anos de existência, talvez fosse por isso que me sentisse fora da minha zona de conforto sempre que estava perto dele. Ou talvez não...

    A minha rotina diária costumava ser relaxante antes do meu novo emprego, – aliás, sempre tinha sido. Porém, agora nem conseguia descansar nos meus tão amados banhos de imersão, visto que a minha mente andava sempre inquieta.

    Levantava-me às sete da manhã e lembrava-me que não tinha colocado os ficheiros e pastas dentro da mala. Fazia-o rapidamente e comia apenas uma barra de cereais. De manhã, não tinha tempo para mais.

    Neste preciso momento, estava arranjada e pronta para apanhar um táxi, porém, nenhum deles parecia querer parar naquela altura.

    Suspirei longamente. Que azar.

    Sentei-me num muro consideravelmente pequeno e arregalei os olhos quando me apercebi da sua humidade.

    "Merda!" – exclamei, e logo de seguida tornei-me o centro das atenções. Esbocei um sorriso nervoso e passei as mãos pela minha saia húmida, tentando emendar a porcaria que tinha feito.

    "Precisa de boleia?" – ouvi uma voz familiar. Com um olhar confuso, levantei a cabeça e deparei-me com o próprio Senhor Hemmings num carro com um aspeto extremamente caro, a falar comigo pela janela aberta do banco de trás.

    Olhei para o céu e vi que estava nublado. Revirei os olhos, sentindo que não tinha escolha, e caminhei até ao automóvel gigante, entrando depois dentro do mesmo. Bem, pelo menos não era ele a conduzir. Não devia haver risco de acidentes rodoviários.

    E, lá estava ele, de fato e gravata e cabelo perfeitamente penteado e dourado. Por momentos, quis arrancar o sorriso provocador aflorado nos seus lábios.

    "Bom dia, Miss Quinn" – ele proferiu, com um sotaque carregado. Inalei uma grande quantidade de oxigénio, que vinha misturado com o perfume que Luke usava.

Stolen Innocence ➤ Luke Hemmings [Edited]Onde histórias criam vida. Descubra agora