[editado] - 8

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–  Arabella

  

    Acordei afundada no colchão de uma cama confortável e acolhedora que não me era familiar. Os meus olhos abriram-se calmamente e tentei habituar-me à luz encadeante proveniente das janelas.

    Assim que me apercebi onde estava, elevei o meu tronco rapidamente e esfreguei os olhos para poder observar o que me rodeava. Deparei-me com o meu gerente (sim, o próprio) à minha frente, sentado numa poltrona vermelha e dourada que balançava morosamente.

    Rapidamente reparei na minha falta de roupa, – apenas um lençol branco cobria o meu corpo frágil e indefeso. Tapei-me até ao pescoço, arregalei os olhos e senti as minhas bochechas a ferver.

    "Há quanto tempo tem estado a observar-me?" – perguntei silenciosamente, tentando arranjar os meus cabelos despenteados, de forma a ficar presentável (dentro dos possíveis).

    "Há algum tempo" – respondeu-me, levantando-se – "Não o suficiente"– soltou uma breve gargalhada e levantou-se, passando à frente de um objeto tapado por uma manta beje, que despertou a minha curiosidade.

    "Que vergonha..." – balbuciei e levei as mãos ao rosto, um pouco nervosa. Não me queria relembrar detalhadamente da situação ocorrida na noite passada.

    "Eu não teria vergonha, Arabella" – constatou, fitando-me intensamente – "Tem um corpo lindíssimo, e bastante suave..." – caminhou até mim com o olhar ainda preso na minha figura embaraçada – "Dava para me perder nele"

    Engoli em seco, assentindo enquanto os meus lábios se curvavam num sorriso nervoso. Prendi o meu lábio inferior entre os dentes e foquei o olhar no meu colo.

    "Vista-se, vamos tomar o pequeno-almoço"– ele comandou. E eu... obedeci.

    Em menos de vinte minutos já nos encontrávamos numa pastelaria próxima do local de onde tínhamos vindo

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    Em menos de vinte minutos já nos encontrávamos numa pastelaria próxima do local de onde tínhamos vindo. Luke saudou o dono do estabelecimento, sentando-se depois na cadeira mais próxima da saída. Limitei-me a segui-lo, observando o espaço ao meu redor. O ambiente era bastante agradável e o cheirinho a bolos estava presente no ar. As paredes azuis escuras contrastavam com as mesas e cadeiras de um tom alaranjado e dei por mim a sorrir docemente, sentindo uma certa nostalgia.

    "As cores deste lugar fazem-me lembrar a sala da minha antiga escola" – afirmei, enquanto me sentava – "Pode dizer-se que o meu quinto ano foi bastante memorável"

    "Esta pastelaria é uma das minhas favoritas" – respondeu, com um sorriso nos lábios – "Tem bolos e sobremesas deliciosas" – voltou a ficar sério – "Mas a melhor sobremesa é mesmo você, Miss Q—" 

    "Por favor não, vai deixar-me atrapalhada"– interrompi-o, arregalando os olhos.

    "Claro" – fez sinal ao empregado– "Peço imensa desculpa"– riu-se sarcasticamente.

Stolen Innocence ➤ Luke Hemmings [Edited]Onde histórias criam vida. Descubra agora