Stolen Innocence ➤ Luke Hemmings [Edited]

[editado] - 4

  

– Arabella

   

    As minhas pernas tremiam, e tive de me encostar à mesa para não cair. Continuava imóvel. O meu peito subia e descia rapidamente, e Luke acompanhava-o com o olhar. Sentia-me desejada, de certa forma, e nunca antes isso tinha acontecido.

    "Estou a perder o controlo por sua causa" – ele disse, passando uma mão pelos seus cabelos dourados, continuando a fitar-me intensamente.

    "Tudo o que sai da sua boca é sempre provocador?" – perguntei, com intenções de caminhar para mais longe dele. Luke esboçou um pequeno sorriso e andou até mim, pegando de seguida na minha mão.

    "Peço imensa desculpa, Arabella" – beijou as costas da minha mão. Lutei contra a vontade de revirar os olhos e forcei um sorriso.

    "Já comeu hoje?" – perguntou-me. Limitei-me a abanar negativamente a cabeça – "Então venha comigo"

    "É sempre assim?" – inquiriu.

    Já estávamos sentados numas cadeiras de madeira ao fundo do restaurante. Luke tinha insistido em dar-me uma refeição completa, – talvez até demasiado. Olhava-me atentamente à medida que comia e examinava cada movimento meu. Sentia-me nervosa. Bem... Quem não estaria?

    "Não tenho muito apetite" – disse baixinho, pousando o garfo no meu prato.

    "Arabella, precisa de comer" – respondeu-me firmemente – "Vou ter que a alimentar?"

    "Não!" – arregalei os olhos, voltando a pegar no garfo. Levei dois pedaços de massa à boca e mastiguei-os, não tirando o olhar do meu prato.

    "Já comi" – afirmei, bebendo um gole de água – "E não precisa de me tratar como um bebé. Já lhe disse que não quero nada consigo"

    "Tem a certeza?" – semicerrou os olhos. Levantou-se e, sem a minha permissão, sentou-se ao meu lado.

    "Absoluta" – engoli em seco assim que o observei a aproximar-se de mim. Vi-me, mais uma vez, encalhada nesta situação. Estávamos sozinhos, e parecia-me que o velho senhor dono do restaurante se encontrava a dormir. Empregados, vocês são a minha única esperança, salvem-me!

    "Arabella... Nunca lhe disseram que é feio mentir?" – pousou a sua grande e suave mão na minha coxa descoberta e odiei-me pelo facto de estar com uma saia vestida.

    "Nunca lhe disseram que é feio seduzir a sua assistente profissional?" – ripostei, soltando um breve e trémulo suspiro assim que Luke subiu um pouco a sua mão. Nunca tinha sido tocada assim. Mas também não me queixava... Okay, talvez um pouco!

    "Sente-se seduzida?" – vi-o a sorrir pelo canto do meu olho.

    "Acha?" – bufei, cruzando as pernas. Este ser humano frustrante soltou pequenas gargalhadas, tombando a cabeça para trás. Pude ver a sua maçã de adão, bem saliente. As suas feições e corpo atraente irritavam-me.

    "Vá-se lixar" – murmurei por entre dentes. Luke parou de se rir e inclinou a cabeça para o lado, lançando-me um olhar intimidador.

    "Afinal não é assim tão inocente" – passou a língua pelo seu lábio inferior, humedecendo-o. As pontas dos seus dedos encontraram a pele das minhas virilhas e entreabri os lábios, encontrando-me incapaz de arranjar forças para o parar.

    "Está muito tensa" – sussurrou-me ao ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha – "Relaxe" – e, por mais impressionante que pareça, fi-lo.

    Os meus olhos lentamente se fecharam, e não me senti culpada. Os doces lábios de Luke colaram-se ao meu pescoço e o meu cabelo foi levado para trás. O meu coração batia rapidamente e estava a começar a sentir calor. Oh não...

    "Se quiser que pare, é só dizer" – murmurou, quase inaudível.

    Oh, por favor, pára. Pensando melhor, não pares. Espera, parar o quê?

    A sua língua húmida passou pela minha pele quente e arrepiei-me de imediato. Um som indescritível caiu-me dos lábios, antes que pudesse parar-me a mim mesma. Os seus longos dedos acariciaram as minhas coxas, e, quando dei por mim, já estava a abrir ligeiramente as pernas, dando-lhe o acesso que ele queria, subconscientemente.

    Isto está tão errado, mas sabe tão bem...

    Arabella, controla-te! Ele é o teu gerente!

    "Minha" – Luke murmurou contra o meu pescoço. Pareci despertar da minha espécie de transe e arregalei os olhos ao ouvir aquela palavra, apalpando a curva do meu maxilar, ainda sensível.

    "O senhor é possessivo demais, não acha?" – consegui dizer, com a voz trémula e o bater de coração ainda acelerado.

    "Oh, minha querida Arabella, ainda não viu metade do que sou capaz de fazer"