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Me sinto arrasada, como se meu coração tivesse partido em mil pedaços e não há nada capaz de arrumar a bagunça que restou

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Me sinto arrasada, como se meu coração tivesse partido em mil pedaços e não há nada capaz de arrumar a bagunça que restou.

Minha alma está quebrada e tudo que sobrou foi um recipiente vazio, uma mera sombra da mulher que fui um dia. Sua falta de lealdade me subjugou. Me pegou desprevenida e me destruiu.

Aqueles lábios. Seus doces lábios que derramam as mais bonitas mentiras.

Sentada na mesa de um restaurante qualquer as vozes das minhas amigas soam como meros burburinhos em torno de mim. 

Celeste e Laura conversam e entram em uma espécie de time contra Liam e começam a vomitar todos os defeitos que elas sempre viram e não falavam por amor a mim.

Olívia se junta a nós e retrata com detalhes minuciosos o que se passou no quarto do clube onde eles foram jogar. Minha voz soa como um sussurro quando eu começo a falar tão baixo que elas não escutam de imediato. 

- Ele ainda é meu marido.

Ela continuam a falar e Olívia detalha a cena onde ele abocanhou o pau do meu marido e o enfiou na garganta. 

- Ele ainda é meu marido. 

Mais uma vez de pouco adiantou.

Surdas, elas estavam surdas.

Perdendo a compostura abri a mão e dei um tapa na mesa fazendo as taças e talheres tremerem emitindo um ruído quando cuspi entre os dentes de forma ríspida, mas de longe tão alto como eu gostaria.

- Ele. Ainda. É. Meu. Marido. 

Falei pausadamente quando percebi que tive atenção daqueles três pares de olhos. 

- O homem que você está falando que chupou em um clube de merda. É meu marido.

Celeste colocou a mão sobre a minha e segurou com força o que me fez virar para olha-la. 

- Sabemos querida, sentimos muito. 

Dou um riso sarcástico e limpo os olhos com a mão livre. 

- É estranho para mim e eu não espero que entendam. Mas não é agradável para mim ouvir como ele gozou em sua garganta, querida.

Fixei os olhos no rosto de Olívia que amoleceu a postura na cadeira. 

- Sinto muito se te machuquei. 

Balanço a cabeça e ergo a mão para que ela se cale. 

- Ele me machucou, não você. Eu sequer te conheço.

Ela respira fundo e volta a falar. - Eu só vim porque Laura me chamou. 

Minha risada soa amarga e jogo minha cabeça para trás rindo, realmente achando graça. 

- Posso afirmar que saber detalhes sobre como você chupou meu esposo não estão ajudando a melhorar o meu dia.

Celeste aperta minha mão e me livro do seu toque, cruzo os braços em frente aos meus peitos e me sinto frágil, presa entre julgadores.

Fairplay - hesOnde histórias criam vida. Descubra agora