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A vida aconteceu no piloto automático desde que eu a deixei deitada naquela cama

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A vida aconteceu no piloto automático desde que eu a deixei deitada naquela cama. Pareceu tão errado. Eu sinto que é. Percebi a mudança assim que sai de dentro dela e mesmo na ausência de palavras eu sabia que ela estava me repelindo.

Foda-se.

Os dias correm e eu me sinto como uma maldita máquina. Saio de casa para o trabalho e do trabalho para casa, me entupo de café e me alimento como merda. O lado bom nessa confusão do caralho é que meu rendimento no trabalho aumentou muito, não que antes eu não fosse bom no que fazia, mas a raiva que eu sinto dela me fez focar como se eu estivesse sob efeito de algum remédio.

Eu estou com raiva dela.

Para caralho.

Mas a raiva maior raiva que eu sinto é de mim mesmo porque permiti que essa merda acontecesse. Quebrei minhas próprias regras por ela e eu sequer percebi quando ela plantou a necessidade em mim, apenas aconteceu.

É por isso que eu não me relaciono, se apaixonar dói. Você dá o cartão para a pessoa foder com sua vida e no final a culpa é sua, porque você permitiu.

Eu autorizei, eu deixei ela me foder.

E agora, duas semanas depois, eu ainda estou com a mesma quantidade de raiva que eu estava quando meu punho atingiu repetidamente o volante do meu carro na garagem dela. A mesma quantidade de dor e puta que pariu adicione saudade a fórmula.

A saudade dela vai me deixar maluco. Eu poderia pensar que é falta de sexo, mas é falta de sexo com ela. Falta do cheiro dela, da textura da sua pele, do maldito cabelo sobre meu peito. Me pego pensando na quantidade de detalhes dela que navegam por minhas lembranças e tenho a dimensão do quão fodido eu estou por ela.

Divago pensando em soluções e a mais provável é que eu vá afundar meu pau em alguma boceta no instante que eu parar de me sentir miserável e sair do meu sofá. Beber durante o final de semana é o que mantém minha mente entorpecida o suficiente para eu não pensar nela. Acordo me sentindo que nem merda e com a aparência pior, mas antes que a ressaca me atinja duramente eu curo com mais bebida.

Sinto pequenos tapas em algumas partes do meu corpo e resmungo no meu sono bêbado. De repente os tapas tornaram-se violentos e minha cabeça gira quando minha bochecha é atingida e o estalo me faz despertar.

- Mas que inferno do caralho!! - Abro os olhos para me deparar com Zayn diante de mim puxando minha garrafa de conhaque nos braços e balançando em frente a meu rosto.

- Realmente Harry? Eu esperava mais de você. - Inclino meu corpo para frente tentando fazer minha cabeça parar de latejar e apoio a cabeça nas mãos.

- Que diabos Zayn??? Você acabou de me bater porra? - Esfrego a mão no lugar do tapa e o encaro tomado pela raiva.

- Levante sua bunda branca dessa merda de sofá que nós estamos saindo.

Fairplay - hesOnde histórias criam vida. Descubra agora