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O dia começou bem porra

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O dia começou bem porra. Melhor que bem. Acordar com o calor molhado dos lábios dela em torno do meu pau é algo que não encontraria palavras suficientes em nenhum idioma para expressar.

Se comecei as primeiras horas do dia assim, ele teria tudo para ser ótimo certo?

Errado.

Sofia e eu tomamos banho juntos e logo depois de prontos tomamos diferentes rumos, cada um para seu trabalho.

Obrigações sociais e merdas assim. O que eu não esperava era sair no meio do meu expediente para comprar café e ver minha namorada saindo de uma cafeteria com

meu amigo do caralho.

Isso definitivamente ganhou a minha atenção e a equação começou a se resolver sozinha em minha mente. Zayn é um voyer. Sua esposa é uma voyer. Zayn frequenta o clube. Sofia frequenta o clube.

Logo a possibilidade de eles três terem se envolvido de alguma forma explode minha mente com teorias e cenas que não me deixam excitado e sim irritado.

Muito irritado.

Se eu os apresentei, então que diabos eles estão fazendo tomando café juntos e aparentando um grau de intimidade desproporcional ao tempo que se conhecem?

Voltei com meu copo de café queimando a ponta dos meus dedos e esperei. Tudo que eu poderia fazer agora era isso.

Esperar.

Esperar e enforcar meu amigo.

Os dois soam perfeitamente bem.

O líquido preto ainda estava quente quando eu cheguei a meu escritório e o deixei em cima da mesa. Passei a mão repetidas vezes no cabelo o tornando um redemoinho do caralho mas eu não podia evitar que minha mente explodisse com milhares de teorias sobre o que poderia ter acontecido entre eles.

Meu amigo e minha namorada. Fecho os olhos com força e aperto os lábios até que estes sejam uma linha fina enquanto lembro a mão dele em sua cintura e o sorriso largo que ela o oferecia. A proximidade dos corpos e como os dois estavam absurdamente confortáveis com todos os toques e gestos.

E doeu porra.

Doeu imaginar o corpo dela sendo tocado por outra pessoa que não eu. Doeu cada imagem formada dos seus olhos fechando e de sua pele arrepiando sob qualquer toque que não o meu.

Com um passo largo alcanço a borda da mesa e pego o copo de café ainda quente. Sorvo um grande gole dando a mínima para a temperatura ainda elevada. A queimadura leve faz minha língua arder e por um momento a dor me causa uma doce sensação.

Estou tão imerso nisso que só percebo meu telefone tocar um tempo depois e quando o pego com a mão livre, a ligação já tinha sido direcionada a caixa de mensagens.

Sofia.

Instintivamente, jogo o aparelho novamente sob a mesa não me preocupando com possíveis danos. Relembro a manhã de hoje enquanto termino a bebida parado diante das grandes janelas de vidro do meu escritório.

Fairplay - hesOnde histórias criam vida. Descubra agora