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Normalmente acordar com uma perna sobre meu quadril e um corpo quente ao meu lado teria me assustado e me feito pensar em quanto bebi na noite anterior

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Normalmente acordar com uma perna sobre meu quadril e um corpo quente ao meu lado teria me assustado e me feito pensar em quanto bebi na noite anterior.

Mas não hoje.

Não com o corpo dela grudado ao meu.

Seus peitos colados na lateral do meu corpo, uma das suas coxas sobre meu quadril, um dos seus braços apertando possessivamente minha cintura enquanto sua cabeça descansa sobre meu peito.

Seus cabelos escuros espalhados para todos os lados e sua respiração quente em contato com minha pele. Despertei devagar me acostumando a sensação de tê-la em meus braços. Encostei devagar o queixo sobre sua cabeça e acariciei sua coluna com a ponta dos dedos de cima para baixo repetidas vezes e sorri ao perceber que ela permanecia relaxada sob meu toque.

Minha mão livre tateou cuidadosamente lado do colchão em busca do meu aparelho celular. Verifico o horário e noto que ainda é cedo e foda-se que eu poderia passar o dia em casa se ela quisesse.

O aperto que senti na noite anterior quando ela ainda estava saciada em meus braços volta com uma intensidade assustadora. Eu não sei muito sobre ela na verdade sei quase nada. Sei seu nome e que ela é divorciada. Só.

Não sei onde trabalha muito menos com o que, não sei onde mora e muito menos se ela pretende dividir essas informações comigo. Os pensamentos brotam por todos os lados me enchendo de dúvidas e começo a me desvencilhar devagar do seu corpo de uma forma que ela não acorde.

Sentei na borda da cama e apertei duramente o colchão ao mesmo tempo que usava as mãos para me apoiar. Minha cabeça caiu para frente entre os ombros e de repente me vi assumindo a postura de um homem derrotado.

Desde quando?

Que tipo de otário eu estou me tornando por causa de uma boceta?

Porra! Eu tive todos os tipos de mulher em minha cama. Eu fodi e aproveitei cada segundo enquanto tinha minha cara entre várias coxas por aí. Eu nunca fui um jogador, meus desejos eram claros e elas aceitaram e estava tudo bem.

Até ela.

Até Sofia.

Uma única maldita noite onde eu saí sequer sabendo seu nome virou meu mundo pelo avesso. E eu gostei.

Eu gostei e eu quis mais porra.

Levantei e fui até o banheiro escovar os dentes e tomar banho tentando deixar a água levar esses pensamentos de merda pro ralo.

Talvez o que eu preciso seja comer outra boceta. É isso. Esse problema tem solução fácil e eu posso resolver. Esfrego o rosto com as duas mãos me livrando da espuma do shampoo que escorria pelos meus olhos.

Assim que fui capaz de abrir os olhos vi que não estava mais sozinho no banheiro. Sofia escovava os dentes encostada na pia me observando enquanto eu tomava banho. Não faço a menor ideia de quanto tempo ela levou mas se seu sorriso ladino for um indicativo talvez ela esteja ali há um bom tempo.

Fairplay - hesOnde histórias criam vida. Descubra agora