Capítulo 2

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Sem Revisão

Passo a alça da bolsa pelo meu braço e olho para todos os lados. Não sei para onde devo ir. É tudo novo e diferente do que estou acostumada. Antes era só árvores e o céu claro, agora estou em outra realidade. As buzinas dos carros parecem ser coisas normais do dia a dia dessas pessoas.

— Hasina! Ei, espera aí. — a voz de Angelina ecoa pelos meus ouvidos. Viro  o rosto e ela está a poucos passos de onde estou.

Quero andar e fingir que não vi ela. Só que ela pode me ajudar a organizar algumas coisas. Contrariando minhas regras eu espero Angelina ficar ao meu lado. Ela respira fundo e indica que podemos andar.

— Pensei que não iria te alcançar. Para onde está indo?

Penso no que dizer. Não quero admitir, mas Angelina será minha opção de ajuda até que eu consiga me virar sozinha. Então terei que conversar.

— Primeiro preciso de informações sobre algumas pessoas. Sabe dizer se existe algum lugar que possa me dar essas informações?

Essa provavelmente foi a primeira vez que eu falei tanto. São tantas novidades que até me assustam.

— Biblioteca! — diz animada. — Lá tem as informações.Vamos, não está muito longe.

Foi necessário quatro passos e uma análise rápida para eu perceber que estávamos sendo seguidas.

— Você tem seguranças? — pergunto.

Ela ergue as sobrancelhas.

— Como você sabe?

— É fácil perceber. Eles são muito óbvios.

— Uau! Eles são os melhores seguranças da empresa do meu tio. Mas isso é mentira, se até você que é uma pessoa normal viu eles. Foi uma exigência tosca do meu irmão.

Aceno. Andamos por alguns minutos, Angelina não parava de falar e sempre digitava em um aparelho. Ela diz que chegamos na tal da biblioteca e o deslumbre que tenho é evidente. O edifício que vejo é espetacular. Entramos e a quantidade de livros que tem é impressionante.

— Pode ficar a vontade. Tenho que falar com meu irmão. — Angelina diz e senta em uma das cadeiras disponíveis.

Eu ando pelos corredores admirando as lombadas dos livros. Nunca li nenhum livro.

— Precisa de ajuda? — um rapaz pergunta, segura vários livros nas mãos.

— Eu... Gostaria de saber se certas pessoas ainda estão vivas. Pode me ajudar? — pergunto hesitante.

— Claro que sim, é só me seguir.

Sigo ele por um corredor. O rapaz deposita os livros em uma mesa ao lado  de um computador. Um modelo diferente do que os aldeões tinha lá na vila. Ele liga o aparelho e senta na cadeira, puxa uma que está ao lado eu sento.

— Quem são as pessoas?

Abro a bolsa e pego o papel. Entrego a ele, que lê tudo e começa a digitar. Depois de alguns minutos ele passa a mão pelo cabelo.

— Bem, os três primeiros da lista estão mortos. Os quatro seguintes estão vivos e o último não existe nenhum registro com esse nome.

Perigo Inevitável - Duologia Assassinos (Im) Perfeitos #2Onde histórias criam vida. Descubra agora