Boa leitura 🔞❌🔞⚠
S
em Revisão
A saia de couro e a mini blusa eram pequenas demais. Ajeito a peruca loira e passo um pouco de batom nos lábios. Fazia quinze minutos que Alek me ligou dizendo que estavam indo embora.
Respiro fundo e saio do carro. Conforme vou andando pela rua escura sinto os olhares das mulheres, afinal sou mais uma tentando a sorte na noite. Fico em baixo de um poste de luz e aguardo.
Meus olhos e ouvidos atentos ao local. Um ponto onde a prostituição é grande, diversos tipos de serviços são feitos aqui. Vancouver pode ser bela, mas existe a podridão.
Meu coração bate forte quando vejo a BMW prata se aproximando da rua. Ela está devagar, provavelmente observando as putas. Ponho o melhor sorriso forçado no rosto quando o carro para ao meu lado e o vidro desce. Engulo seco ao ver Thomas e seu sorriso estúpido.
— Uma noite esplendorosa para um bom sexo. Vamos doçura, prometo ser bruto.
Porco asqueroso. Ele abre a porta do carro e sai, vem na minha direção e passa as mãos pelos meus braços.
— Muito gostosa. Vamos lá.
Ele abre a porta do passageiro e me ajuda a entrar. Enquanto dá a volta no carro eu tiro a peruca e pego a seringa que coloquei no elástico. Thomas senta e quando vai abrir a boca para dizer algo eu enfio a agulha no pescoço e injeto a substância. Fui rápida o suficiente para deter o soco que ele lançou na minha direção.
— Calma grandão, prometo ser bruta.
O corpo fica mole e ele cai de rosto no volante.
Foi um sacrifício trocar de lugar com ele. Ligo o carro e faço a volta na rua, parando ao lado do carro que aluguei. Pego minhas coisas e passo para o carro dele.
♥
Alguns quilômetros da saída da cidade existe um parque abandonado, algumas pesquisas e achei o lugar. Um ponto perfeito para o que planejei. Sem a maquiagem pesada e as roupas curtas me senti mais leve.
Coloquei fogo no carro de Thomas. Sem provas e digitais.
Com a espada na mão caminho pelo parque até a Casa dos Espelhos. Foi lá que deixei Thomas. Ele levanta cambaleando quando me vê. A postura altiva se foi, como todo bom covarde faz quando se vê em maus lençóis.
— Thomas Richardson, sabe quem sou?
Os reflexos o deixam atordoado. São tantas de mim, faço questão de me mover, deixá-lo sem rumo, assim como fez com meu pai.
— Quem é você?!
— Sou parte do seu passado. Não se lembra?
As luzes apagam assim como programei. Na escuridão eu me movo, deslizando a espada pelo corpo dele. O grito estridente ecoa por todo o local.
O odor metálico do sangue invade minhas narinas.
— Você caçou meu pai pela floresta.
Outro corte e mais gritos. Aperto o dispositivo e as luzes voltam.
O sangue brota nas duas coxas dele.
— Sua vadia! Vai pagar caro por isso!
— Sabe quem sou? — pergunto. Apago as luzes novamente.
Dessa vez o grito é mais alto e escuto o baque no chão.
— Você mandava ele correr enquanto atirava para cima. Eu estava ali, você me colocou ali para ver tudo.
— Os diamantes... — um sussurro ofegante. — A garota de olho negros.
— Eu mesma.
Acendi a luz. Thomas está caído no chão, o braço decepado, jorrando sangue para todo lado.
— O que você fez com meu pai?
Fiquei de frente para ele. O puxei pelo cabelo e o fiz ficar de joelhos.
— DIGA!
— Eu mandei ele correr... atirei na perna...
— E depois você me arrastou pelo cabelo e me jogou ao lado dele. E o que você disse?
— Veja sua filha uma última vez.
"E depois ele tirou uma faca do bolso e furou os olhos do meu pai. Papai era o único que tinha olhos claros, e ver todo aquele sangue descendo pelo rosto dele foi assustador. Gritei junto com ele e tentei abraçá-lo. Não podia deixar ele assim. O homem mau gargalhava com os outros.
— Ajuda meu papai!
— Oh pobre garotinha... seu papai é um homem morto. — o homem mau disse. Ele cortou a barriga do meu pai e mandou os homens me pegarem.
Tentei me soltar, papai gritava, ele precisava de um abraço.
— Dizem que existe animais ferozes e famintos aqui nessa floresta. Não ficarei sabendo disso, mas você sim.
Vi meu pai rastejar pelo chão chamando meu nome. Eu não conseguia me soltar. Aos poucos a imagem de papai e os gritos dele foram ficando para trás. Naquela noite ele não saiu de lá, e nunca mais o vi."
Fiuag Makuir, o homem que me levava para as colheitas de cereja e fazia bonecos de madeira. Ele tinha o sorriso mais lindo do mundo, ele era meu herói e foi tirado de mim por esse monstro.
Cortei o rosto dele, dois cortes sobre os olhos, formando um X. Thomas gritou e gritou, o vermelho manchando o chão.
— Imagina a fome de dois Pitt Bulls que não comem há quatro dias. — digo. — Coitadinhos, estão famintos e ferozes.
Dei as costas para ele e caminhei até as jaulas no canto da sala de espelhos. Subi em cima e olhei para Thomas.
— NÃO FAÇA ISSO! POR FAVOR!
— Você já é um homem morto.
Puxei as travas das jaulas e os cães até então adormecidos, acordaram rosnando e babando. Os gritos de Thomas atiçaram eles e o que veio a seguir foi horrendo e prazeroso. Os Pitt Bulls estraçalharam o corpo dele, os gritos de agonia foram substituídos por lamurias.
Desci da jaula e caminhei tranquilamente para fora. Não ouvi mais nada e limpei a lâmina da espada em minha calça. Troquei de roupa e queimei qualquer vestígio.
O sol tinha amanhecido quando cheguei na entrada da cidade. Minhas pernas doíam pela caminhada, mas a satisfação de ter feito aquilo com Thomas substituiu qualquer cansaço.
Restam apenas dois.
BJS E ATÉ MAIS ♥
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Perigo Inevitável - Duologia Assassinos (Im) Perfeitos #2
RomanceMarcada por uma vida cheia de ódio e dor, Hasina Makuir está em busca daqueles que destruíram seu passado. Isolada por anos em uma floresta, planejando cada passo para sua esperada vingança, ela vê uma oportunidade única de destruir tudo aquilo que...