Capítulo 12

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Sem Revisão

Collin sabe ser insuportável quando quer. Estou há duas horas ouvindo ele gritar com os acessores por conta de uma mulher que invadiu a coletiva de imprensa acusando-o de dar um golpe. Segundo ela, Collin roubou verba do estado para promover a campanha do ano anterior. Uma bagunça total.

Depois disso o homem ficou louco. Com certeza tem algo mais, porém, ele não quis dizer. Fazer o que? Não tenho nada haver com isso.

— Quero todos dando o fora daqui! — ele grita. Prontamente vejo todos saindo, ninguém quer ficar na mira dele, em menos de uma hora dois já foram demitidos.

Collin puxa a gravata e tira o terno. Anda pelo quarto bufando. Passa as mãos pelo cabelo e bufa novamente. Sem querer solto uma risada e ele me olha furioso. Ponho a máscara de segurança durona.

— Esses canalhas estão tentando me derrubar e você está rindo. É o cúmulo mesmo! — fala indo para o banheiro. Balanço a cabeça e sorrio.

Sorrir... algo que na presença de Collin ando fazendo muito. É inevitável, os últimos dias tem sido bons, ele não me cobra nada, temos nossos momentos furtivos onde sempre terminam em beijos.

A morte de Thomas virou notícia no país inteiro. O sumiço dele gerou uma investigação enorme e em pouco tempo encontraram os restos dele. Os cachorros não deixaram muito para trás. Caixão fechado, não teve sensação melhor quando sai do velório espalhafatoso que fizeram.

— Hasina!

Reviro os olhos. Essa gritaria dele está me deixando nervosa. Vou até o banheiro e abro a porta.

Collin é surpreendente, o corpo dele então... As sensações que ele desperta no meu corpo, um simples olhar e fico excitada. Já até cogitei me masturbar, algo que vi em um dos filmes que assisti com Angelina. Foi só me tocar lá em baixo e pensar em Collin que senti uma explosão de sensações, meu corpo vibrou e a respiração ficou rápida, meu peito subia e descia rápido. Aquilo foi algo indescritível.

— O que deseja?

— Eu preciso de uma bebida. — diz tirando a cueca sem nenhum pudor. Instantaneamente cubro meus olhos.

— COLLIN!

— Ora Hasina, você em algum momento vai ver ele. Não precisa ficar com vergonha.

Sem vergonha!  Abaixo as mãos devagar e suspiro aliviada quando noto que ele colocou uma toalha ao redor da cintura.

— Hoje vamos sair, preciso de um pouco de diversão.

— Não acho que será possível. Não programou nada. — falo.

— Peça para alguém trazer uma roupa mais confortável para você. Iremos em uma boate de um amigo meu. Você tem vinte minutos para estar pronta. — pisca e entra no box.

— Idiota... — digo baixo saindo do banheiro, indo para a sala.

Para minha sorte sempre trago alguma roupa na bolsa. Não quero correr o risco de alguém ir no meu apartamento e acabar encontrando todo aquele arsenal e dinheiro. Mesmo com toda segurança é bom prevenir.

Vou para o quarto de hóspedes e tomo um banho rápido. A água caindo pelo meu corpo me relaxa. Meus pensamentos voam para o que farei quando concluir minha vingança.

Falta só dois e já tenho informações suficientes que preciso. Depois disso ainda tenho que procurar o causador de toda minha dor. Algo lá no fundo diz que estou muito próxima para descobrir, e não será nada bom. Serei capaz de manter contato com Collin e Angelina? Sempre foi eu contra tudo, pela primeira vez em muitos anos sinto que minha vida está voltando a ser colorida. Ainda tenho tempo para por tudo em ordem.

Termino de me lavar e pego uma toalha, me enrolo nela e vou para o quarto. Visto a calcinha e pego a calça jeans, vestindo-a também. Meus seios são médios e não vejo a necessidade de por sutiã. A blusa azul de algodão é confortável e calço os saltos.

Guardo a arma na parte de trás da calça e viro para ir atrás de Collin.  Me surpreendo ao vê-lo parado na porta.

— Há quanto tempo está aí? — pergunto. O perfume dele inunda meus sentidos. Inebriante.

— Tempo o suficiente. — diz, a voz soando baixa. — Vamos.

Ao passar por ele sinto o puxão no meu braço e nossas bocas se unem. O beijo com vontade, nossos lábios se movendo com prazer.

— Você mexe comigo de uma forma que ninguém faz. — diz no meu ouvido. Meu coração batendo louco no meu peito.

Ainda estou nas nuvens quando ele une nossas mãos. Fomos para a sala e depois para o elevador. No estacionamento ele escolhe uma BMW vermelha.

O trajeto até a boate foi calmo. Elton John era o escolhido da vez, Collin tem um gosto peculiar para músicas. De The Beatles para Shakira. Uma loucura só.

Nem precisamos ficar esperando na fila, fomos direto para a área vip.

Deixei Collin beber cerveja pois era a única bebida que era lacrada. Ele estava se divertindo, e eu não poderia tirar minha atenção dele, ainda era meu trabalho manté-lo vivo.

Algumas mulheres chegaram e começaram a dançar sensualmente. Tinha homens deslumbrantes na área que estávamos, observei uma ruiva se insinuar para Collin. Fiquei irritada com aquilo. Olhei feio para ela e passei o braço ao redor da cintura dele.

Ótimo... Estou com ciúmes?

— A gatinha está querendo um beijinho? — ele diz no meu ouvido. A música alta deixa nossa comunicação escassa.

E ele já está bêbado. A noite pode ficar melhor? Alguns conhecidos dele veio até nós e Collin se animou mais ainda.

Deixei ele ali e desci para a área de baixo. Era mais quente e animado.

Eu ainda conseguia ver ele. Fui até o bar e pedi um suco com vodca. Todo mundo dançava e bebia. A diversão deles era contagiante.

Minha bebida foi servida e tomei um gole. Um rapaz se aproxima e o reconheço, foi um dos seguranças da primeira equipe.

— Você é adepta a uma boa diversão? — diz alto e balanço a cabeça negando.
— Estou trabalhando!

— O irritadinho está aqui?!

Aceno. Collin tem muitos apelidos entre nós que cuidamos da segurança dele.

Ele se aproxima para dizer algo, mas é puxado para trás bruscamente. Collin segura ele pelo braço. Está furioso.

— Que porra é essa? — grita nervoso.

Agora sim o negócio desandou.

Continua...

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