Luke ergueu os olhos para a fachada da loja, conferindo o endereço enviado por Ashton na mensagem de texto e esperando que estivesse no lugar certo. Estava ligeiramente irritado com o amigo por tê-lo convencido a ir até o pub em seu lugar, visto que ele estava resolvendo problemas familiares em Hornsby.
Empurrou a porta e observou o local. Uma música de hip hop soava em um volume moderado pelo ambiente que estava completamente vazio, exceto pelo homem que deslizava um pano de um lado para o outro sobre o balcão.
— Ei. — chamou sua atenção, aproximando-se. — Estou procurando o Clifford.
— O Michael? — Luke assentiu. — Saiu para resolver uns negócios.
— Sabe quando ele volta?
— Na próxima encarnação, provavelmente. — ergueu as sobrancelhas, pousando uma garrafa de cerveja na frente do loiro. — É melhor se sentar, amigo.
Luke suspirou, jogando-se em um dos bancos e mexendo em seu celular para passar o tempo.
Após cerca de 30 minutos esperando, sua paciência já estava além de esgotada. Levantou-se, guardando o celular no bolso da calça preta e estava prestes a ir embora, quando um rapaz de cabelos azuis desbotados entrou com tudo pela porta, indo de encontro a Hemmings.
— Oi, você deve ser o Michael. — recuou alguns passos, olhando-o de cima a baixo.
Estava vestido inteiramente de tons escuros, exceto pela jaqueta jeans com símbolos de bandas ou trechos de músicas rabiscados. Seus fios rebeldes apontavam para todos os lados, em uma desordem estranhamente atraente.
O colorido estava em choque. Embasbacado. Pasmo. Não podia acreditar que o cara da janela estava bem ali, na sua frente, em carne e osso, procurando por ele.
— Mas que porra... — começou, interrompendo-se ao perceber seu semblante ofendido. — Espera, como você sabe meu nome?
— Ah, me perdoe. — riu-se, coçando a nuca. — Eu sou o Luke, nós estamos tentando conseguir alguns eventos e... Enfim, Ashton pediu que eu o entregasse isto.
Estendeu o braço, oferecendo o CD à Michael, que pegou o objeto com mínimo cuidado. Juntou as sobrancelhas, virando-o entre os dedos.
— Oh. — murmurou, incrédulo. — Então você está na banda, também?
— É, eu canto um pouco e toco guitarra. — respondeu envergonhado.
Um silêncio desconfortável pairou sobre os dois. Michael ainda lia as entrelinhas do CD, vez ou outra olhando de relance para o rapaz parado à sua frente, que mordia os lábios enquanto esperava por uma resposta.
— Então, você pode ouvir quando quiser e nos avisar quando tiver alguma notícia. — disse, já se preparando para sair dali e voltar para o conforto de sua casa.
Michael pensou por alguns instantes. Não era todos os dias que uma coisa como aquelas acontecia, muito menos com ele. Se deixasse-o ir agora, ele sabia que provavelmente nunca mais o veria. Tinha que fazer algo, e rápido.
— Espera! — agarrou em seu braço antes que passasse por ele. — Eu... Vou precisar de seu telefone para... Ééé... Tratar dos detalhes técnicos.
Luke franziu o cenho, deixando escapar uma risada fraca.
— Tudo bem. — pegou o celular, gravando seu número com cautela. — Nos vemos por aí, então.
— É, claro. — assentiu, acompanhando-o até a saída.
Suspirou ao vê-lo dobrar a esquina, encostando-se na parede atrás de si e olhando para o objeto em suas mãos, sentindo os cantos de sua boca erguerem-se involuntariamente.
Pablo, o barman que havia atendido ao rapaz, balançou a cabeça negativamente enquanto analisava as ações de Michael.
— É amigo, você está fodido.
caralho gente, esse cap ficou mt ruim
nao vou ter tempo de revisar agora pq preciso ir pro inferno (opa, escola rs), mas assim que chegar em casa tento melhorar algumas coisas
as coisas estão começando a andar............
- Allie.
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- Da Janela. [ muke ]
FanfictionAquela em que Luke passa as tardes e noites na sacada, entretendo-se com os sons da cidade enquanto Michael o observa da janela de seu apartamento. @nightlywish. 2019. (fanfic inspirada na canção de Terno Rei, intitulada "Da Janela")