- Da Janela. [ muke ]

[🌃] episódio oito.

Luke
Falei com o pessoal, eles amaram a ideia!

Luke
É melhor levar seu instrumento pro trabalho hj ;)

     E lá estava Michael, suando feito porco por baixo das roupas escuras e lutando para chegar no estabelecimento como um ser minimamente apresentável, mesmo levando consigo ambas mochila surrada com todos os seus pertences e a case (nada leve, por sinal) da velha guitarra.

     Ainda não conseguia acreditar que estava mesmo fazendo aquilo, quer dizer, como as coisas podem mudar tão rápido assim? Estava ansioso. Mal podia esperar para passar mais tempo junto de Luke — e do resto da banda, claro.
    
     Ele estava ansioso para passar mais tempo com a banda.

     Ao menos fora disso que ele tentara se convencer ao pisar no salão e deparar-se com os três rapazes preparando-se em cima do palco. Mais específicamente, no rapaz loiro sentado ao fundo, dedilhando distraído as cordas do violão.

     Michael nunca nem sequer acreditara em hipnose, mas naquele momento ele encontrava-se completamente encantado.

     — Mike, finalmente! — Ashton despertou-o, indo ao seu encontro. — Pensei que não viria mais.

     — Bem que eu queria. — murmurou sem perceber.

     — O que disse? — ergueu a sobrancelha.

     — N-Nada não. — corrigiu-se. — E então, como é que tá indo o batido?

    Ashton gargalhou, chamando a atenção dos demais.

     — Você é uma piada, Mike. — brincou, recebendo um leve empurrão do outro. — Vem, vamos guardar essas tralhas primeiro e eu te explico tudo.

     Michael revirou os olhos, passou a língua pelos lábios e desviou o olhar, percebendo um sorriso discreto direcionado a si.

     Ah, se Luke ao menos soubesse o quanto bagunçara a mente de Clifford...

     Torceu o nariz e deixou-se ser arrastado até a sala dos funcionários, jogando a bolsa de qualquer jeito sobre sua mesa — já abarrotada de papéis, de qualquer maneira. — para voltar apenas com o instrumento em mãos.

     — Seguinte. — começou quando estavam de volta ao salão. — O show será no sábado, até lá teremos uns três ensaios, aqui mesmo.

     — Ash, tem um problema. O Scott-

     — Já falamos com ele, — interrompeu-o. — Ele tá de boa.

     O colorido suspirou, aliviado.

      — Continuando, — voltou a falar. — Ainda temos que decidir a setlist, então vamos começar por aí.

     Ao fim da explicação, Ashton chamou Clifford para que se juntasse a eles no palco, para assim apresentá-los.

      — Esse é o Calum, nosso baixista. — indicou o rapaz de olhos puxados e cabelos escuros. — E Cal, esse aí é o Mike.

     — Então é você o guitarrista foda quem vai nos salvar, hein? — os dois riram, cumprimentando-se com um aperto de mão seguido de um abraço.

     — E vocês dois já se conhecem, né? — alternou o olhar entre Luke e Michael, que assentiram e abraçaram-se, rindo de vergonha. — Tudo certo então, podemos começar?

     Todos concordaram, sentando-se em círculo para decidir as músicas que iriam tocar.

     Em vinte minutos de discussão, os quatro já tinham tudo resolvido e se preparavam para começar a ensaiar ali mesmo.

      Ashton foi até o fundo, sentando-se atrás da bateria. Calum e Michael se posicionaram nas laterais e Luke no centro, atrás do microfone. 1, 2, 3... Vai! fez-se ouvir antes das guitarras soarem por todo o local, em seguida a bateria, baixo e por fim, Luke proferiu os primeiros versos da canção:

     — Tonight we're fading fast... — fechara os olhos, entregando-se completamente ao ritmo.
 

     Michael errara algumas notas, surpreso que Hemmings soava ainda melhor ao vivo.

      Calum olhou de relance para o colorido, percebendo pelo seu semblante o que acontecia ali. Abriu um sorriso discreto e tropeçou, acidentalmente, nos fios embaralhados no chão.

     O acidente fez com que ele esbarrasse com tudo no vocalista, que já se encaminhava para o refrão, e sequer teve tempo para processar o que diabos o fizera perder todo o equilíbrio de seu corpo antes de abrir os olhos e deparar-se com o rosto do novo guitarrista a centímetros do seu.

     Uma de suas mãos segurava em seu braço e a outra em sua cintura. Já Luke, mantinha as mãos espalmadas contra o peito do maior.

     — Calum, mas que porra!? — grunhiu, sentindo o rosto todo em chamas.

     — Lukey, meu Deus, me desculpe! — correu até ele com a melhor expressão de culpa que ele poderia forçar. — Eu tropecei e-

     — Tropeçou? — o interrompeu, indignado. — Você quase me mandou para a China!

     — Calma, Lukey. — provocou com um sorriso malicioso. — Os braços fortes do Mike te seguraram, não foi?

     Luke trincou os dentes, dividido entre cavar um buraco no chão e mandar-se para o continente asiático, e a mais provável, quebrar a cara do colega de banda.

     Soltou as alças da guitarra e agarrou com força o braço do instrumento, preparando-se para golpeá-lo.

     — Parou aí! — Ashton levantou-se de súbito, segurando-se para não explodir em risadas, e parou no meio de ambos. — Nada de treta no meu ensaio!

     Luke hesitou, soltando o instrumento lentamente quando Clifford, que estava em silêncio, se fez presente.

     — Gente... foi minha culpa. Eu é que perdi o ritmo e desconcentrei o coitado do Cal.

     Coitado é a minha bunda, Luke pensou. O não-asiático ainda tentava disfarçar um sorriso quando deu um passo a frente, mantendo seu teatro digno de uma novela mexicana.

     — Mike...

     — Quer saber? — o loiro interviu novamente, irado. — Chega de ensaio por hoje.

     Deu-lhe as costas e juntou suas coisas com pressa. Ashton tentou impedi-lo, mas o loiro já estava prestes a passar pela porta e, dessa vez, não hesitou em correr para longe dali.

eae meus truta, na paz do senhor??

sim gente, eu sou a pessoa mais indecisa do mundo e decidi voltar com a fanfic pq eu realmente quero terminar alguma coisa na minha vida

só pra começar o ano novo bem né?

boas festas para todos, espalhem muita paz e amor <3