— E então, o que acha? — o de cabelos azuis indagou, retirando o CD do aparelho e recostando-se na cadeira.
O seu supervisor arregaçou as mangas da camisa social, acariciando a barba curta com as pontas dos dedos e encarando ambos os rapazes com um semblante sério.
— Devo admitir que são talentosos, Sr. Irwin. — começou, recebendo um aceno positivo do rapaz de pé ao lado de Michael. — Mas não sei se possuem o necessário para ajudar a loja.
— Ah chefe, dá uma chance para o seu melhor funcionário, vai. — suplicou, exibindo o crachá que pendia de seu pescoço.
— O que você acha, Mike? — perguntou, o que fez Ashton revirar os olhos.
— Bem, eles são jovens e tem bastante energia, — deu de ombros. — Acho que com a divulgação certa atrairiam um bom público.
— Muito bem, talvez você esteja certo... — ponderou, batendo o pé. — Estejam na sala de reuniões às 16h de amanhã, precisamos discutir os próximos detalhes para a apresentação. E Sr. Irwin, traga seus colegas.
— Pode deixar, chefe, você não vai se arrepender. — assegurou, segurando-se para não sair gritando de excitação.
Assim que o homem deixou a sala, porém, Ashton jogou-se sobre o colorido, apertando-o em seus braços e murmurando agradecimentos contínuos.
— Me solta, seu merda. — reclamara, falhando miseravelmente ao tentar conter uma risada. — Argh, como você é grudento.
— Eu sei que você me ama, Clifford. — provocou, seguindo-o até a máquina de café. — A propósito, o que achou do Luke?
Michael deu de ombros, agradecendo por estar de costas, assim o colega não poderia ver o sorriso bobo que surgira em seu rosto. — Ele é legal.
— Só legal? — indagou, pegando a xícara de sua mão. Michael assentiu, apoiando-se contra o balcão e cruzando os braços em frente ao peito. — Pablo disse que você ficou estranho depois que ele saiu.
— Aquele filho da mãe... — disse entredentes.
— O quê?
— Nada. — balançou a cabeça. — E aí, não vai atualizá-los das notícias?
— Bem lembrado. Ele vão surtar! — dizia enquanto digitava freneticamente em seu celular.
Clifford terminou a sua bebida e passou a brincar com as inúmeras pulseiras em volta de seu pulso, ignorando a presença de Ashton por um momento para focar em seus devaneios.
Estava feliz que a banda estava finalmente conseguindo alguma coisa, ele sempre os apoiara de longe, mesmo nunca tendo os conhecido pessoalmente. Era quase louco pensar que Luke sempre esteve tão perto dele, e eles só haviam se encontrado agora.
"Será que algumas coisas realmente acontecem por destino?", ponderava.
— Mike, vamos? — Ashton chamou a sua atenção, já com a mochila nas costas.
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- Da Janela. [ muke ]
FanfictionAquela em que Luke passa as tardes e noites na sacada, entretendo-se com os sons da cidade enquanto Michael o observa da janela de seu apartamento. @nightlywish. 2019. (fanfic inspirada na canção de Terno Rei, intitulada "Da Janela")