Capítulo 12

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—TEM ALGUMA RESPOSTA? — questiona Christian ao chefe do laboratório, Alec Smith.

— Sim, descobrimos que estavam nus pois seriam pintados por um artista. No entanto, o pintor é desconhecido — ele lhe entrega fotos dos corpos, do apartamento e de provas que colheram — Ele estava pintando ou se preparando para isso. Temos uma digital parcial, feita com tinta óleo na pele da modelo. Acho que fez quando a tocou ou no momento que a jogou da sacada mesmo — completa.

—Entendi. Quanto ao caso topless? — se refere a um caso antigo, onde o assassino cortava os seios das mulheres — Faz alguns anos, antes de arquivar o inquérito, precisamos que vocês dêem mais alguma olhada nos relatório — era o que o delegado pediu que ele fizesse.

— Pode deixar — concorda Smith — Ah propósito, fala para o canalha do Jones parar de me pressionar — brinca, referindo-se ao chefe de Christian.

— Claro — levantando-se, adiciona: — Posso falar com Amélia Forbes? Ela trabalha...

— Fique a vontade — responde interrompendo-o.

Deixa o escritório dele, desce as escadas de madeira espiral e elegante, indo ao laboratório encontrar sua amiga. Era tudo muito limpo, moderno e transparente. Funcionários em seus jalecos iam e vinham, ele teve de perguntar à algumas pessoas até que obteve a informação. A encontra com a expressão tediosa, pesquisando o banco de dados em busca de digitais.

— Diria que encontrei a minha ratinha de laboratório — zomba, entrando na sala cheia de computadores e paredes feitas de vidro, sentia-se em uma caixa.

— Nossa, é tão bom ver você — seu tom é cheio de sarcasmo — Com certeza, consegue ser mais divertido do que esse sistema — Christian mostra língua para ela.

— Como foi ontem?

— Não conto — Mia cruza os braços — Não sou sua espiã, para ver o que Lia faz e vir dedurar tudo — Christian a encara, boquiaberto — Se quiser saber como foi, pede desculpa e pergunte a ela — com isso dá as costas a Christian, girando em sua cadeira.

— Não acredito — estarrecido, eleva o tom — Você é uma cretina, minha amiga. Claro que tem de me contar tudo — reclama.

— Eu gosto de Lia, não conto para ela que você bebeu tanto que, possivelmente, vai morrer de cirrose em poucos meses e não conto a você as nossas conversas — ela vira para ele — Meu Deus, me tornei você!

— Quê? — confuso, franze o cenho.

— Matthew e eu, você ficava no meio, eu me tornei você! — e eles dão risada.

— Você é tão chata! — declara saindo da sala.

— Ei! Essa frase é minha — protesta.

Caminha de volta, tentando encontrar a saída daquele labirinto de corredores. Finalmente, depois de dar três voltas e acabar no mesmo lugar, ele consegue sair dali. Conduz seu carro para a delegacia, era fim do seu plantão, ele precisava de um banho e muito sono. Sentia que tinha de resolver a questão com Lia, tinha sido um idiota por não lembrar da consulta depois de ter insistindo em ir.

Descansaria um pouco e depois seguiria Lia até South Side. Quando ela finalizasse a aula, falaria com ela. No entanto, garantiria que ela estivesse segura quando fosse ao território de Ruan. Não podia ficar tranquilo sabendo que três vezes por semana ela iria para lá, apenas conseguiria dormir em paz se soubesse que não correria qualquer risco.

— Bom dia, Marlene — fala com a recepcionista.

— Olá, detetive Davis — ela sorri sobre a borda da sua xícara de café.

Tempestade [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora