Em um Rio de Janeiro pós-apocalíptico (depois da vitória de Bolsonaro), os jovens iniciam o segundo ano do ensino médio em grande estilo. O colégio Laranjeiras conta com funcionários que se metem em mais confusões que seus próprios alunos, entre ele...
A manhã se iniciou na verdadeira capital do Brasil, também conhecida como Rio de Janeiro, de maneira bela e agradável. Não era à toa; parecia que até mesmo o grande astro solar celebrava o início da tão esperada feira culinária.
Marcelo, por outro lado, estava o oposto daquele ânimo inteiro. Estava tão estressado que mal conseguia andar: sua namorada o estava puxando pelo braço, pois os olhos dele estavam fechados. Sua mente o perturbava com dizeres como "você precisa sair o mais rápido possível daí!" e Marcelo realmente pensou que morder sua língua fosse ser menos doloroso que perder aquela competição.
A feira, entretanto, para outros, estava belíssima.
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— Bruno, pelo amor de Santa Cher, olha aquilo!
Dois exemplos eram Bruno e Lucas Pimenta, que haviam chegado juntos ao evento. Lucas olhava com olhos empolgados os diversos estandes com cozinheiros de todas as partes do Brasil, os quais exibiam suas culinárias regionais. Era até mesmo possível comer algumas coisas de forma gratuita.
— Tá bem cheio aqui, né? — Bruno disse, olhando ao redor.
— E o que você esperava? A única coisa que anda unindo o povo brasileiro esses dias é a fome. Será que a gente acha o tio da cantina aqui?
— Acho que o nome dele é Marcelo. Será que ele ganha? Imagina só, a pessoa que faz os nossos salgados ganhando uma competição dessas.
— Só espero que não aumentem o preço da cantina depois.
Marcelo havia sentado no chão para não continuar a andar.
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— Mar, pelo amor de Deus! — Patrícia exclamou, de frente para ele. — A gente já chegou. Vai desistir agora?
— Melhor desistir, eu não quero passar vergonha.
— Você é um adulto que tá sentado no chão no meio de uma multidão!
— Você tem razão — Marcelo disse, a olhando de modo tristonho. — Você não deveria namorar alguém que só paga mico. Talvez seja melhor a gente...
