Episódio 4 - Problemas no paraíso

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Era de noite na grande cidade carioca, ainda que o calor fizesse os turistas duvidarem dessa informação

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Era de noite na grande cidade carioca, ainda que o calor fizesse os turistas duvidarem dessa informação. Gabriel e Henrique conseguiram convencer seu pai a os levar para uma aula experimental de Jyu Jitsu no Complexo da Maré, uma grande comunidade do Rio de Janeiro.

– Esse lugar parece perigoso. – Erick comentou, olhando ao seu redor. – Ainda mais à noite. Como eu vou estacionar meu carro aqui?

– O professor disse que é só falar que conhece o "Cobra". – Henrique disse.

– E o que eu devo fazer? Colocar uma plaquinha no meu carro dizendo que eu conheço esse "Cobra"?

– É, ué.

– Tem certeza que ele é professor? Parece mais nome de traficante.

– Pai, fica calmo. – Gabriel disse. – Se você não quiser ficar esperando a gente aqui, vai fazer alguma coisa, sei lá.

– Tá, eu vou pensar no que fazer.

Erick era um homem calmo. Trabalhou a vida inteira em uma companhia e sempre manteve ficar na média: não era o pior funcionário da empresa, mas também não ia atrás de um cargo alto que o exigisse pensar muito, ainda que trabalhasse o dia inteiro.

Mostrava um sorriso tímido, apesar de ter se entregado à bebida e aos cigarros depois da morte de sua esposa. Como pai não era muito atento: não perguntava aos filhos sobre suas notas, faltava às reuniões na escola e sequer teve conhecimento do ocorrido com Gabriel.

Naquele momento, estava parado em frente ao seu carro, fumando um cigarro. Ficou receoso de sair de perto do veículo com medo de ser roubado, principalmente ao perceber que estava em uma rua de prostituição. Percebeu que as mulheres o encaravam demais com sorrisinhos maliciosos e ficou um pouco acuado.

Entretanto, reconheceu uma delas.

Jogou seu cigarro no chão e saiu de perto de seu carro, indo até o grupo de travestis. Na mesma hora, três delas se aproximaram e jogaram seu cabelo para trás.

– E aí, gatinho. – Disse uma delas, alisando o peito dele.

– Tá de bobeira hoje? – A outra disse, e Erick ficou com medo de ser roubado e pôs a mão no bolso.

– N-Na verdade, eu queria falar com aquela ali. – Erick disse e apontou.

 – Erick disse e apontou

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First - Eu nunca achei que seria capaz de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora