Oh, but it's okay to be different
'Cause baby, so am IChanyeol andava puto para casa, e Baekhyun se forçava a tentar acompanhar seu ritmo. O que pareciam impossível, porque estava com frio, meio bêbado e Park andava cinco vezes mais rápido quando estava bravo. Além de não entender porra nenhuma do que estava acontecendo, mas talvez essa última parte fosse culpa do álcool.
Ele não sabia o porquê de tanta irritação. Óbvio que a reação da maioria das pessoas quando descobria sobre sua sexualidade não era boa. Na verdade, era quase sempre ruim. Mas teve a impressão de que os motivos para o comportamento de Chanyeol iam além disso, ele parecia chateado, chocado, irritado, mas não enojado.
– Você não acha que eu que deveria estar puto? Você que entrou no quarto sem bater.
– Trancas existem pra isso. E vai se foder.
– Foder sozinho não é tão divertido.
– Me deixa em paz, Baekhyun!
– Eu não posso. Não sei se você costuma abrir o bico pra alguém e se fizer isso eu vou ter muitos problemas.
– Você é um merda.
– Como é?
– Você escutou bem! Um merda! — Chanyeol já estava exasperado. Estava puto com o cara da festa, com Baekhyun e até com si mesmo. — Você vive a porra de uma mentira! Ninguém sabe quem você é de verdade, fica mantendo essa pose de santo quando convém e é um lixo por dentro!
— Você fala como se me conhecesse! Foi pra uma festa comigo e acha que já é meu amigo íntimo?! — Baekhyun respondeu no mesmo tom.
— Se chama observação!
— Você é preconceituoso a ponto de achar que algumas ações definem completamente o caráter de alguém?! Você não me conhece, mas esse tipo de atitude me diz muito bem quem é você!
— Você acabou de se contradizer! Você também não sabe porra nenhuma sobre mim, o que é até surpreendente! É podre, horroroso! Você não é diferente de mim e mesmo assim não passa nem por metade das merdas que eu passo diariamente! — Chanyeol quase nunca conseguia se expressar bem quando estava com raiva, e talvez a escolha de palavras fossem ruins. Dependendo da situação, poderia chegar a crueldade com elas. Sempre se arrependia amargamente no final, mas era impossível voltar no tempo.
Ao ouvir, Baekhyun ficou estático, confuso. Seu semblante se tornou sério demais, não indecifrável como normalmente era, o que era preocupante. Ele de repente parou no meio da rua e Park se virou pra encarar o rosto dele.
— Você é gay? — Ele finalmente tinha ligado os pontos. E Chanyeol ainda não conseguia acreditar que um ser humano podia ser tão lerdo assim.
— Em que mundo você vive, Baekhyun? Todo mundo sabe! É óbvio!
— Você acha que está escrito na sua testa? Pra mim você era só estranho!
— Vai se foder! Você não merece metade do que tem! — Sentiu as lágrimas ameaçarem descer no seu rosto, mas virou para frente e seguiu antes que começasse a chorar ali, na frente de Baekhyun. Se ele soubesse que aquilo daria tão errado, teria ficado em casa.
Baekhyun ficou calado dessa vez, não retrucou ou tentou se defender. O que se instalou no ambiente foi um silêncio desconfortável, e alguns segundos depois, voltou a andar atrás do Park.
Quando chegou em casa, encontrou-a vazia. Um bilhete na geladeira deixado pela sua mãe dizia que tinham saído e que muito provavelmente só estariam ali mais tarde. Já foi mencionado que Chanyeol odiava ficar sozinho em casa? Principalmente em momentos onde estava tão fragilizado. Quando só queria deitar e dormir pra sempre. De qualquer forma, poderia escutar suas músicas sem que a sua mãe ou pai quase derrubassem a porta do seu quarto para que tirasse a música alta.
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there is a light that never goes out
Hayran Kurgu《Anos 80 | Colegial 》 O ano é 1986. Homossexualidade não é lá algo muito comum e muito menos aceito na pequena cidade onde Park Chanyeol mora, por conta disso, sofre com homofobia no colégio por ser assumidamente gay. Entretanto, a sua vida sofre um...