Jimin não via a hora de chegar em Homeland. Estava sujo, fedorento, cheirando a pólvora e sangue. Só queria tomar um longo banho e acabar com aquela tortura para seu nariz e para os dos novas espécies com ele.
Logo viu os gigantes portões de sua casa. Suspirou aliviado. Esperou até que a van parasse no começo da cidade e então, sem ligar para os protocolos, abriu a porta e saiu. Logo de cara viu vários espécies vindo ao seu encontro. Uma em especial o chamou a atenção. Breeze parecia pronta para arrancar sua cabeça fora. Sorriu arteiro.
-Olá, Breeze. Sentiu minha falta?
-Ora, seu... — ela não terminou a frase, apenas puxou os cabelos da nuca e soltou um rugido antes de correr para si e o abraçar.
Com a proximidade, Jimin pode sentir o coração da espécie saltar do peito a cada batida. Afagou seus cabelos longos, tentando a acalmar. Sentiu as lágrimas dela o molhando no ombro.
-Nunca mais faça isso, céus. Nunca mais! Está me ouvindo, Jimin? Nunca mais!
Jimin riu. Era sempre assim. Ele sempre arriscava sua vida, Breeze ou Smiley vinham correndo para si quando voltava, elas sempre pediam para ele nunca mais fazer aquelas loucuras, mas ele sempre voltava a fazer. Não era sua culpa que os espécies precisassem tanto de sua ajuda e não soubessem cuidar de si mesmos ou de seus companheiros. Ou apenas fossem burros o suficiente para deixar seus companheiros indefesos.
-Tudo bem. Não faço mais — mentiu. Passou os braços por sua cintura e a cheirou. Seu sorriso sumiu.
Sem pensar duas vezes, se afastou dela. A raiva brilhava em suas iris. A olhou com desdém. Sem dizer uma palavra, ele se pôs a caminhar.
-Jimin. JIMIN! O que está errado? Porque a mudança repentina? Porque está bravo comigo?
Jimin não a respondeu. Nem se deu ao trabalho de olhar para trás. Procurou em meio ao amontoado de espécies, seu amigo Smiley. Tudo o que encontrou foi um par de olhos escuros como a noite o encarando apreensivo. Praguejou.
Antes que pudesse virar o olhar, viu ele caminhar de encontro a si. Ótimo, pensou, era só o que me faltava.
Fechou os olhos e respirou fundo. Antes que pudesse os abrir novamente, teve sua cintura tomada por braços musculosos. Ofegou em surpresa. Ele o apertava firmemente entre os braços, como se com medo que pudesse sair. Como se Jimin conseguisse sair dos braços do homem que tinha seu coração por inteiro.
-Você tá bem. Céus, você tá bem — ele sussurrou em seu ouvido, e Jimin praguejou quando se sentiu amolecer em seus braços — O que há na sua cabeça em? Pelo amor, Jimin, não faça isso mais. Por favor.
Jimin riu em desdém. Se afastou dos braços musculosos. Sentira o mesmo cheiro e se xingou por ser tão burro e filhotinho do cachorrinho. Quando ia voltar a caminhar, teve seu pulso segurado.
-Ei, ei, calma. Para onde vai?
-Me solta.
-Que? Não! Claro que não vou fazer isso. Você acabou de quase ser morto. Céus, eu preciso de você aqui, agora.
-ME LARGA, JUNGKOOK! — gritou enfurecido para o macho que o olhou espantado. Sentiu as lágrimas em seus olhos, mas não iria se permitir chorar naquele momento.
Se aproveitando do choque do macho, puxou o pulso com força e se pôs a caminhar. Ouviu os passos dele o seguindo. Sabia que ele estava bravo pelo cheiro dele.
-Jimin, pare já com isso!
Jimin procurou Smiley, sem se importar com o macho.
-Jimin! Você não vai para casa.
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Destiny
FanfictionA vida de Jimin sempre foi uma incógnita para ele. É um espécie, mas não é como sua família, e ele não sabe o porque. Não se lembra de nada da sua infância, não se lembra de nada de sua vida que não tenha se passado desde que acordou na maca d...