Part 5

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     A tensão em seu corpo era motivo suficiente para explodir, mas não queria se permitir isso. É claro que ele estava irritado. Nunca ficou tão fora de si em toda sua vida. Jimin não tinha o direito. Ele simplesmente não tinha a porra do direito de ir para a cama com ele na noite passada, compartilha-la para dormir e no dia seguinte sumir. Ele simplesmente não tinha a porra do direito!

     Mas não importava o quanto bufasse ou xingasse Jimin, ele ainda estava preocupado de onde o seu pequeno estava, ele ainda sentia o gosto amargo na boca de não ter ele a sua vista, ele ainda olhava a todo momento para a porta ou cheirava o ar, tentando ver qualquer sinal do pequeno. Ele o queria ali, não importa o que tivesse que fazer. Jimin dormiu com ele, que ele arcasse com as consciências! Jungkook não era macho de passar uma noite na cama de alguém e fingir que nada aconteceu. Se Jimin deixou ele dormir com ele, se ele o deixou zelar seu sono e cuidar de sua proteção, ele também havia deixado Jungkook ocupar o posto que tanto queria. Ah, Jimin não escaparia de si. Nunca mais!

     Mas ele não podia força-lo a nada. Jimin era livre, ele amava a liberdade dele, a idolatrava. Ah, se ele soubesse de todas as vezes em que se impôs por ele. Certamente não estaria andando hoje. Mas isso não importava. Se significasse seu bem estar e sua saúde completa, Jimin podia mandar ele para o centro médico a todo tempo. Valeria a pena cada machucado, cada arranhão, cada soco. Jungkook o amava. Ele sabia disso. O sentimento que tinha por si desde que o viu fora de sua cela chorando quando estavam em Mercile, até os de agora, o provavam isso. Era como se o amor dele só aumentasse cada dia, cada vez que o via. Ele era seu. Era seu companheiro, mesmo que se esquivasse, Jungkook o tomava por isso. E ele não era bobo. Sabia que algo havia acontecido em Mercile entre eles, e arrancaria isso de Jimin, nem que precisasse se humilhar perante ele.

     Jungkook suspirou, os olhos voando até a porta novamente. Não conseguia. Não conseguia ficar sem Jimin. Com um impulso de coragem, pegou seu celular e ligou para ele. A chamada tocou até cair. Inconformado, Jungkook focou seu olhar no celular. Ah, mas Jimin não ia escapar assim. Logo os dedos se mexiam ágeis pela tela, mandando as mensagens para seu companheiro. Quando terminou, a porta da frente foi escancarada com tudo. Com esperanças de ser Jimin, Jungkook se virou afoito, seu olhar se encontrando com os escuros de Breeze. Jungkook suspirou.

-Não me importa sua falta de vontade de me ver, Jungkook! Você tem que me ajudar!

-O que aconteceu?

     Breeze entrou correndo na casa e o abraçou. Ela procurava conforto, e ele sabia disso. A primeira lágrima veio, molhando sua camisa.

-Jimin sumiu novamente.

     O corpo de Jungkook retesou com o sussurro baixo que entrou por seus ouvidos. Ninguém podia imaginar o quanto elas o afetavam. O quanto elas o apavoravam.

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Jimin sabia que havia algo de errado quando o carro parou abruptamente depois que o comandante da missão recebeu um telefonema. Ele xingou do banco da frente e saiu do carro. Seus oficiais logo seguiram o líder.

Apreensivo, Jimin se encolheu mais no lugar onde estava. Isso não ajudou, já que segundos depois tinha a porta atrás de si sendo aberta. Ele praguejou antes de se virar lentamente e sorrir meigo para o comandante Travis. Era o mesmo comandante todas as vezes. Ele encontrou, no entanto, uma dúzia de olhos furiosos para si.

-Olá, comandante Travis? Está viajando? Devo dizer olá para seus fiéis também? É casinha isso aqui?

A mandíbula de cada um se apertou. Todos ali o conheciam pelas suas artimanhas. O comandante tomou a frente, nada contente.

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