Part 13

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3 semanas depois

      Jimin sentiu a cabeça tombar para o lado quando perdeu momentaneamente o controle do próprio corpo. Ele tentou fechar os olhos e passar por aquela dor enquanto tinha a visão embaçada.

      O efeito da última dose nem havia acabado e ele já estava tomando outra. Ele sentia seu corpo tentar rejeitar aquele medicamento, mas suas forças estavam longe novamente.

      A agulha foi tirada de seu braço após algum tempo. Jimin tentou se focar em algo, mas a dose não o permitiu. Ele olhou para o lado, vendo Thomás o examinar com os olhos verdes como os seus.

-Como se sente?

      Jimin não o respondeu. Não conseguia. Seu corpo estava mole, sua cabeça girava. Eram os efeitos colaterais da droga que era dada a si. Tudo o que ele podia fazer era esperar os minutos passarem e ela enfraquecer ao menos um pouco. E ele esperou. Ele esperou por longos minutos que os efeitos saíssem de si.

     Quando sentiu a movimentação dos dedos da mão, ele sorriu. Logo já estava normal denovo, conseguindo se mexer, mesmo que fracamente.

     Ele olhou ao redor do local, vendo ali o "pai" o olhando preocupado.

-Como está, Jimin? Isso está sendo forte demais para você?

      Jimin o lançou um olhar de deboche.

-Ah, você não imagina o quanto. Eu to super bem, paizinho. Até porque tomar dosagens de algo que eu não faço ideia do que seja é algo muito bom.

     O pai suspirou antes de se levantar e pegar o copo de água para entregar ao filho. Jimin aceitou o agrado.

      Ele tomou a água em dosagens pequenas. Ele sabia, pela experiência, que a água ajudava a o deixar menos lesado após uma dose.

-Você prefere as dosagens ou ficar preso 24 horas por dia? Eu só estou pensando em você.

-Me drogando?

-Qual o outro meio pelo qual você fica fraco e não tenta matar alguém daqui? Qual outro modo você não tenta fugir?

Jimin o lançou um olhar.

-Nenhum. Eu quero dizer isso. Não confie em mim. Eu vou te matar no segundo em que eu puder.

O pai suspirou. Ele andou pela sala escura pela noite que se fazia presente.

-Ainda não desistiu disso? Eu sou seu pai. Tudo o que eu fiz foi para te proteger!

-Você pode ter feito tudo para me proteger. Até mesmo matou meu câncer. Mas você judiou e abusou de milhares de outros por anos a fim. Você os destruiu! Até hoje eles não gostam de tocar no nome Mercile! Você é uma pessoa morta para mim!

-Jesus! Você não entende!

-QUE PORRA EU NÃO ENTENDO? HM? ME DIZ! QUE PORRA DE MERDA FUDIDA EU NÃO ENTENDO?

Jimin fechou a cara. Se perguntou porque ainda o dava ouvidos. Porque ainda insistia em colocar na cabeça dele que ele era o inferno na terra. Jimin queria o mandar para la. Era diferente.

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