Na manhã seguinte, Jimin foi quem acordou primeiro. Lembranças da noite passada, de ver Jungkook agindo como se estivesse em casa depois do trabalho, lembranças do olhar dele sobre si quando viu que não usava nada mais que uma toalha, lembranças dele tirando lentamente sua toalha do caminho, dele o beijando, dele o penetrando, dele gozando em si, dele o puxando para um abraço para que pudessem dormir juntos. Dele. De Jungkook. Elas o invadiram por inteiro, o inebriando. Por longos segundos fechou os olhos e deixou que elas tomassem conta de si. Ainda sentia os braços do macho em sua cintura, o apertando possessivamente, como se pudesse o proteger do mundo. Jimin sabia que ele podia.
Lentamente, para não acordar o macho, ele se levantou e olhou para trás, para Jungkook. Seus cabelos negros estavam desgrenhados, jogados para lá e para cá no travesseiro, a boca rosada estava um pouco aberta e ele tinha uma expressão serena no rosto. E, mesmo na bagunça que era Jungkook naquele momento, Jimin ainda sim o achou a pessoa mais linda do mundo. Tão linda que não pode segurar o sorriso que se apossou de seus lábios com o pensamento de que ele era seu anjo.
Porém, sua tristeza logo voltou quando se lembrou que, mesmo com a noite passada, nada mudaria entre eles. Jungkook não ia voltar a ser seu companheiro. Ele não o amava. Não mais. Suspirou.
Com todo o cuidado do mundo, Jimin se levantou da cama e se dirigiu ao banheiro, escovando os dentes e tomando um banho rápido. Quando voltou, Jungkook ainda dormia. Agradeceu internamente por aquilo. Não queria ter que tomar as consequências de seus atos agora. Por isso, sem fazer barulho, ele se trocou e pegou o celular da cômoda.
Com as mãos na maçaneta da porta, Jimin parou por segundos, seu olhar se voltou para a escada que levava ao segundo andar, para onde estava ele. Não queria o deixar, não queria ir embora da própria casa assim. Queria ser como sua família e voltar lá, esperar ele acordar e dizer que a partir daquele momento eles seriam companheiros. Mas não podia, não podia fazer isso. Isso seria passar por cima da decisão de Jungkook. Isso seria tornar nada os pensamentos dele. E Jimin nunca faria isso com alguém.
Mas assim como tudo o que queria fazer, Jimin não queria encarar a rejeição pela manhã, por isso daria tempo ao tempo e sairia por aquela porta. Ele tinha que conversar com Namjoon. Tinha que convencê-lo a deixar que ele fizesse parte da força tarefa o mais rápido possível. Se continuasse em Homeland, continuaria vendo Jungkook, continuaria se sucumbindo à ele, e isso só o tornaria mais idiota ainda. E quando ele arranjasse uma companheira? E quando amasse outra pessoa? Jimin não queria estar lá quando tudo isso acontecesse. E, com esse pensamento em mente, ele saiu de casa, determinado a entrar na força tarefa naquele dia mesmo.
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Jimin nem se importou de entrar no escritório de Namjoon sem bater. Ele apenas entrou. Encontrou o outro sentado de frente para sua mesa, com uma mala de viagem num canto da sala, enquanto falava ao celular. Quando ele o viu, arqueou uma sobrancelha e pediu um minuto com os dedos. Jimin acenou positivamente.
Por longos minutos foi aquilo. O pequeno macho já estava considerando tomar o celular das mãos do líder e o tacar na parede quando ele desligou, fazendo o pequeno revirar os olhos.
Fofo, Namjoon se virou e sorriu para si, os olhinhos de fechando e as covinhas aparecendo.
-Bom dia, Jimin.
-Namjoon.
Logo a felicidade do macho se foi. Ele o encarou apreensivo antes de limpar a garganta e se levantar da mesa, a circulando e parando de frente à si.
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Destiny
FanfictionA vida de Jimin sempre foi uma incógnita para ele. É um espécie, mas não é como sua família, e ele não sabe o porque. Não se lembra de nada da sua infância, não se lembra de nada de sua vida que não tenha se passado desde que acordou na maca d...