Quando Jimin acordou naquele lugar maldito, ele novamente sentiu a ânsia o dominar a garganta, implorando para sair. Ele não podia se dar ao luxo. Teria que ver o outro espécie traidor se o fizesse. Ah, como ele odiava ficar inativo por muito tempo.
A porta se abriu e em sua visão entrou o espécie idiota. Ele sorria para si, com a bandeja de comidas frescas na mão. Jimin arqueou uma sobrancelha quando o olhar do espécie passeou por seu corpo.
-Nem adianta pensar sobre isso. Só ha um que me satisfaz na cama.
-Não pensará isso quando for eu quem estiver nela com você.
-Não, não vou mesmo. Vou pensar é porra nenhuma porque isso não vai acontecer. Você não me atrai. Seus olhos não me chamam a atenção e seu físico é musculoso demais. Parece até que malhou desde o útero da mãe. Machos malhados assim me fazem pensar que são estranhos os passaram do limite. Meu companheiro tem o corpo maravilhoso. Ele não passou do limite.
O espécie estreitou os olhos para si antes de abaixar o olhar para o próprio corpo. Então ele sorriu ladinho.
-Meu corpo é em proporções certas. Você aprenderá a amá-lo. Esqueça o macho que você tomou como companheiro. Você é meu agora. Seu pai o deu a mim. Você aprenderá a amar meu corpo.
Foi a vez de Jimin sorrir ladinho.
-Vem cá, camarada. Faz um favorzinho aqui do lado. Deixa a bandeja em qualquer porra de lugar e vem cá.
O espécie logo fez o que foi pedido, ficando ao seu lado na maca.
-Abaixa minha camisa. Afasta ela, hm? Do lado esquerdo na minha clavícula. Faça isso.
O espécie ronronou pelo pedido. Não passou segundos antes que ele fizesse isso com uma vontade nítida. Porém, seu rosto ficou sem expressão ao ver o porque do pedido de Jimin. Ele estava o mostrando a marca de caninos afiados cravados em si, sua marca de compromisso eterno.
-Agora você entende, não é? Diga ao seu doutor maluco filho de uma cadela que eu não sou filho dele, eu nunca fui e nem nunca serei. Diz pra ele que com quem eu me caso sou eu quem decido. E eu já decidi. Agora faça o favor de me desamarrar antes que eu consiga isso sozinho e o mate com minhas próprias garras!
Os olhos verdes intensos do macho o olharam por uma última vez antes de ele se afastar. Jimin ouviu o som da porta se fechando. Ele rosnou irritado por ainda sentir as correntes em seus pulsos.
-MALDITOS! QUE TODOS VOCÊS PAREM NO INFERNO!
.•.•.•.•.•.
Quando Jungkook acordou, ele não sabia onde estava. Via móveis, então devia estar em uma cabana. Ele esquadrinhou o local, sentindo la o cheiro de Valiant e Amiable. Aquela devia ser a cabana do macho selvagem.
Um relampejo de clareza se fez presente em sua mente e ele levantou em um pulo, pronto para ir atrás de Jimin. Ele havia sido levado. Céus, Jungkook não cumprira a promessa de o protejer. Ele devia estar em seus braços agora, mas estava longe de si, talvez sendo abusado e...céus, Jungkook não podia nem pensar no que mais.
Ele não ficaria parado. Seu companheiro estava no mundo humano, ele iria para la também.
Quando se levantou, porém, a porta da frente foi aberta.
-Sente-se, Jungkook— Valiant ordenou.
-Não. Estou indo. Obrigado pela hospedagem e por cuidar de mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destiny
FanfictionA vida de Jimin sempre foi uma incógnita para ele. É um espécie, mas não é como sua família, e ele não sabe o porque. Não se lembra de nada da sua infância, não se lembra de nada de sua vida que não tenha se passado desde que acordou na maca d...