Um leve Pesar Delo

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Um Leve Pesar Delo

Era alvorada
quando me perdir.
Atônito despertei,
Na sensação de um
Frenético abduzir.

Apalpei pernas e braços
querendo um qualquer sentir
Duvidei do próprio abraço
Ao ponto de me afligir.

Sem sono, sem dono,
Um maestro que orquestre
Meu sonho e... o conduzir.

Prestes ao despontar,
Entre a hora e hera,
desvanecir!
Da ponte seteada pro abstrato:
Inconsciente do tempo e espaço: Cair!
Num precipício
de um finito
E seu fim.

Agarro-me numa
cortina negrumulosa
pairada no vácuo.
Assisto meu corpo no espaço:
Subdividir-se

De cima pra baixo
Minh'alma entrelaçada ao nada
Estendo o braço,
Na direção dos meus
membros despedaçados
Observo ao
Profundo atingir.

E descubro no obscuro.
Um minúsculo paraíso
Doutro lado do muro,
Um mistério escondido
De dentro de mim.
O claro e o escuro.

RE-fle-XO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora