Todas as manhãs
Irei ao sol, no seu despontar.
Apreciarei todos os dias
Até o ultimo crepúsculo chegar.Verei devolver mais uma vez
a lua que o dia costuma roubar,
Contarei todas as estrelas
que a noite costumam a me; presentear.Daí dormirei no terraço
E nomearei-as:
uma a uma,
Esquadrinharei o espaço
Com auxilio do brilho da lua
Nomes indizíveis.Ficarei um dia inteiro
Em frente dos faróis
Atravessarei nas faixas,
Apoiando às vovós
Frágeis: as vezes desprezíveis.
Que ao passar por mim:
Eram aos meus olhos invisíveis.As esmolas que farei
À quem de mim se aproximar:
Um abraços bem apertado os darei
Seu íntimo aconchegar.
Sentirei o calor humano
De cada andarilho
Tirarei dos meus olhos o pano
Que os tornam esquecidosRegarei as flores
de todos os jardins
Por onde eu passar
Sentirei seus aromas
mais profundos
Cada pétala alisarPerceberei os sorrisos mais singelos.
Sorrisos meigo das crianças
Que sempre à minha volta,
De olhares vastos e sinceros
Salutando as esperanças.Perceberei as pétalas das flores
Levando ao vento as borboletas
Que voam cambaleando
Seu itinerário em piruetasSerei mais humano
Farei pulsar mais forte
meu peito
Abracarei a vida intrínsecamente
quando eu sair desse leito.
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RE-fle-XO 1
PoetryLink: https://my.w.tt/MKeJs0Pb33 Não arqueológo, porém um escavador de ideias armazenadas no cantinho esquerdo da memória. Como observador dos longos anos de ver a vida e seu curso, redijo viajando nas idéias que surgem pelo caminho enquanto esc...