RE-fle-XO 1

Ser Poeta

O Ser Poeta:
é ter o lápis do
espírito á mão.
É riscar no papael
O que pinta a emoção.
É emitir o som dos sentidos
Ecoado via aorta do coração!
É entrelaçar o tempo e espaço
E viajar na mão contra.

É recitar versos
sobre o querer,
mesmo à quem não saiba entender.
É dá cores ao mundo
Que o cego ouvindo
o possa ver.

É contrariar o lógico,
Contradizer o óbvio,
É fazer valer a voz
Em qualquer
canto descrever
As formas de tudo
Que se possa dizer

É o não se deixar levar
por conceitos embriagados.
É parar o maquinário analógico
E embriagar-se no tempo do relógio parado.
...e desdenhar a vida
Apreciando as virtudes
De quém caminha ao seu lado
Antes que o tempo e percurso mude

É dizer não,
Quando sim!
Vomitar por
sobre a mesa
verdades
emblemáticas
que tolos não
saberão ouvir
... apreciar!

Não muito importa o que se pense
Ou o que se sinta o paladar

É cantar canções
Em contexto de Saraus
E dança-las lentamente
Em ritmo de Carnaval.
É dizer o que se pensa
Não importa sua crença
ou tamanho da fé.

Se recitada ou escrita,
pichada numa guarita
no peito de um homem
O retrato de uma mulher.

Se é poesia: não pode morrer
Se é salutar: porquê esconder?
É véu de noiva ou camisa de força?
Amargo é o não compreender
A doçura do inseto que
Ferreia e até mata
Adoça e sara.
Isso é
poesia!
Entristece
E trás alegria,
Afeta o ambiente
Causando nostálgia

Basta usar a dose certa!