no conto da Caipora

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Através desta
peço-te demissão
Dos contos de fadas,
das varinhas de condão,
De poemas catastróficos
E poesias dilusão.

Porem,
Registro na existência
Cartas de romance,
Prosas de dilemas,
Versos jogados ao vento
Por poeiras de poemas
Desperso-me de alguns livros
Desprendo-me dessas algemas

Ficção e seus problemas
Estimo a liberdade
De sair da quarentena
Que me foge à realidade

Nao Nascir poeta.
Cresci entre os profetas
Sabedores do futuro
E agorasem hora
Sem ouro nem rumo
Ando sem pressa
E sem horas
Perdi-me nas entrelinhas,
No conto simples da caipóra

Por certo não morrestes
Muito menos detidas estás
Não ouço notícias
Nem músicas de despedidas
Nem ao menos um "OLÁ"

Então porque não diz
A quem quer que seja um:
"como vais"?

Será que estas ensopada
Nas matérias da Universidade
E esquece-te de quem te lembra
Afogando a tal amizade?

Rasgo meu contrato.
Dos meus planos me desfaço.
Volto ao mormaço
E descancarei desse enfado...
...de fadas!

RE-fle-XO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora