Capítulo 3

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Sabe quando tudo parece um sonho sobre outra pessoa? Eu me sentia assim, como se por alguns instantes eu não precisasse me preocupar com as consequências, porque simplesmente o que estava vivendo não era próprio meu

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Sabe quando tudo parece um sonho sobre outra pessoa? Eu me sentia assim, como se por alguns instantes eu não precisasse me preocupar com as consequências, porque simplesmente o que estava vivendo não era próprio meu. Mariane de alguma forma tinha bagunçado minha cabeça fazendo com que tivesse pensamentos, e atitudes que não eram próprias minhas. Eu não sei se ela era totalmente inocente e crédula, ou gostava de ter atenção de um garoto mais velho, mas confesso que naquela época não sabia bem com pensar nisso. Só anos mais tarde uma namorada me falou que garotas gostam de flertar com os melhores amigos do irmão mais velho, o que me fez pensar que talvez fosse justamente com isso que lidei anos antes. De toda forma eu tinha um compromisso ali, o meu amigo tinha confiado sua irmã a mim, e eu devia cuidar de seu bem estar e segurança.

Eu nunca tinha me sentido atraído por uma garota mais nova, na verdade nos três anos anteriores eu não tinha me interessado por qualquer garota. Desde que o meu primeiro namoro "sério" acabou não que fosse mesmo tão sério, mas eu gostava dela o máximo que um garoto de treze anos pode gostar de alguém. Joana foi meu primeiro amor, e eu não consegui me ligar a ninguém depois dela. Então não entendia como logo Mariane estava mexendo comigo daquela forma, e não sabia se queria realmente descobrir, pois não sabia como iria reagir.

Quando anoiteceu dei graças aos céus, por praticamente faltar um dia para que o irmão voltasse para busca-la, após ele voltar com certeza tudo voltaria ao normal, e eu me esqueceria esses pensamentos sobre a irmã mais nova do meu melhor amigo. A noite estava quente, e numa situação normal eu iria ficar um tempo na piscina, mas só de pensar nisso já vinham em minha mente às imagens que tinha visto mais cedo, e tudo que eu não deveria fazer é relembrar aquilo. A solução que encontrei foi me entupir de sorvete, e deixar o ar condicionado o mais gelado possível, mas não sem lembrar que se estivesse em casa minha mãe ralharia comigo. Mas ela não estava não é mesmo? E por isso garota tinha nado nua em nossa piscina, e eu tinha observado como um stalker maluco.

Após nossa conversa no almoço Mariane tinha dito que ficaria na biblioteca, enquanto retornei ao quarto para escrever, e não a vi no restante da tarde, e quando terminei de rascunhar algumas coisas já tinha anoitecido, e pensei em chama-la para jantar, mas pensei melhor e decidi que ela comeria se tivesse fome, não precisava de ninguém lembra-la. Perto das dez da noite resolvi procura-la para ver se estava tudo bem, e não a encontrei em nenhum lugar comum da casa, e acabei aceitando que ela tinha ido ao seu quarto, e não quis incomodar. Não aguentando mais ficar dentro de casa fui à dispensa em busca de uma toalha, e fui à piscina. Não tinha mentido sobre o fato de amar mergulhar a noite. Sem pensar muito, joguei a toalha numa espreguiçadeira e me joguei na água num mergulho, como sempre atravessando a piscina, quando emergi na outra borda, expulsando a água do cabelo, vi pés junto à piscina:

- Pensei que nadasse nú à noite! – Ela estava com um pijama de seda vermelha – Mentiu para mim.

-Eu raramente faço isso – Sorri – Nunca quando tem outra pessoa em casa.

-Não gostei!

-Vê se gosta disso – A puxei para dentro d'agua pelos pés, jogando ela um pouco longe de mim. Ela afundou por alguns segundos, e emergiu um pouco assustada.

-Você é maluco? Agora estou molhada.

-Calma você sabe nadar, e pode colocar outra roupa – Sorri – Venha que eu te ajudo a sair – Eu me aproximei, e ela passou os braços ao redor do meu pescoço, e enlaçou meu quadril com as pernas. Nossos corpos estavam tão juntos que eu conseguia acompanhar seu leve tremor pela água fria. – Me desculpa – Eu disse por fim.

-Tudo bem, pelo menos eu tenho uma desculpa para fazer isso! – Ela falou enquanto eu sentia meu corpo ficar alerta pela nossa proximidade. E sem que eu esperasse ela uniu seus lábios ao meu, e embora eu soubesse que não devia dei prosseguimento ao beijo. Era irresistível me aprofundar na sensação de ter seus lábios macios entregues a mim. Ela claramente nunca tinha beijado alguém antes, mas pegou o jeito rapidamente, e logo conseguimos sincronizar nossos movimentos. Havia tanta vontade e urgência naquele beijo, que parecíamos namorados separados por um longo tempo, e que desejam descarregar todas as saudades num único beijo. A cada segundo eu queria mais ficar ali perdido na sensação de tê-la entregue a mim, e poder para sempre ter as sensações que ela despertava em mim naquele momento. Não queria que acabasse, pois sabia que assim que nossos lábios se separassem, a realidade cairia sobre nós, e com ela a consciência de que havia um mundo inteiro de motivos para não ter um segundo beijo. Em toda minha vida nunca tinha tido uma sensação semelhante a despertada em mim ao sentir seu corpo junto ao meu, sentir o pulsar de seus batimentos cardíacos sincronizado com os meus. Confesso por num segundo de pensamento desejei que não houvesse a seda entre nós. E então nos demos conta que era preciso respirar, e ela separou nossos lábios. Quando abriu os olhos sorria tão lindamente que fiquei sem palavras.

Não falamos nada sobre o beijo, sobre como chegamos até ali, não falamos absolutamente nada. Ela simplesmente saiu da piscina, pegou minha toalha na borda oposta, se enrolou nela, e entrou para casa. Eu fiquei por alguns minutos tentando gravar cada sensação em mim, e também sai da água. Quando cheguei à porta da sala uma tolha me aguardava.

Nada do acontecido à noite foi mencionado no café da manhã, embora eu tenha passado horas acordado pensando, e relembrando cada segundo. Passamos o dia como dois quase amigos que por força do destino dividem o mesmo espaço. Quando Gustavo chegou, eu não me senti constrangido diante dele, como pensei que sentiria. Conversamos um pouco sobre como tinha sido a festa, ele não perguntou como foi com sua irmã, e eu também não falei nada. Não houve situação embaraçosa, nem medos.

Quando eles se foram fui ao meu quarto, pois como se uma enxurrada de ideias tivesse sido liberada em minha mente, eu sabia o que escrever, e como finalizar "Galadriel".

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Olá queridos Wattpaders,

Tudo bem com vocês? Hoje para acompanhar nossa discussão sobre o capítulo 3 foi preparado uma deliciosa torta de limão, e os Potterheads nem precisaram insistir para que a bebida fosse "Cerveja Amanteigada". Okay confesso que fui eu sugeri, mas sou potterhead, então não menti. Espero que gostem!

O que vocês estão achando da história? A Mari não é de brincadeira né? E o Narciso ainda resiste por muito tempo tantas investidas? Deixem suas opiniões nos comentários, e não se esqueçam de votar no capítulo, isso ajuda demais mesmo no crescimento da história, e nem custa nada né.

Obrigado pelos comentários, e votos nos capítulos anteriores, eu juro que estou tentando responder o máximo possível, mas graças as céus vocês tem comentado bastante, e eu sou grato pela receptividade com a história.


Amo-vos!

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Beijo de Verão [Completa]Onde histórias criam vida. Descubra agora